A Beija-Flor de Nilópolis homenageará o Bembé do Mercado no carnaval de 2026, destacando a resistência do povo preto. A celebração, que é Patrimônio Imaterial da Bahia e do Brasil, busca reconhecimento da Unesco e será tema do desfile da escola, que já iniciou imersão cultural em Santo Amaro. O presidente da Beija-Flor, Almir Reis, e o carnavalesco João Vitor Araújo ressaltam a importância da tradição e sua conexão com a ancestralidade. A edição de 2025 do Bembé ocorrerá em maio, marcando 136 anos de história.
O Bembé do Mercado, a maior celebração de Candomblé de rua do mundo, será o tema do desfile da Beija-Flor de Nilópolis no carnaval de 2026. Essa manifestação cultural e religiosa, que ocorre há 136 anos em Santo Amaro da Purificação, é reconhecida como Patrimônio Imaterial da Bahia desde 2012 e do Brasil desde 2019. A escola de samba busca destacar a resistência e a fé do povo preto, além de pleitear o título de Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.
Realizado desde mil oitocentos e oitenta e nove, um ano após a abolição da escravidão, o Bembé do Mercado reúne mais de sessenta terreiros de matriz africana e oferece uma programação cultural extensa ao longo de cinco dias. O xirê, um ritual central, é seguido por um cortejo e pela entrega de presentes às orixás Iemanjá e Oxum, simbolizando a gratidão pela liberdade conquistada.
A diretoria da Beija-Flor iniciou uma imersão cultural em Santo Amaro, onde se reunirá com líderes locais, autoridades e pesquisadores para desenvolver o enredo. O presidente da escola, Almir Reis, expressou orgulho em contar a história de protagonismo e resistência do povo preto na Sapucaí, ressaltando a conexão entre o Bembé e a identidade da comunidade nilopolitana.
O carnavalesco João Vitor Araújo, que assina seu terceiro desfile pela Beija-Flor, destacou a importância simbólica e estética do Bembé do Mercado. Ele enfatizou a responsabilidade e a felicidade de criar um enredo que conecta a ancestralidade e a luta do povo preto no Brasil. A pesquisa para o enredo será conduzida por Guilherme Niegro, Vivian Pereira e Bruno Laurato, sob a direção de carnaval de Marco Antônio Marino.
Pai Pote, babalorixá do Ilê Axé Ojú Onirê e presidente da Associação Beneficente Bembé do Mercado, considerou a parceria um reconhecimento histórico. Ele afirmou que levar o Bembé para a Sapucaí dará visibilidade a uma tradição que reafirma a força do povo preto e ajuda a combater o preconceito por meio da informação e da beleza cultural.
A edição de dois mil e vinte e cinco do Bembé será realizada em maio, marcando os 136 anos da celebração. Em dois mil e vinte e seis, a Beija-Flor será a segunda escola a desfilar na segunda noite de carnaval. Projetos que promovem a cultura e a resistência do povo preto merecem apoio e incentivo da sociedade civil, pois a união pode fortalecer essas tradições e garantir que sejam celebradas por todos.
Cine Ipiranga reabre por um dia para a 1ª Mostra Angústia de Cinema, com curtas inéditos e debates, celebrando sua história e promovendo reflexão social. Evento gratuito acontece no sábado, 12.
A sexta edição do Festival Agô de Música e Ancestralidade ocorrerá de 24 a 27 de abril na Caixa Cultural Brasília, destacando a cultura indígena e africana com shows e rodas de conversa. Artistas como Cátia de França e Sérgio Pererê se apresentarão, promovendo diálogos sobre a música e as tradições dos povos originários. Ingressos a partir de R$ 15 estarão disponíveis a partir de 17 de abril.
Lina Bo Bardi, arquiteta de renome, projetou a icônica Casa de Vidro, que atrai 1,3 mil visitantes mensais. A Casa de Vidro, primeira obra de Lina no Brasil, reflete sua visão de arquitetura orgânica e social, integrando natureza e comunidade. Mantida pelo Instituto Bardi, a residência é um marco de inovação e funcionalidade, destacando-se por seus espaços amplos e transparência. Lina, que preferia projetos públicos, deixou um legado significativo, mesmo com poucas obras executadas.
O 58º Festival Folclórico de Parintins acontece de 27 a 29 de junho, reunindo os bois Caprichoso e Garantido com temas que exaltam a cultura amazônica. Espera-se a presença de 120 mil pessoas.
O Cine Paissandu reabre neste sábado (16) com a mostra “Caverna fantasma”, de Manoela Cezar, que apresenta videoinstalações refletindo a nova relação do espaço com os carros. O local, que já foi um cinema sofisticado, agora é um estacionamento, e as obras buscam resgatar sua identidade. A artista propõe uma reflexão sobre abandono e futuro, transformando carros em novos espectadores. A visitação é gratuita, de quarta a domingo, até 31 de agosto.
A casa de Beth Carvalho, localizada na Praia de Cordeirinho, será transformada em um museu interativo. O projeto, anunciado em seu aniversário, envolve investimento de R$ 10 milhões e lançamento de livro sobre a artista.