Impacto Social

Bienal do Livro destaca a importância da representatividade e atrai público diversificado no Rio de Janeiro

A 22ª Bienal do Livro do Rio de Janeiro, realizada de 13 a 22 de junho, destacou a representatividade na literatura e atraiu um público recorde, apesar da queda no número de leitores no Brasil. O evento promoveu discussões sobre inclusão e contou com a presença de autores independentes, influenciadores e atividades interativas, refletindo a importância da literatura como ferramenta de transformação social.

Atualizado em
July 3, 2025
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A 22ª edição da Bienal do Livro do Rio de Janeiro, realizada entre 13 e 22 de junho, destacou a importância da representatividade na literatura. O evento, que atraiu um público recorde, promoveu uma programação diversificada, incluindo sessões de autógrafos, palestras com autores renomados e experiências interativas. Em um cenário de queda no número de leitores no Brasil, a Bienal se firmou como um festival cultural, atraindo visitantes de todas as idades e interesses.

Segundo a pesquisa Retratos da Leitura, o Brasil conta com aproximadamente 93,4 milhões de leitores, uma redução de quase sete milhões desde 2019. Essa realidade torna eventos como a Bienal ainda mais relevantes, pois proporcionam experiências que podem reverter essa tendência. Tânia Luna, assistente social, expressou sua surpresa com a quantidade de pessoas presentes, ressaltando o papel dos educadores em estimular a participação dos alunos.

A representatividade na literatura foi um dos temas centrais do evento, abordado em palestras e estandes. Autores independentes e editoras buscaram contar suas histórias, promovendo a inclusão de vozes historicamente marginalizadas. Aimee Oliveira, autora presente na Bienal, destacou a importância de oferecer representatividade para que jovens leitores possam se identificar com as narrativas, afirmando que sua experiência de leitura na adolescência foi diferente.

O evento contou com a participação de grandes nomes da literatura, como Ailton Krenak e Chimamanda Adichie, que discutiram questões sociais e culturais. Além disso, editoras voltadas para a causa LGBTQIAPN+ marcaram presença, permitindo que autoras compartilhassem suas experiências e obras. Paula Prata, escritora do livro "O Silêncio da Noite", enfatizou como a escrita sempre foi um canal para expressar suas vivências.

A acessibilidade também foi um tema abordado, com a participação do Fórum de Pessoas com Deficiência de Belford Roxo em uma roda de conversa. Os membros do fórum discutiram a importância de garantir que pessoas com deficiência não sejam apenas espectadores, mas protagonistas nos espaços culturais. Márcia Joviano, representante do grupo, destacou a luta por qualidade de vida e acessibilidade cultural.

A Bienal do Livro, que se consolidou como um marco literário desde sua primeira edição em mil novecentos e oitenta e três, reflete as transformações sociais e a crescente valorização da diversidade na literatura. Em tempos desafiadores, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a leitura e a inclusão cultural, ajudando a reverter a queda no número de leitores e a fortalecer a literatura como um espaço de diálogo e transformação.

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