Especialistas reavaliam o experimento Biosfera 2, destacando suas lições sobre ecologia e a complexidade de recriar sistemas naturais, além de seu valor na pesquisa sobre mudanças climáticas. O projeto, que custou cerca de US$ 150 milhões, revelou a dificuldade de sustentar a vida humana fora da Terra e a importância de proteger nosso planeta.

Localizada no deserto do Arizona, a Biosfera 2 é uma estrutura que remete a cenários de ficção científica. Com uma área de 1,2 hectare, abriga uma floresta tropical, savana, deserto e um oceano com recife de coral. Este projeto, realizado na década de 1990, envolveu oito pessoas que viveram isoladas por dois anos, buscando entender a autossuficiência em um ambiente controlado, essencial para futuras colônias espaciais. No entanto, o experimento enfrentou sérios desafios, como a queda dos níveis de oxigênio e o aumento do dióxido de carbono (CO₂), resultando em problemas de saúde para os participantes.
Embora o experimento tenha sido considerado um fracasso na época, especialistas recentes reavaliaram suas lições, destacando a complexidade de recriar sistemas naturais e a importância de proteger nosso planeta. Lisa Rand, historiadora da ciência, sugere que as experiências da Biosfera 2 são relevantes, especialmente em um momento em que a exploração espacial é promovida por bilionários, enquanto enfrentamos crises climáticas. O projeto, que custou cerca de R$ 2,4 bilhões, foi idealizado por um grupo que buscava entender melhor as interações entre tecnologia e natureza.
Os participantes, conhecidos como "biosféricos", enfrentaram dificuldades significativas, como a diminuição dos níveis de oxigênio, que caíram para cerca de 14% após 16 meses. Essa situação foi atribuída ao solo jovem e rico que favoreceu o crescimento de microrganismos que consomem oxigênio. Apesar das tentativas de mitigar os problemas, como o cultivo de plantas e a introdução de algas, os desafios persistiram, levando a uma reavaliação do que é necessário para sustentar a vida humana em ambientes fechados.
Além dos problemas de oxigênio, a extinção de polinizadores dentro da Biosfera 2 foi um desafio inesperado. A explosão da população de formigas loucas e a falta de luz ultravioleta devido ao vidro da estrutura contribuíram para a diminuição dos insetos essenciais para a polinização. Os cientistas aprenderam que a ausência de vento também afetou a saúde das árvores, que se tornaram mais frágeis. Essas descobertas ressaltam a complexidade dos ecossistemas e a interdependência entre suas partes.
Atualmente, a Biosfera 2 é um laboratório vivo onde cientistas estudam os efeitos das mudanças climáticas em ecossistemas. Experimentos recentes demonstraram a resiliência das florestas ao calor, mas também revelaram que a seca é um fator mais prejudicial. O recife de coral da instalação está sendo utilizado para entender como a acidificação dos oceanos afeta o crescimento dos corais, com pesquisas em andamento para encontrar soluções que possam ajudar na preservação desses ecossistemas.
A história da Biosfera 2 não apenas fornece insights sobre a ecologia, mas também destaca a necessidade de cuidar do nosso planeta. O custo elevado de replicar os serviços que os ecossistemas da Terra oferecem gratuitamente é um alerta sobre a importância de proteger a Biosfera 1. Projetos que buscam entender e preservar nosso ambiente natural devem ser apoiados pela sociedade civil, pois a união pode fazer a diferença na luta contra as mudanças climáticas e na promoção de um futuro sustentável.

Fernando de Noronha alcançou um novo marco na conservação de tartarugas marinhas, com 805 desovas nesta temporada, superando o recorde anterior de 432. A Praia do Leão foi o principal local, com a maioria dos filhotes já nascendo.
Evento em março de 2025 revisou normas de proteção a cavidades subterrâneas no Brasil, destacando a necessidade de um modelo estatístico robusto e inclusão no Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas. A discussão, promovida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), visa aprimorar a proteção e garantir a conservação desse patrimônio natural.

No Dia Mundial dos Elefantes, celebrado em 12 de agosto, destaca-se a importância da conservação dessas espécies ameaçadas, com apenas 400 mil elefantes africanos e 40 mil asiáticos restantes. A data, criada em 2011, une mais de cem organizações em prol da preservação.

Brasil deve reduzir em 10% as emissões de carbono da aviação até 2037, impulsionado pela Lei do Combustível do Futuro. Petrobras e Acelen investem bilhões na produção de SAF, mas desafios regulatórios e de infraestrutura persistem.

Um novo projeto de energia solar foi lançado, prometendo aumentar a capacidade de geração em cinquenta por cento na região e criar mil empregos até o final do ano. A iniciativa surge em um contexto de crescente foco em energias renováveis para combater as mudanças climáticas.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 103 quilos de ouro ilegal em Roraima, avaliados em R$ 62 milhões, durante uma blitz. O ouro, suspeito de vir da Terra Indígena Yanomami, tinha como destino a Venezuela ou Guiana.