Incêndios criminosos devastaram 1.035 hectares na Fazenda Experimental Edgárdia, em Botucatu (SP). O projeto Restaura Cuesta busca recuperar a vegetação nativa e promover educação ambiental.
Em 23 de setembro de 2023, a ecóloga Renata Cristina Batista Fonseca, durante uma atividade de pesquisa na Fazenda Experimental Edgárdia, em Botucatu (SP), detectou os primeiros focos de incêndio na vegetação nativa. O que se iniciou como uma rotina de campo rapidamente se transformou em uma emergência ambiental, com as chamas se espalhando por mais de mil hectares em poucas semanas, exacerbadas pela estiagem e vegetação seca.
O incêndio, considerado um dos mais devastadores da região, consumiu uma área significativa da cuesta de Botucatu, um ecossistema de grande importância ecológica. A situação exigiu uma mobilização conjunta de universidades, órgãos públicos e a comunidade local para conter o avanço das chamas. Renata, que orienta estudantes em pesquisas sobre conservação ambiental, sentiu a urgência de agir e, junto a colegas e alunos, idealizou o projeto Restaura Cuesta.
O projeto visa a recuperação das áreas afetadas e a promoção da educação ambiental. A Fazenda Edgárdia, com mais de mil e duzentos hectares, é um dos últimos remanescentes da vegetação nativa da cuesta e está inserida na Área de Proteção Ambiental Cuesta Guarani, que protege espécies nativas e formações geológicas. Renata destaca a importância dos recursos hídricos da região para o equilíbrio ambiental.
Investigações preliminares indicam que o incêndio teve origem criminosa, começando em uma área com acúmulo de resíduos. O fogo se alastrou rapidamente devido às altas temperaturas e à seca severa. Em novembro, o incêndio foi finalmente controlado, mas não sem deixar um rastro de destruição: foram perdidos 340 hectares das Fazendas Experimentais da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e outros 695 hectares em áreas adjacentes.
A resposta ao desastre envolveu a formação de brigadas emergenciais compostas por docentes, técnicos, estudantes e voluntários da Unesp, que atuaram em parceria com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil. Atualmente, o Restaura Cuesta se dedica a ações de recuperação ecológica, mapeamento de áreas degradadas e iniciativas educativas, buscando não apenas restaurar o que foi perdido, mas também cultivar uma nova cultura de proteção ambiental.
Esse incidente ressalta a necessidade urgente de políticas integradas para a proteção de áreas ambientais. A recuperação da cuesta será um processo longo, mas a mobilização da sociedade civil pode ser um passo importante para fortalecer a relação entre a comunidade e o meio ambiente, promovendo ações que ajudem a preservar esse ecossistema vital.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para a umidade do ar na região central do Brasil, que deve ficar entre 12% e 20% até 23 de agosto, aumentando riscos de incêndios e problemas de saúde. A seca afeta também o Distrito Federal e outros estados, exigindo cuidados com atividades ao ar livre.
O Brasil alcançou a meta de reciclar 25% das embalagens de vidro em 2024, com o Distrito Federal superando a média nacional. A reciclagem de vidro no país cresceu de 11% para 25,1% em cinco anos.
Ibama realiza a Operação TRPP Nacional 2025, apreendendo 62 veículos e aplicando R$ 1,2 milhão em multas após 11 dias de fiscalização do transporte de produtos perigosos. Ação envolveu 133 agentes e 192 parceiros.
O desmatamento na Mata Atlântica caiu 14% em 2024, mas ainda é considerado elevado. A agricultura e desastres naturais, como a tempestade no Rio Grande do Sul, foram os principais responsáveis pela destruição. O governo lançou um plano até 2027 para combater o desmate.
Ibama monitora baleia-franca e filhote em Palhoça (SC) após mãe ser vista com rede de pesca na cabeça, sem comprometer comportamento natural. A equipe técnica garante acompanhamento contínuo e orienta a comunidade local.
Investigação revela que projetos de compensação de carbono na Amazônia beneficiam indivíduos e empresas multados por desmatamento ilegal, levantando sérias preocupações sobre a integridade do mercado. A análise da Reuters destaca que 24 dos 36 projetos examinados envolvem participantes com histórico de infrações ambientais, comprometendo a eficácia das iniciativas de preservação.