Os dados da PNAD Educação de 2024 revelam avanços na escolaridade no Brasil, mas as metas do Plano Nacional de Educação (PNE) continuam inalcançadas, evidenciando desigualdades regionais e raciais. A taxa de analfabetismo caiu para 5,3%, mas a erradicação até 2024 não foi atingida. A falta de vagas em creches persiste, afetando principalmente o Nordeste, onde apenas 47% da população adulta completou o ensino médio. A situação exige ações urgentes para garantir o direito à educação desde a infância.
O Brasil continua a avançar em índices de escolaridade, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Educação de 2024, mas ainda não atinge as metas do Plano Nacional de Educação (PNE). A proporção de jovens cursando o ensino médio na idade correta chegou a 76%, um recorde desde 2016, mas ainda abaixo dos 85% previstos. A taxa de analfabetismo caiu para 5,3%, mas a erradicação total até 2024 não foi alcançada, afetando especialmente idosos e a população negra nas regiões Norte e Nordeste.
Além disso, a proporção de adultos com 25 anos ou mais que completaram a educação básica aumentou para 56%, um avanço de dez pontos percentuais desde 2016. Apesar disso, o Brasil ainda levará cerca de 20 anos para atingir os níveis de escolaridade de países desenvolvidos. Comparado a nações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil apresenta um percentual de 44% de pessoas sem educação básica completa, superando países como Colômbia e Argentina.
As desigualdades regionais são evidentes, com o Nordeste apresentando apenas 47% da população com 25 anos ou mais que concluiu o ensino médio. Essa situação pode ser atribuída à percepção de utilidade do ensino médio e à necessidade de ingresso precoce no mercado de trabalho, segundo William Kratochwill, analista do IBGE. As disparidades raciais também são alarmantes, com adultos brancos estudando em média 11 anos e 63,4% completando o ensino médio, enquanto pretos e pardos têm uma média de 9,4 anos de escolaridade e apenas 50% concluem o ciclo básico.
Após a interrupção causada pela pandemia de Covid-19, a trajetória de crescimento foi retomada em 2023. O programa Pé-de-Meia, que oferece pagamentos mensais de R$ 200,00 para jovens matriculados, é uma das estratégias do governo para incentivar a conclusão do ensino médio. No entanto, Ivan Gontijo, gerente de políticas educacionais da ONG Todos pela Educação, considera os resultados decepcionantes e ressalta que o programa deve custar R$ 12 bilhões em 2025.
A situação das creches também é preocupante, com 39% das crianças de 2 a 3 anos fora de instituições por falta de vagas. No Norte e Nordeste, os índices são ainda mais altos, com 46,8% e 42,2%, respectivamente. Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, destaca que a falta de vagas é um reflexo de um país que não reconhece a importância da educação desde o nascimento. A legislação brasileira garante o direito à educação infantil, mas muitos ainda não conseguem acessá-la.
Esses dados revelam a necessidade urgente de ações efetivas para melhorar a educação no Brasil. A sociedade civil pode desempenhar um papel fundamental em apoiar iniciativas que visem garantir o acesso à educação de qualidade, especialmente para os mais vulneráveis. A união em torno de projetos sociais pode fazer a diferença na vida de muitas crianças e jovens que ainda enfrentam barreiras para concluir seus estudos.
O Instituto Federal de São Paulo (IFSP) abre inscrições para 760 vagas em 19 cursos gratuitos, com taxa de R$ 30,00 e isenção para candidatos de baixa renda. Inscrições vão até 1º de junho de 2025.
O Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP oferece um curso gratuito de astronomia para meninas de 14 a 17 anos, com inscrições até 8 de junho. O projeto Astrominas visa aumentar a participação feminina nas ciências.
As inscrições para o Prouni 2025 encerram em 4 de julho, com mais de 211 mil bolsas disponíveis, sendo 118 mil integrais e 93 mil parciais, para estudantes de baixa renda. O programa visa facilitar o acesso ao ensino superior em instituições privadas.
GDF Mais Perto do Cidadão promoveu evento no Gama, inaugurando espaço sensorial para autistas e anunciando centro de referência, com mais de 300 mil atendimentos realizados.
A conclusão da educação básica entre brasileiros com 25 anos ou mais aumentou para 56% em 2024, mas 44% ainda não completaram o ensino médio, evidenciando desigualdades raciais e regionais.
Inscrições abertas para 120 vagas em cursos gratuitos do Projeto Labinclui. Oportunidade de qualificação profissional para pessoas com deficiência no Distrito Federal.