O acesso ao ensino superior no Brasil é dificultado por taxas de inscrição, mesmo com isenções para a maioria dos candidatos do Enem. Estudantes de baixa renda enfrentam desafios financeiros e burocráticos. A situação revela que, apesar de 63% das inscrições do Enem serem isentas, muitos ainda lutam para arcar com custos de vestibulares como Fuvest e Unicamp. A falta de informação e a burocracia complicam ainda mais o acesso.
O acesso ao ensino superior no Brasil é dificultado por barreiras financeiras, especialmente as taxas de inscrição para vestibulares. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mantém sua taxa em R$ 85, enquanto a Fuvest cobra R$ 211 e a Unicamp, R$ 221. Embora 63% das inscrições do Enem sejam isentas, muitos estudantes de baixa renda ainda enfrentam dificuldades para se inscrever em múltiplos vestibulares.
Estudantes que não conseguem isenção precisam se organizar financeiramente para arcar com as taxas. Gabriela Lima Vieira, orientadora do cursinho popular Maria Firmina dos Reis, destaca que as taxas representam uma barreira significativa. Ela afirma que muitos alunos precisam escolher entre comprar alimentos ou pagar a inscrição para o vestibular.
Helly da Silva, estudante do cursinho popular São Mateus em Movimento, relata que juntou o dinheiro recebido do programa Pé-de-Meia para pagar a taxa de inscrição. O benefício oferece cerca de R$ 200 mensais, mas o custo das provas e a burocracia envolvida na inscrição dificultam ainda mais o acesso ao ensino superior.
Além das taxas, questões como documentação e falta de acesso à internet complicam o processo para estudantes da periferia. Klara Portela, aluna da Rede Ubuntu, enfrentou dificuldades para obter a isenção da Fuvest devido à aceitação do comprovante de renda de sua mãe, que trabalha como diarista. Com a ajuda do cursinho, conseguiu pagar a taxa no último dia de inscrição.
Bruna Waitman, CEO do Instituto Sol, enfatiza a necessidade de simplificar o processo de inscrição e isenção. A falta de informação pode afastar jovens vulneráveis. A Fuvest, por sua vez, afirma ter tornado o processo de solicitação de isenção menos burocrático, exigindo menos documentos do que anteriormente.
Com a divulgação dos resultados de isenção da Fuvest, a expectativa é que mais estudantes tenham acesso ao vestibular. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que ajudem a superar essas barreiras financeiras e burocráticas, garantindo que mais jovens possam realizar o sonho de ingressar na universidade.
Desde 2022, professores temporários superam 50% do corpo docente nas redes estaduais, impactando negativamente o desempenho dos alunos, conforme estudos do BID e do movimento Todos Pela Educação. A situação gera preocupações sobre a qualidade da educação e mobiliza ações legislativas para melhorar as condições de trabalho e a formação desses profissionais.
Mais de 1.500 profissionais participaram do webinário sobre vacinação nas escolas. O evento, promovido pelo Ministério da Saúde, visa aumentar a cobertura vacinal entre crianças e adolescentes, com R$ 150 milhões em investimentos e uma semana de intensificação em abril.
A UFMG oferece um curso gratuito sobre os impactos das tecnologias digitais na educação superior, com inscrições até 7 de maio. A atividade, voltada para professores e pós-graduandos, ocorrerá em 9 de maio.
Um estudo recente revela que 24,5% dos alunos de escolas particulares em São Paulo têm conhecimento insuficiente em Matemática, superando índices de outros estados. Essa situação evidencia a necessidade urgente de novas políticas públicas para melhorar o ensino.
Estão abertas as inscrições para a pós-graduação gratuita em Educação Matemática da Faculdade Sesi, voltada a professores da rede estadual de São Paulo e do Sesi-SP, com início em setembro de 2025. O curso, que oferece 360 horas de formação presencial, visa aprimorar metodologias colaborativas e resolver problemas matemáticos, beneficiando a qualidade do ensino. As inscrições vão até 2 de julho e a iniciativa busca formar 26 mil educadores até 2034, em parceria com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
O governo de São Paulo, liderado por Tarcísio de Freitas, considera fechar metade dos cursos da Univesp devido à incapacidade de atender às novas exigências do MEC, afetando mais de 51 mil alunos. A Univesp não consegue garantir a carga horária presencial exigida, o que pode tornar o acesso ao ensino superior mais elitista.