Em 2023, ao celebrar cinco décadas do primeiro Ciep, o debate entre Leonel Brizola e Fernando Henrique Cardoso em 1994 destaca a urgência por uma educação de qualidade no Brasil. A desigualdade educacional persiste, mas há potencial para expandir a educação integral.

No mês em que se celebra o cinquentenário do primeiro Centro Integrado de Educação Pública (Ciep), é pertinente recordar um debate presidencial de mil novecentos e noventa e quatro entre Fernando Henrique Cardoso e Leonel Brizola. Durante a discussão, Cardoso questionou a viabilidade financeira das escolas de educação integral, mencionando que o custo de cada unidade variava entre um e dois milhões de dólares, além das despesas de manutenção. Ele argumentou que, apesar de serem boas em teoria, essas instituições poderiam criar uma nova elite educacional.
Brizola, por sua vez, defendeu a importância da educação, afirmando que o verdadeiro custo era a ignorância. Ele destacou que o Brasil precisava de uma escola que atendesse integralmente as crianças, oferecendo alimentação e assistência médica, como já era feito em países europeus. Essa visão era revolucionária para a época, pois desafiava a ideia de que a educação de qualidade era um privilégio apenas para os mais favorecidos.
Na década de mil novecentos e oitenta, o cenário educacional brasileiro era marcado por desigualdades extremas. Apenas quatorze por cento dos jovens entre quinze e dezessete anos estavam matriculados no ensino médio, e as creches atendiam apenas cinco por cento da população de zero a três anos. As condições de acesso à educação eram precárias, e a necessidade de soluções em larga escala era evidente.
Fernando Henrique também tinha seus argumentos. Historicamente, o Brasil sempre investiu menos de dois por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em educação até mil novecentos e sessenta e um. Após a redemocratização, esse percentual começou a aumentar, mas ainda estava abaixo do que países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) investiam na época. Essa falta de investimento refletia uma escolha política que priorizava outros setores em detrimento da educação.
Darcy Ribeiro, outro idealizador dos Cieps, afirmava que a crise educacional no Brasil nunca foi uma crise, mas sim um projeto. Apesar das frustrações, hoje o país possui melhores condições para expandir a educação integral, conciliando qualidade e escala. No entanto, ainda existem desafios significativos a serem enfrentados, como a infraestrutura das escolas e a formação adequada dos professores.
Em um momento em que a educação integral se torna cada vez mais necessária, é fundamental que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que visem melhorar as condições educacionais no Brasil. A união em torno de projetos sociais pode fazer a diferença na vida de muitas crianças e jovens, garantindo que todos tenham acesso a uma educação de qualidade e a um futuro melhor.

A Fuvest respondeu a preocupações de estudantes sobre mudanças no vestibular, incluindo novos gêneros textuais na redação e reestruturação das questões. A fundação implementará um programa de escuta psicológica para ajudar os vestibulandos.

Apenas 15% da população urbana brasileira reside em ruas com rampas para cadeirantes, segundo o IBGE. Apesar do aumento em relação a 2010, a situação ainda é crítica.

Universidades públicas, como USP, Unicamp e Unesp, disponibilizam conteúdos gratuitos online para auxiliar estudantes na preparação para vestibulares e Enem, oferecendo videoaulas e provas anteriores. Essas iniciativas visam democratizar o acesso ao conhecimento e reduzir os custos da preparação.

Inaugurado o CEU Rei Pelé, primeiro sustentável de São Paulo, com segurança e conectividade. A Prefeitura de São Paulo inaugurou, em 10 de abril, o CEU Rei Pelé, destacando-se como o primeiro Centro Educacional Unificado sustentável da capital. Localizado em Itaquera, o CEU oferece infraestrutura moderna, segurança reforçada com 199 câmeras e alta conectividade. A unidade conta com 49 salas educacionais, incluindo laboratórios e espaços multiuso, e homenageia Pelé e Ruth de Souza. Este é o primeiro equipamento entregue por meio de uma Parceria Público-Privada, que prevê a construção de mais quatro unidades na região. O CEU utiliza recursos sustentáveis, como captação de água da chuva e energia renovável, contribuindo para a economia e o desenvolvimento comunitário.

Ceará alcança 85,3% de alfabetização no 2º ano do ensino fundamental, superando a média nacional de 59,2%. O estado inspira políticas educacionais em 25 outras regiões do Brasil, refletindo um avanço significativo.

A Fundação Nilo Coelho oferece 60 cursos gratuitos do ‘Projeto Universo Criativo’ até 5 de maio, focando em jovens em vulnerabilidade social. As formações abrangem diversas áreas.