Elma Reis, mediadora de leitura, transforma a autoestima de crianças com "Meu Crespo é de Rainha". A ONG Vaga Lume planeja cinco novas bibliotecas até 2025, impactando comunidades na Amazônia.

Bastou um livro para que Elma Reis, mediadora de leitura, ajudasse uma menina a enxergar beleza em seus cachos. Desde que leu Meu Crespo é de Rainha (2018), a criança brinca com penteados e nunca mais desejou ter o cabelo liso das amigas. A obra da escritora bell hooks integra o acervo da biblioteca comunitária de Barreirinhas (MA), onde crianças e adolescentes se reúnem para ouvir histórias contadas por Elma e outros voluntários da ONG Vaga Lume. Segundo Elma, "um livro pode transformar a vida de uma criança, principalmente em comunidades como a nossa, com desafios para acessar informação e conhecimento".
A ONG Vaga Lume já capacitou mais de seis mil mediadores de leitura, que atuam em 97 bibliotecas em escolas e espaços comunitários ao longo de 23 municípios da Amazônia Legal. Nesses locais, os livros são dispostos em prateleiras baixas, permitindo que as crianças tenham fácil acesso. As estantes móveis possibilitam que os voluntários transportem os livros para diferentes locais, criando um ambiente de leitura acessível e acolhedor.
As bibliotecas também promovem atividades culturais para toda a comunidade, como sessões de cinema, saraus e contações de histórias por idosos. O acervo totaliza 195 mil livros, adquiridos pela Vaga Lume via Lei Rouanet. A diretora-executiva da ONG, Lia Jamra, explica que o processo de curadoria é extenso e busca contemplar a diversidade de cada território, incluindo obras de escritores indígenas e quilombolas.
Além de ler, as crianças e adolescentes também produzem seus próprios livros. Até o momento, foram criadas 289 obras com o apoio dos voluntários, muitas delas baseadas em histórias de moradores locais. A ONG atua em um cenário desafiador, onde o interesse pela leitura no Brasil tem diminuído. A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil revelou que o país perdeu quase sete milhões de leitores entre 2019 e 2024, com a maior queda ocorrendo na região Norte.
O projeto da Vaga Lume impacta anualmente cerca de quinze mil crianças e jovens, buscando reverter essa tendência. A expectativa é construir cinco novas bibliotecas até 2025. Lia Jamra destaca que o engajamento comunitário é fundamental para o sucesso desses espaços, que devem ser vistos como locais de pertencimento e trabalho coletivo.
Elma Reis, que cresceu vendo seus pais se voluntariando no projeto, acredita que a biblioteca comunitária é um agente de mudança. "Muitos adolescentes que frequentaram a biblioteca foram fazer medicina e enfermagem. Fazer parte desse projeto é fazer parte da mudança, mesmo que a passos de formiguinha", afirma. Projetos como esse merecem o apoio da sociedade civil, pois podem transformar vidas e fortalecer a cultura da leitura nas comunidades.

Lula criticou Jair Bolsonaro por não comparecer à sua posse, afirmando que ele "fugiu como um rato". O presidente anunciou R$ 1,17 bilhão em investimentos em educação para comunidades indígenas e quilombolas.

Novacap expande Caic Juscelino Kubitschek, aumentando capacidade para 420 alunos. A obra, iniciada em fevereiro, já está na fase de alvenaria e custará R$ 1,4 milhão. A ampliação, que inclui 12 novas salas, visa fortalecer a educação integral no Núcleo Bandeirante.

Editoras alertam que, sem encomendas até agosto, a entrega de livros didáticos será inviável, afetando o ensino fundamental. O FNDE só garantiu a compra para o EJA, deixando a educação básica em risco.

Grupo Energisa oferece curso gratuito online de Inteligência Artificial com certificado da IBM. O curso de 16 horas abrange história, impacto social e prática em aprendizado de máquina. Inscrições abertas para interessados com mais de 18 anos.

Estão abertas as inscrições para cursos gratuitos de Educação de Jovens e Adultos (EJA) em São Paulo, com aulas híbridas iniciando em agosto. A parceria entre a Prefeitura e o Sesi-SP visa atender 6 mil estudantes.

Aprender novas habilidades, como dançar ou pintar, é essencial para a saúde cerebral em idades avançadas, reduzindo o risco de demência e aumentando a reserva cognitiva. Estudos mostram que atividades desafiadoras e envolventes promovem a neuroplasticidade, tornando o aprendizado uma estratégia vital para o envelhecimento saudável.