Entidades do movimento negro e cursinhos populares criticam o novo edital do CPOP, pedindo revisão por falta de diálogo e critérios de seleção que podem excluir cursinhos comunitários. A situação gera protestos e reivindicações por mudanças.

Entidades do movimento negro e cursinhos populares estão se mobilizando contra o novo edital do CPOP (Rede Nacional de Cursinhos Populares), que foi elaborado pelo Ministério da Educação. O programa, que visa apoiar alunos de baixa renda, indígenas, quilombolas, negros e com deficiência, enfrenta críticas por sua falta de diálogo e consulta prévia aos cursinhos comunitários.
Os responsáveis pelos cursinhos expressaram suas preocupações em uma carta endereçada ao ministro Camilo Santana. Entre as principais queixas estão a ausência de critérios que priorizem a questão racial, quilombola e indígena, além de exigências burocráticas que podem excluir cursinhos que operam de forma comunitária.
Os críticos apontam que o edital apresenta um prazo curto para inscrições, padronização de horas semanais e a exigência de CNPJ e qualificação formal dos docentes. Essas condições podem inviabilizar a participação de muitos cursinhos que dependem de mobilização voluntária e não possuem estrutura formal.
Douglas Belchior, diretor do Instituto Peregum e cofundador da Uneafro Brasil, destacou que a proposta de fortalecimento dos cursinhos foi apresentada durante a campanha do presidente Lula e reafirmada em reuniões com o MEC. Ele enfatizou a importância de ouvir os movimentos sociais para evitar que o programa cause frustrações.
Entre as organizações que assinam o pedido de revisão estão o Movimento Negro Unificado, o Instituto de Referência Negra Peregum, a Coalizão Negra Por Direitos, entre outras. Essas entidades pedem um prazo mínimo de trinta dias para as inscrições e a criação de um fórum com representantes dos cursinhos e do MEC para acompanhar o programa.
Nessa situação, a união da sociedade civil pode ser fundamental para garantir que os cursinhos populares e comunitários continuem a desempenhar seu papel essencial na inclusão educacional. O apoio a iniciativas que promovam a educação e a diversidade é crucial para fortalecer a luta por igualdade e oportunidades para todos.

Cerca de 30% da população brasileira entre 15 e 64 anos enfrenta dificuldades em leitura e matemática, segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf). A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é vista como uma solução, mas enfrenta desafios estruturais, como a falta de oferta em municípios e a necessidade de um currículo mais flexível.

A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) abriu inscrições para as Bolsas Sociais do segundo semestre de 2025, oferecendo 50% de desconto nas mensalidades. Os interessados devem ter concluído o Ensino Médio, não possuir diploma superior e atender a critérios de renda e desempenho no Enem. As inscrições são gratuitas e vão até 11 de agosto, com vagas nos campi de Curitiba, Londrina e Toledo. A seleção será baseada na análise documental e na nota do Enem, sem provas.

O Pré-Vestibular Popular Livre da UFRGS busca educadores voluntários para aulas online gratuitas, com inscrições até 11 de maio. São 27 vagas em diversas disciplinas, promovendo educação popular.

A Comissão de Educação e Cultura do Senado votará a criação da Carteira Nacional Docente. O projeto, de Camilo Santana, visa identificar professores e facilitar o acesso a benefícios.

A Prefeitura de Campinas lançou 3.915 vagas em 55 cursos gratuitos de qualificação profissional, em parceria com instituições renomadas. As opções incluem tecnologia, idiomas e desenvolvimento pessoal, com aulas presenciais e online.

As inscrições para o Prouni 2025 estão abertas até 4 de julho, com mais de 211 mil bolsas disponíveis, sendo 118 mil integrais e 93 mil parciais, com destaque para o Sudeste. O MEC orienta que candidatos do Enem 2023 ou 2024 se inscrevam.