Cerca de 30% da população brasileira entre 15 e 64 anos enfrenta dificuldades em leitura e matemática, segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf). A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é vista como uma solução, mas enfrenta desafios estruturais, como a falta de oferta em municípios e a necessidade de um currículo mais flexível.
O Brasil enfrenta um desafio educacional significativo, com cerca de 30% da população entre 15 e 64 anos apresentando dificuldades em leitura e matemática, segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf). Este percentual se mantém inalterado desde 2018, e a taxa de analfabetismo é mais elevada entre pessoas com 40 anos ou mais. Essa situação impacta diretamente a produtividade e a cidadania, evidenciando a necessidade urgente de ações efetivas para reverter esse quadro.
Roberto Catelli Jr., coordenador da área de educação da ONG Ação Educativa, destaca que cada um desses indivíduos teve seu direito à educação negado em algum momento de suas vidas. Ele enfatiza que a Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma estratégia crucial para combater o analfabetismo funcional, especialmente para aqueles que abandonaram a escola na infância ou adolescência. A EJA, que atende pessoas a partir de 15 anos, precisa ser fortalecida e reconhecida como uma oferta obrigatória nas redes de ensino.
A secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC), Zara Figueiredo, aponta que a EJA não está no centro das políticas educacionais. Dados do último Censo revelam que 1.092 municípios, ou 20% do total, não oferecem vagas nessa modalidade. Essa ausência de oferta é preocupante, pois reflete a falta de formação e políticas de incentivo para professores, além de um currículo defasado que não atende às necessidades dos alunos.
Zara Figueiredo também menciona a “juvenilização da EJA”, onde estudantes com problemas de disciplina são encaminhados para essa modalidade, o que pode desvirtuar seu propósito. O público da EJA é predominantemente composto por indivíduos de baixa renda, muitos dos quais desconhecem que têm direito a essa educação. A falta de busca ativa por parte das redes de ensino contribui para a perpetuação desse ciclo de exclusão.
Iniciativas como o Pacto de Superação do Analfabetismo, lançado pelo MEC, visam reverter essa situação. A formação de professores e a construção de uma rede de governança com profissionais atuando nos territórios são passos importantes para melhorar a EJA. A secretária defende um currículo mais flexível que reconheça os saberes informais dos alunos, o que pode aumentar a autoestima e a permanência deles na escola.
Projetos educacionais que atuam em comunidades, como os da Redes da Maré, têm mostrado resultados positivos ao ampliar o tempo de escolarização e oferecer suporte a jovens em situação de vulnerabilidade. Essas iniciativas demonstram que, com união e apoio, é possível transformar a realidade educacional no Brasil. A mobilização da sociedade civil pode ser fundamental para garantir que todos tenham acesso à educação de qualidade e, assim, mudar o futuro de muitos.
A Semana do Estudo e Leitura 2025, em São Paulo, ocorrerá de 5 a 9 de maio com o tema "Todas as Vozes, Todas as Histórias". O evento, que promove a inclusão cultural, contará com a presença de Sérgio Vaz e Tati Oliveira na abertura, além de diversas atividades gratuitas. A 14ª edição da Semana do Estudo e Leitura, que integra o calendário oficial da cidade desde 2009, busca proporcionar experiências de leitura e cultura, especialmente para estudantes de escolas públicas. A abertura será no Theatro Municipal, com a expectativa de reunir mais de mil alunos, professores e bibliotecários. Sérgio Vaz, conhecido por sua luta pela inclusão cultural, e Tati Oliveira estarão entre os destaques do evento, que também contará com apresentações de orquestra, ballet e teatro.
Hospital Alemão Oswaldo Cruz oferece cursos gratuitos online na área da saúde até 2025. A iniciativa visa democratizar a formação e aprimorar a prática profissional. Os cursos, em modalidade EaD, permitem flexibilidade de horários e abrangem diversas áreas do conhecimento. As inscrições estão abertas até dezembro de 2025, com certificação ao final.
Tragédias recentes envolvendo crianças por desafios na internet geram urgência em regulamentação. A morte de uma menina no Distrito Federal e outra em Pernambuco reacende o debate sobre segurança digital. Dados apontam que 56 crianças e adolescentes já sofreram acidentes graves devido a jogos perigosos online. A falta de discernimento dos jovens e a negligência familiar são fatores críticos. A educação midiática e a regulamentação do ambiente digital são essenciais para proteger os menores. O Projeto de Lei 2628 busca responsabilizar plataformas por conteúdos nocivos e garantir a segurança das crianças na internet.
GDF Mais Perto do Cidadão promoveu evento no Gama, inaugurando espaço sensorial para autistas e anunciando centro de referência, com mais de 300 mil atendimentos realizados.
O programa Qualifica SP – Novo Emprego oferece 150 vagas gratuitas em cursos de Gestão de Pessoas, Logística e Operador de Empilhadeira, priorizando desempregados e pessoas com deficiência. As inscrições vão até 13 de julho e as aulas começam em 21 de julho.
O mercado de tecnologia da informação no Brasil cresceu 13,9% em 2024, superando a média global. O Censo da Educação Superior aponta 2 milhões de alunos em cursos de TI, com destaque para capacitações gratuitas na plataforma Eu Capacito.