Uma pesquisa revela que 75% dos brasileiros separam lixo para reciclagem, mas apenas 22% optam por produtos com embalagens recicladas. O governo planeja um decreto para obrigar o uso de materiais reciclados na produção de plásticos.
Uma pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria do Material Plástico do Estado de São Paulo (Sindiplast), em parceria com a Nexus, revelou que setenta e cinco por cento dos brasileiros afirmam separar o lixo em casa para reciclagem. Apesar dessa consciência ambiental, apenas vinte e dois por cento dos entrevistados optam por produtos com embalagens recicladas. A pesquisa, realizada em março com duas mil e nove pessoas em todos os estados e no Distrito Federal, também mostrou que oitenta e sete por cento acreditam que o descarte inadequado de embalagens plásticas impacta negativamente o meio ambiente.
Para abordar essa discrepância entre a percepção e a prática, o governo federal está preparando um decreto que tornará obrigatório o uso de materiais reciclados na fabricação de plásticos. Essa iniciativa, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), faz parte da Política Nacional de Resíduos Sólidos e é aguardada com expectativa pelo setor.
Paulo Teixeira, presidente do Sindiplast e da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), destacou que as recicladoras investiram significativamente nos últimos anos, acreditando na mudança para embalagens mais sustentáveis. No entanto, a pressão inflacionária resultante da pandemia levou as fabricantes a priorizarem a redução de custos, fazendo com que a transição para opções sustentáveis fosse deixada de lado.
Atualmente, as recicladoras operam com um nível de ociosidade de pelo menos quarenta por cento. Elas compram resíduos de cooperativas de reciclagem e os transformam em resina reciclada, que é utilizada pela indústria. Em 2024, a indústria do plástico no Brasil deve faturar R$ 123 bilhões, produzindo sete milhões e quatrocentas mil toneladas anualmente, sendo que trinta a quarenta por cento desse total refere-se a plásticos de "vida curta", como embalagens.
Apesar de apenas vinte e quatro por cento do plástico de vida curta ser reciclado no Brasil, Teixeira acredita que a circularidade do material deve ser reforçada, já que o consumo de plástico tende a aumentar. Ele ressaltou que a decisão de usar embalagens recicladas cabe aos fabricantes, não à indústria do plástico. Além disso, a pesquisa apontou que a falta de informação é o principal obstáculo para a adoção de práticas sustentáveis, seguido pela falta de opções de coleta seletiva e acesso a locais de descarte.
Entre os entrevistados, apenas dezoito por cento concordam totalmente que recipientes plásticos ajudam a manter a qualidade dos alimentos, enquanto vinte por cento discordam completamente. Essa desconfiança em relação ao plástico reciclado pode ser um desafio a ser superado. Em um cenário onde a conscientização ambiental é crescente, iniciativas que promovam a educação e a transparência sobre o uso de materiais reciclados podem ser fundamentais para mudar essa percepção e incentivar a adoção de práticas mais sustentáveis.
Investigação da Earthsight revela que couro bovino de áreas desmatadas no Pará é utilizado por marcas de luxo na Itália, levantando preocupações sobre ética e sustentabilidade na moda. A COP-30, que ocorrerá em novembro, destaca a urgência do tema.
Estudo da USP alerta sobre a vulnerabilidade do Brasil à introdução do vetor Anopheles stephensi, que pode aumentar o risco de malária em áreas urbanas devido ao comércio e transporte marítimo. A pesquisa destaca a necessidade urgente de monitoramento nos portos para evitar a propagação da doença.
O escritório Gávea, liderado pelos arquitetos Alziro Carvalho Neto e Felipe Rio Branco, projetou cabanas autônomas em Areal, RJ, para retiros espirituais, priorizando sustentabilidade e uso de materiais locais. As construções, com 26 m², utilizam técnicas ecológicas e oferecem conforto, promovendo a conexão com a natureza.
Em 2024, o Rio de Janeiro alcançou 29,99% na reciclagem de embalagens de vidro, superando a média nacional de 25,1%. A meta é atingir 40% até 2030, segundo o relatório da Circula Vidro.
Desmatamento na Amazônia Legal alcança 277 mil km² entre 2001 e 2024, superando previsões de 270 mil km². A COP30 ocorre em um Brasil marcado pela perda florestal e crise ambiental.
Uma forte ressaca no litoral do Rio de Janeiro, com ondas de até 3,5 metros, mobilizou 120 garis e resultou em um recorde de 52 viagens de caminhões para retirada de areia, respeitando diretrizes ambientais. A operação da Comlurb, iniciada após a invasão da pista da Avenida Delfim Moreira, garantiu a devolução do material à praia, preservando o ecossistema local. Este evento foi considerado a maior ressaca na região nos últimos cinco anos.