Uma proposta de lei de streaming está em discussão no Brasil, visando fortalecer a visibilidade do audiovisual nacional e regular a inteligência artificial nas plataformas. O Ministério da Cultura defende cotas para produções locais e a proteção dos direitos dos criadores.
A proposta de uma nova lei de streaming está em discussão no Brasil, com o objetivo de garantir a visibilidade do audiovisual nacional e regular o uso de inteligência artificial (IA) nas plataformas digitais. Essa iniciativa busca promover a diversidade cultural e proteger os direitos dos criadores, em um cenário onde a cultura brasileira enfrenta desafios significativos na era digital.
A soberania cultural é fundamental para a identidade do Brasil, que se destaca pela pluralidade de suas expressões artísticas, como o samba e as narrativas indígenas. No entanto, a globalização do mercado de streaming tem gerado contradições, com o público consumindo cada vez mais conteúdos estrangeiros, enquanto o audiovisual brasileiro luta por espaço. A proposta legislativa visa não apenas a inclusão de cotas para produções nacionais, mas também a promoção de uma produção ativa de narrativas brasileiras.
O Ministério da Cultura defende a implementação de uma cota de dez por cento de catálogo e seis por cento de Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) para apoiar o Fundo Setorial do Audiovisual. Contudo, a relevância das produções brasileiras nos catálogos das plataformas é um desafio, já que algoritmos podem marginalizar conteúdos nacionais em favor de blockbusters internacionais.
Uma política cultural robusta deve priorizar a diversidade e a proteção dos direitos autorais dos criadores. A IA, que influencia as recomendações e o consumo de conteúdo, pode trazer benefícios, mas também apresenta riscos, como a criação de uma "cultura sintética" que ignora as raízes culturais. A regulamentação da IA e do streaming é, portanto, uma necessidade urgente para garantir que a cultura brasileira tenha a visibilidade que merece.
Além disso, é essencial que as políticas públicas incentivem a inovação cultural, apoiando iniciativas que promovam a cultura brasileira, como startups de IA focadas na preservação cultural. Uma legislação bem estruturada pode transformar o Brasil em um protagonista global no setor cultural, não apenas como consumidor, mas como criador de conteúdo.
Com a aprovação da lei de streaming e a regulamentação ética da IA, o Brasil poderá avançar rumo ao século XXI, fortalecendo sua economia criativa. A união da sociedade civil é crucial para apoiar projetos que valorizem a cultura nacional e ajudem a garantir que as vozes brasileiras sejam ouvidas e respeitadas no cenário global.
O GLOBO promove o evento "Cultura em movimento" para debater os desafios do setor cultural fluminense, com a presença de gestores e foco em investimentos que impactam a economia local. A discussão abordará a diversidade cultural e os benefícios econômicos gerados, destacando que R$ 139 milhões da Lei Paulo Gustavo resultaram em R$ 852,2 milhões para o estado.
O festival Latinidades, que homenageia Lélia Gonzalez, ocorre até 31 de julho de 2025, com programação diversificada e apoio da Shell Brasil, destacando a força das mulheres negras na cultura. Com shows de artistas como Luedji Luna e Karol Conká, o evento se expande por Brasília, promovendo a inclusão e a valorização da cultura afro-latina.
O livro "Ciência da Primeira Infância" revela como desigualdades sociais impactam o desenvolvimento infantil no Brasil, destacando a pobreza como um fator crucial. O estudo, coordenado por Naercio Menezes Filho, enfatiza a necessidade de políticas públicas intersetoriais para interromper o ciclo de desigualdade.
Professor de música do CAP UFRJ foi alvo de racismo recreativo por alunos, resultando em suspensão e novas intimidações. A situação gerou protestos e denúncias à Polícia Federal.
O governador Cláudio Castro anunciou a entrega de 50 viaturas semi-blindadas para a Patrulha Maria da Penha, destacando a redução dos feminicídios no estado e o início da campanha Agosto Lilás 2025. A Patrulha já atendeu quase 317 mil mulheres.
Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, receberá o título de doutora honoris causa da Uerj, a primeira honraria desse tipo a uma pessoa indígena no Brasil, em reconhecimento ao seu ativismo e contribuição cultural. A cerimônia será aberta ao público no Teatro Odylo Costa Filho, no dia 28.