O programa “Reconhecer, Reparar, Religar para Seguir” busca fortalecer laços entre Brasil e Angola, culminando na viagem simbólica “A Grande Travessia” em 2025, focando em memória e reparação histórica. A iniciativa, liderada por pesquisadores da UNESP, visa resgatar relações culturais e promover justiça reparatória após séculos de escravização.
Brasil e Angola possuem uma relação histórica que se estende por mais de 450 anos, marcada pela escravização de africanos e por laços culturais profundos. Em 1975, o Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência de Angola. Para resgatar essas relações, foi criado o programa “Reconhecer, Reparar, Religar para Seguir”, liderado pelo antropólogo Dagoberto José Fonseca, da Universidade Estadual Paulista (UNESP). O programa visa promover ações focadas na memória e na reparação histórica.
Uma das iniciativas mais emblemáticas do programa é o projeto “A Grande Travessia”, que prevê uma viagem simbólica de navio entre os portos de Santos, Rio de Janeiro, Salvador e Luanda, com partida programada para dezembro de 2025. A viagem incluirá uma cerimônia no Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, um local histórico que foi a principal porta de entrada dos escravizados no Brasil.
O projeto se inspira em estudos e reflexões sobre as relações ancestrais entre os dois países, além de diálogos com autoridades angolanas. A proposta busca reconhecer e reparar as vítimas do tráfico transatlântico, promovendo a reconciliação histórica. Os cruzeiros marítimos entre Brasil e Angola são uma das ações que visam resgatar a dignidade das pessoas africanas que morreram durante a travessia atlântica.
O programa é composto por quatro projetos interligados, que incluem a preservação e difusão dos acervos dos Arquivos Nacionais de Angola e do Brasil, além de ações voltadas para a justiça reparatória. O governo de Portugal também está sendo convidado a contribuir com o financiamento do projeto, dada sua responsabilidade histórica no tráfico de escravizados.
Os custos estimados para a execução do projeto “A Grande Travessia” são de aproximadamente R$ 50 milhões, com a intenção de que nenhum passageiro, especialmente os negros, pague pela viagem. Já o projeto “Boaventura” será voltado para o turismo afro-referenciado, onde todos os passageiros pagarão pela viagem, mas com foco na memória e na cultura.
O programa “Reconhecer, Reparar, Religar para Seguir” articula pesquisa científica e atividades culturais, visando a formação do público para o reencontro com a África. Projetos como esse devem ser estimulados pela sociedade civil, pois a união pode ajudar a promover a justiça e a reparação por séculos de colonialismo e escravização.
Linn da Quebrada voltou aos palcos com o show "Trava Línguas", após um período de internação por problemas de saúde mental, impulsionada por uma mensagem de apoio de Fernanda Montenegro. A artista compartilhou sua jornada de superação e anunciou novos projetos, incluindo um disco e um documentário.
Profissionais da comunicação se encontram em Paraisópolis para a terceira edição do Favela Cria, abordando inovação e mídia comunitária. O evento inclui workshops e apresentação musical de Crioleza, promovendo impacto social.
William Hertz e Edimarcia Virissimo, doadores regulares de sangue, compartilham suas experiências e a importância da doação, destacando um gesto que pode salvar vidas. Apenas 1,6% da população brasileira doa regularmente.
O Governo do Distrito Federal (GDF) destinará R$ 80 milhões para saneamento no bairro Santa Luzia, com financiamento do Banco Itaú, visando dignidade e infraestrutura para a população carente. Além disso, R$ 180 milhões serão investidos na ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto do Recanto das Emas.
A peça "Hora da Saída" abordará a prevenção do bullying em escolas públicas do DF entre 24 de abril e 5 de maio, com rodas de conversa e distribuição de material didático. O projeto, apoiado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF, visa conscientizar sobre a violência escolar, especialmente após a criminalização do bullying no Brasil em 2024.
Cuidadores de pessoas com deficiência em São Paulo passam a receber um piso salarial de R$ 1.804 a partir de 1º de julho, com direitos trabalhistas garantidos. A medida, aprovada pela Alesp, busca melhorar as condições da categoria.