Apenas 12,7% dos brasileiros com hipertensão e diabetes tipo 2 atingem as metas de tratamento, elevando o risco cardiovascular. Estudo revela subestimação do risco por médicos e complexidade no tratamento.

Um estudo recente revelou que apenas 12,7% dos brasileiros com hipertensão e diabetes tipo 2 conseguem atingir as metas de tratamento estabelecidas, resultando em um alto risco cardiovascular. Os dados, coletados em quase 400 adultos atendidos em centros médicos de cardiologia e endocrinologia, indicam que 76,1% dos pacientes estão em risco cardiovascular muito alto. O estudo foi apresentado no Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) e faz parte do projeto global SNAPSHOT, que analisa o perfil clínico desses pacientes.
Os resultados mostram que apenas 28,97% dos participantes tinham a pressão arterial sob controle e 39,1% alcançavam as metas de hemoglobina glicada, um indicador importante do controle do diabetes. O cardiologista Emilton Lima Junior, coordenador do estudo, destacou que a situação é preocupante, pois muitas complicações, como amputações e insuficiência renal, continuam a ser uma realidade para esses pacientes.
Além disso, a pesquisa revelou que a subestimação do risco cardiovascular pelos médicos é um fator preocupante. Embora as diretrizes indiquem que todos os pacientes analisados estão em risco alto ou muito alto, os médicos classificaram apenas 15,6% como moderados. Lima Junior sugere que essa discrepância pode ser atribuída à complexidade das novas diretrizes, que são frequentemente atualizadas.
Outro ponto importante é a multimorbidade, já que cerca de 30% dos hipertensos também têm diabetes tipo 2, e quase 80% dos diabéticos sofrem de hipertensão. Essa intersecção aumenta significativamente o risco cardiovascular, que pode ser de duas a três vezes maior quando as duas condições estão presentes. O estudo também revelou que 93% dos pacientes tinham pelo menos uma outra doença crônica associada.
A adesão ao tratamento é um desafio, com muitos pacientes precisando tomar de quatro a quinze medicamentos por dia. A complexidade do tratamento e os efeitos colaterais das medicações podem dificultar a adesão. O Ministério da Saúde afirmou que oferece assistência integral e medicamentos gratuitos, mas a incorporação de novas tecnologias ao Sistema Único de Saúde (SUS) depende de avaliações específicas.
É fundamental que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que promovam a conscientização e o tratamento adequado dessas condições. A união em torno de projetos que visem melhorar a adesão ao tratamento e a qualidade de vida dos pacientes pode fazer uma diferença significativa na luta contra a hipertensão e o diabetes tipo 2 no Brasil.

O Brasil registrou cerca de 600 mil mortes por diabetes tipo 2 em uma década, com pesquisa da Tufts University revelando que a má alimentação gerou 14,1 milhões de casos em 2018. Fatores como baixo consumo de grãos integrais e excesso de carne processada foram destacados.

Estudo revela que óleo essencial de hortelã-pimenta alivia dor e melhora sono. Pesquisa da Universidade de Ciências Médicas de Kashan mostra eficácia em pacientes pós-cirurgia cardíaca.

O Ministério da Saúde inicia a distribuição gratuita de preservativos texturizados e finos no SUS, visando aumentar o uso entre jovens e prevenir ISTs, com expectativa de 400 milhões de unidades. A ação responde à queda no uso de preservativos e à baixa solicitação após a pandemia.

O Ministério da Saúde anunciou a inclusão do implante contraceptivo Implanon no SUS, com a meta de distribuir 1,8 milhão de dispositivos para ampliar o acesso à contracepção e reduzir a mortalidade materna.

O Ministério da Saúde anunciou a inclusão de tratamentos para dermatite atópica no SUS, como pomadas tacrolimo e furoato de mometasona, e o medicamento oral metotrexato. Essa medida visa ampliar o acesso a tratamentos eficazes para a condição, que afeta cerca de 20% das crianças, especialmente aquelas que não respondem a corticoides.

Leo, filho da cantora Marília Mendonça, utiliza um sensor de glicose dos EUA para controlar sua diabetes tipo 1, com apoio da avó e da babá, que também é diabética. A avó ressalta a importância de mais informações sobre a doença.