A COP30 em Belém enfrenta desafios logísticos, como altos preços de hospedagem. O Brasil anunciou um plano de US$ 1,3 trilhão para financiamento climático e criará uma plataforma com seis mil leitos.
A menos de cinco meses da COP30 em Belém, Brasil, o evento enfrenta desafios logísticos significativos, como o aumento nos preços de hospedagem e a escassez de opções. Organizações da sociedade civil expressam preocupações sobre a viabilidade de participação na conferência. Durante as negociações climáticas em Bonn, na Alemanha, a presidência da COP apresentou uma atualização sobre a infraestrutura em Belém, enfatizando a importância simbólica do evento, apesar das dificuldades.
O governo brasileiro anunciou que disponibilizará quartos a partir de R$ 100,00 por diária, utilizando estruturas geridas pelo governo, como a Vila dos Líderes e cabines de navios transatlânticos. O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, reiterou que a importância do evento na Amazônia supera os obstáculos logísticos. Ele destacou que a cidade estará preparada, com férias escolares e no serviço público durante a conferência, facilitando a circulação.
A equipe da COP30 não planeja intervenção direta no mercado hoteleiro, mas acionou o Ministério da Justiça e a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) para investigar possíveis abusos de preços. Se confirmadas práticas abusivas, os hotéis poderão enfrentar sanções legais. Entretanto, uma reportagem revelou que moradores de Belém estão cobrando valores exorbitantes por aluguéis temporários, o que levanta preocupações adicionais.
A Plataforma Oficial de Acomodação, que será lançada no final deste mês, oferecerá cerca de seis mil leitos disponíveis no primeiro lote, com liberações semanais. O cardápio da conferência priorizará alimentos saudáveis e locais, com trinta por cento provenientes da agricultura familiar. Além disso, os participantes terão acesso gratuito ao Sistema Único de Saúde (SUS) em casos de urgência e emergência.
O Brasil também anunciou uma operação de segurança integrada, abrangendo sistemas aéreo, marítimo e cibernético, para garantir a segurança durante o evento. A malha aérea será ampliada, com voos diretos já garantidos de várias cidades internacionais. O país apresentou um plano ambicioso para mobilizar US$ 1,3 trilhão em financiamento climático até 2035, focando em ações de mitigação e adaptação para países vulneráveis à crise climática.
O secretário-executivo da ONU para Mudança do Clima, Simon Stiell, elogiou o plano brasileiro, ressaltando a necessidade de transformar princípios em ações concretas. Em tempos de desafios climáticos, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a sustentabilidade e a proteção ambiental. Projetos que visam a preservação dos recursos naturais e o apoio a comunidades vulneráveis devem ser incentivados e fortalecidos.
O Ibama atualizou o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, incluindo novas categorias profissionais como Ecólogo e Técnicos em Biotecnologia, com prazo de 90 dias para inscrição. Essa mudança visa regulamentar a atuação desses profissionais e reforçar a gestão ambiental no Brasil.
Montagem da "blue zone" da COP30 avança em Belém com investimento de R$ 182,7 milhões. A DMDL é a responsável pela construção, que envolve 220 trabalhadores e será temporária, desmontada após o evento.
Operação do Ibama e IMA-SC no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro resulta na apreensão de 101 aves silvestres e multas que ultrapassam R$ 200 mil. Ação combate tráfico e protege espécies ameaçadas.
Uma pesquisa revela que 75% dos brasileiros separam lixo para reciclagem, mas apenas 22% optam por produtos com embalagens recicladas. O governo planeja um decreto para obrigar o uso de materiais reciclados na produção de plásticos.
O Brasil se destaca como líder em sustentabilidade ao se preparar para a COP30, com foco em implementar compromissos climáticos e engajar diversos setores. Autoridades ressaltam a importância do financiamento climático e da Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos.
Uma equipe de nove biólogos partirá em julho para explorar a biodiversidade do rio Jutaí, focando em roedores e buscando ampliar o conhecimento sobre espécies endêmicas na Amazônia. A expedição, liderada pelo professor Alexandre Percequillo, visa documentar a fauna pouco conhecida da região, essencial para entender a diversidade ecológica e evolutiva.