A produção de concreto no Brasil gera 6,4% das emissões de gases do efeito estufa, e a falta de separação de resíduos da construção civil limita a reciclagem a apenas 30%. Jundiaí é um exemplo positivo de gestão.
A produção de concreto é responsável por aproximadamente 8% das emissões de carbono no mundo. No Brasil, o setor industrial, que abrange a produção de cimento e aço, contribui com 6,4% das emissões de gases do efeito estufa, conforme dados do Inventário Nacional de Gases do Efeito Estufa, publicado pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações em 2022. Essas emissões decorrem dos processos produtivos e do uso de combustíveis como matéria-prima.
O uso de concreto é tradicional no Brasil, com mais de 100 anos de história. Embora o aço, especialmente na técnica de "steel frame", seja uma alternativa menos impactante, sua adoção ainda é limitada. Outras opções, como a madeira, são comuns em países como os Estados Unidos. Há também propostas inovadoras, como a mistura de isopor ao cimento, que, no entanto, dificultam a reciclagem dos resíduos gerados na construção.
Levi Torres, coordenador da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (Abrecon), destaca que o maior desafio no Brasil é a falta de separação adequada dos materiais nas obras. Essa prática não apenas melhora a segurança e a limpeza do ambiente de trabalho, mas também pode gerar uma economia de 20% nos custos de triagem e reciclagem.
Atualmente, cerca de 70% dos resíduos da construção civil são descartados de forma irregular em lixões, apesar de existirem 700 locais para descarte correto. Uma regulamentação de 2002 já exige que as empresas façam a separação e reciclagem, mas a falta de aplicação em nível municipal e estadual compromete sua eficácia. A pesquisa da Abrecon de 2022 revela que apenas 30% dos resíduos gerados são reciclados.
Um exemplo positivo é a cidade de Jundiaí, em São Paulo, onde a prefeitura implementou uma política eficaz de reciclagem, resultando em quase total aproveitamento dos entulhos. Essa abordagem não só é sustentável, mas também gera economia, com a produção de materiais reciclados sendo 50% mais barata que os convencionais. Nos primeiros meses de 2022, Jundiaí economizou mais de R$ 350 mil com a reciclagem de resíduos.
As iniciativas de reciclagem e a correta separação de resíduos são fundamentais para reduzir o impacto ambiental da construção civil. A mobilização da sociedade civil pode ser crucial para apoiar projetos que visem a melhoria das práticas de reciclagem e a conscientização sobre a importância da separação dos resíduos. Essa união pode fazer a diferença na promoção de um futuro mais sustentável.
Brasília avança com o programa "Vai de Bike", que prevê a construção de 270 quilômetros de ciclovias, visando melhorar a mobilidade urbana e a segurança dos ciclistas na capital. A participação da população na atualização do Plano Diretor de Transporte Urbano é fundamental para garantir infraestrutura adequada e conscientização no trânsito.
O Jockey Club de São Paulo enfrenta uma crise financeira com dívidas de R$ 860 milhões e desinteresse do público, enquanto a prefeitura planeja desapropriar o terreno para um parque e um centro de equinoterapia. A proposta de parceria público-privada do clube visa preservar suas atividades, mas a disputa judicial e a avaliação do terreno complicam a situação.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) promoveu um seminário em Porto Alegre para discutir a Agenda Referencial para o Ordenamento Territorial do Rio Grande do Sul, abordando desafios climáticos e desigualdades sociais. O evento, que contou com a participação de diversos setores, é o primeiro de três encontros programados, visando construir uma política pública que promova ações sustentáveis e integradas no estado.
Cientistas da Universidade de Brasília (UnB), sob a liderança de Renato Borges, desenvolvem o Projeto Perception, que visa escanear a Amazônia e o Cerrado para monitoramento climático. A iniciativa, com lançamento previsto para 2024, promete fornecer dados em tempo real sobre variações climáticas e degradação do solo, contribuindo para políticas de preservação e manejo sustentável. O projeto, que se baseia em experiências da missão AlfaCrux, conta com parcerias e financiamento de R$ 1,5 milhão da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF).
A Organização Meteorológica Mundial alerta que há 80% de chance de um recorde anual de calor nos próximos cinco anos, com riscos crescentes para saúde e ecossistemas. O relatório destaca a possibilidade alarmante de um ano com temperatura 2 °C acima dos níveis pré-industriais antes de 2030.
Novo relatório da ONU revela que a seca extrema na Amazônia entre 2023 e 2024 é uma das mais severas já registradas, impactando ecossistemas e comunidades ribeirinhas, além de afetar o comércio global. A estiagem causou a morte de animais e comprometeu o abastecimento de água, evidenciando a urgência de ação diante das mudanças climáticas.