O Brasil alcançou uma taxa de reciclagem de 97% de latas de alumínio em 2024, mas a exportação crescente de sucata ameaça a economia circular e a indústria local, afetando catadores e cooperativas.

O Brasil alcançou uma impressionante taxa de reciclagem de latas de alumínio de 97% em 2024, consolidando sua posição como líder mundial no setor, conforme dados da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). Entretanto, a crescente exportação de sucata de alumínio para o exterior levanta preocupações sobre a sustentabilidade do modelo de economia circular no país. Essa dinâmica impacta diretamente a indústria local e os catadores, que dependem da demanda interna para sua sobrevivência econômica.
A cadeia de reciclagem de alumínio no Brasil envolve desde catadores individuais até grandes empresas recicladoras. O alto valor de mercado do alumínio, que está atrelado à cotação internacional, torna a atividade atrativa para todos os elos dessa cadeia. O alumínio pode ser reciclado indefinidamente sem perder qualidade e consome 95% menos energia em comparação à produção primária, o que favorece a reciclagem no país.
Em 2024, o Brasil reciclou um milhão de toneladas de produtos de alumínio, representando 57% do total consumido, enquanto a média global é de apenas 28%. No entanto, a guerra comercial promovida pelos Estados Unidos e a crescente demanda por materiais de baixo carbono aumentaram a concorrência internacional pela sucata brasileira. Intermediários internacionais estão oferecendo preços mais altos, o que prejudica a indústria nacional.
Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL, destaca que esses intermediários não investem na transformação industrial nem contribuem para o fortalecimento da cadeia nacional. A saída da sucata compromete o abastecimento da indústria local e pode afetar diretamente os catadores e cooperativas que dependem da demanda interna. Além disso, o material reciclado no Brasil retorna como produto importado, eliminando os benefícios econômicos da transformação local.
Donas alerta que o alumínio reciclado é um insumo estratégico para a economia circular e a transição energética do Brasil. Se a capacidade de processá-lo localmente for perdida, todo o esforço de circularidade e geração de valor será transferido para outros países, prejudicando a indústria nacional e as metas climáticas do Brasil. A ABAL aponta uma contradição nas políticas públicas que incentivam a economia circular, enquanto a falta de controle sobre a exportação de sucata pode desarticular a cadeia construída ao longo de décadas.
O pioneirismo da indústria brasileira em transformar resíduos em valor é um exemplo a ser seguido. A sociedade civil deve se mobilizar para apoiar iniciativas que garantam a continuidade desse ciclo virtuoso, promovendo a competitividade e a sustentabilidade. A união em torno de projetos que valorizem a reciclagem e a economia circular pode fazer a diferença na preservação da cadeia produtiva e no fortalecimento da economia local.

Uma investigação da Reuters revelou que 24 dos 36 projetos de carbono na Amazônia estão associados a beneficiários com infrações ambientais, incluindo um esquema de legalização de madeira ilegal. Os projetos, validados por Verra e Cercarbono, expõem falhas no controle de qualidade do mercado voluntário de carbono, com penalidades que superam R$ 125 milhões. O caso de Ricardo Stoppe Junior, preso por liderar um esquema de lavagem de madeira, destaca a gravidade da situação.

O Vaticano lançou a "Missa pelo Cuidado da Criação", um rito que incentiva a proteção ambiental, reforçando o legado do papa Francisco sob a liderança de Leão XIV. A missa busca mobilizar os fiéis para a luta contra as mudanças climáticas.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, criticou o Projeto de Lei Geral do Licenciamento Ambiental, alertando para retrocessos e a necessidade de fortalecer o Ibama. A proposta, que tramita há mais de 20 anos, pode gerar uma "guerra da 'licencidade' ambiental".

Pesquisas da Embrapa Algodão e Santa Anna Bioenergia no Brasil exploram a Agave tequilana para etanol, biomassa e alimentação animal, visando inovação e sustentabilidade no Semiárido. O projeto, que inclui parcerias com instituições mexicanas, busca otimizar o cultivo e a mecanização, contribuindo para a bioeconomia e a redução de desigualdades regionais.

O Governo Federal investirá R$ 40 milhões em Minas Gerais para recuperar nascentes e áreas degradadas, beneficiando até 169 municípios com 200 Unidades Demonstrativas. A ação, promovida pela Eletrobras, visa restaurar a vegetação e gerar empregos verdes, alinhando-se ao Novo PAC e promovendo o desenvolvimento sustentável.

Especialistas criticam o projeto de lei do licenciamento ambiental (2.159/2021) por fragilizar regras, permitir autolicenciamento sem estudos e limitar a Avaliação de Impacto Ambiental. Manifestações contra o PL ocorrem em São Paulo.