Na COP29, países se comprometeram a mobilizar US$ 1,3 trilhão anuais até 2035 para ações climáticas. A Coalizão Brasil já captou US$ 2,6 bilhões para projetos ambientais, destacando a urgência da preservação da Amazônia.

Durante a COP15 em Copenhague, em 2009, países desenvolvidos se comprometeram a mobilizar US$ 100 bilhões anuais até 2020 para apoiar ações climáticas em países em desenvolvimento. Em 2024, na COP29 em Baku, esse compromisso foi ampliado, com a meta de mobilizar pelo menos US$ 1,3 trilhão anuais até 2035. A Coalizão Brasil para o Financiamento da Restauração e da Bioeconomia (BRB) já captou US$ 2,6 bilhões para projetos de restauração florestal e bioeconomia no Brasil.
A mobilização de recursos financeiros para enfrentar a crise climática é um desafio persistente. Apesar dos avanços, o valor arrecadado ainda está longe do necessário para mitigar as mudanças climáticas e proteger biomas essenciais, como a Amazônia. O Brasil, que sediará a COP30, assume um papel central no debate sobre financiamento climático, crucial para a preservação da floresta e do futuro do planeta.
Na COP29, os países do BRICS, que incluem Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, publicaram uma declaração conjunta exigindo que as nações mais ricas aumentem suas metas de financiamento climático. O documento, intitulado “Mapa do Caminho de Baku a Belém: US$ 1,3 trilhão”, enfatiza a necessidade de alcançar esse montante até a COP30 e expressa preocupação com as lacunas nas ações dos países desenvolvidos.
O vice-presidente da Conservation International no Brasil, Mauricio Bianco, destacou a importância do multilateralismo e reafirmou o papel da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e do Acordo de Paris no combate à crise climática. Ele ressaltou que a responsabilidade pela mobilização de recursos recai sobre os países desenvolvidos, devido à sua capacidade financeira e histórico de emissões.
Enquanto isso, a Coalizão Brasil para o Financiamento da Restauração e da Bioeconomia já restaurou ou protegeu cerca de dois milhões de hectares de florestas em todos os biomas brasileiros, com foco na Amazônia. A coalizão tem metas ambiciosas, como restaurar cinco milhões de hectares de florestas e investir US$ 500 milhões em iniciativas que beneficiem comunidades locais e povos indígenas.
O estudo mais recente da BRB mapeou 37 organizações indígenas e comunitárias na Amazônia, destacando a importância de fortalecer fundos comunitários. A preservação ambiental pode ser significativamente impulsionada por iniciativas que apoiem diretamente essas comunidades. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos a proteger seus territórios e garantir um futuro sustentável.

Pesquisadores destacam que as cascas de laranja, antes descartadas, são ricas em compostos que protegem o coração e melhoram a digestão, revelando seu valor nutricional. Incorporá-las à dieta pode reduzir o desperdício e promover saúde.

A COP30 em Belém enfrenta pressão internacional com 25 países solicitando soluções para altos custos de hospedagem e logística precária, ameaçando transferir o evento. A insatisfação cresce entre nações sobre a organização.

O Canadá e a Brazil Iron estão na vanguarda da descarbonização da siderurgia, com o Canadá reconhecendo o minério de ferro de alta pureza como mineral crítico e a Brazil Iron planejando produzir ferro verde (HBI) para reduzir em até 99% as emissões de CO₂e.

O Brasil busca apoio de países amazônicos para um fundo de US$ 125 bilhões, que será discutido na cúpula da OTCA em Bogotá, visando a conservação das florestas. Lideranças indígenas pedem a interrupção da exploração de petróleo na região.

A Câmara de São Paulo retoma os trabalhos com foco em projetos polêmicos, como a flexibilização da Lei Cidade Limpa e a proposta contra artistas que fazem apologia ao crime. O Instituto Butantan também apresenta um novo projeto para preservar árvores.

Desastres climáticos custaram ao Brasil mais de R$ 730 bilhões em 12 anos, segundo Maria Netto, do Instituto Clima e Sociedade. Ela defende que o agronegócio deve ser parte da solução climática e destaca a urgência de financiamento para adaptação.