COP 30 em Belém será um espaço para discutir soluções práticas sobre mudanças climáticas, com foco na liderança do Brasil, segundo Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente.
O Brasil se prepara para sediar a COP 30 em Belém, destacando a importância do Acordo de Paris em um contexto de crescente preocupação global com as mudanças climáticas. Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente, afirma que a conferência será um espaço para discutir soluções práticas, sem grandes decisões, mas com foco na liderança brasileira no debate climático.
Teixeira ressalta que a capacidade da democracia brasileira em acolher diferentes manifestações sociais é um ponto forte. Ela destaca que a descarbonização representa uma oportunidade para o Brasil, mas que o tema deve ser tratado de forma madura, evitando polarizações. A ex-ministra enfatiza a necessidade de um entendimento claro sobre a situação geopolítica atual e suas implicações para a COP.
Durante a entrevista, Teixeira observa que o evento em Belém não deve esperar consenso, mas sim buscar soluções práticas para enfrentar as mudanças climáticas. Ela menciona que a governança global mudou desde a criação do Acordo de Paris, com países como os Estados Unidos adotando novas prioridades em segurança energética, o que afeta diretamente as discussões climáticas.
Teixeira também aponta que, embora haja um aumento nos investimentos em energias renováveis, a matriz energética global ainda é majoritariamente fóssil. A eletrificação, ligada à era digital, demanda mais energia, e o aumento populacional e eventos climáticos extremos elevam ainda mais essa necessidade. O Brasil, apesar de ter uma matriz elétrica renovável, enfrenta desafios como a dependência do diesel.
A ex-ministra destaca que a COP 30 será um processo que se estenderá até 2026, enquanto o Brasil estiver na presidência. O país deve definir como liderar o debate global, envolvendo diferentes setores e criando soluções realistas. Teixeira menciona que a floresta amazônica é crucial para a segurança climática e que o Brasil deve abordar o tema com maturidade e sem polarização.
Por fim, Teixeira acredita que a COP 30 será uma oportunidade para o Brasil mostrar sua capacidade diplomática e econômica. A descarbonização não é apenas uma questão ambiental, mas também de desenvolvimento sustentável e inclusão social. A união da sociedade civil pode ser fundamental para impulsionar iniciativas que promovam soluções para a crise climática, beneficiando o futuro do país e do planeta.
A COP30, em novembro de 2025, em Belém, será um marco na luta contra a crise climática, exigindo ação coordenada em quatro pilares: adaptação, ambição, saída dos combustíveis fósseis e coragem política. O evento destaca a urgência de enfrentar o colapso climático e a necessidade de um esforço coletivo para garantir um futuro sustentável.
A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que agiliza o combate a incêndios florestais e a recuperação de áreas afetadas por desastres climáticos. A proposta permite a atuação de tripulações estrangeiras e destina emendas ao Fundo Nacional de Meio Ambiente.
A Biofábrica de Corais, em Porto de Galinhas, salvou 20% das colônias de corais após uma onda de branqueamento global, recebendo reconhecimento da Unesco como projeto exemplar na Década do Oceano.
Documentários de natureza utilizam tecnologia avançada, como drones e câmeras de alta velocidade, para capturar comportamentos animais e evidenciar os impactos do aquecimento global. Produções como "The Americas" e "Segredos dos Pinguins" revelam a urgência da conservação.
Recentemente, foram plantadas setenta novas mudas de paineira no Distrito Federal, com um ambicioso plano de cultivar duzentas mil até 2025/2026, destacando a relevância ecológica e estética da espécie.
Instituto Brasília Ambiental e ONG Jaguaracambé realizam expedições para monitorar carnívoros ameaçados. Em abril, o Instituto Brasília Ambiental, em parceria com a ONG Jaguaracambé, iniciou expedições na APA Cafuringa para monitorar carnívoros, com foco em espécies como lobo-guará e jaguatirica. O projeto, que completa dez anos em 2024, visa coletar amostras biológicas para análise de saúde e conservação da fauna no Distrito Federal. Um novo Acordo de Cooperação Técnica foi firmado para fortalecer a pesquisa e manejo de fauna, destacando a importância do monitoramento para políticas públicas ambientais.