Censo 2022 revela que doze milhões de brasileiros habitam unidades de conservação, com 99% em áreas de uso sustentável. A população é majoritariamente negra e indígena, destacando a presença de quilombolas.

O Brasil conta com doze milhões de pessoas vivendo em unidades de conservação, representando seis por cento da população nacional, conforme dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essas áreas incluem florestas nacionais, reservas biológicas e áreas de proteção ambiental, que são divididas em categorias de proteção integral e de uso sustentável.
Das 2.365 unidades de conservação no país, 1.227, ou 52%, estão inabitadas. A maioria das pessoas que reside nessas áreas, cerca de noventa e nove por cento, vive em locais de uso sustentável, que permitem uma ocupação humana mais flexível. Exemplos incluem áreas de proteção ambiental e reservas extrativistas, como a cidade de Brasília, que está situada em uma dessas áreas.
Nas regiões de proteção integral, onde a presença humana é mais restrita, habitam aproximadamente 132 mil brasileiros. Este grupo inclui indígenas e quilombolas, que têm uma presença significativa nessas áreas, superando outros grupos populacionais. O Distrito Federal destaca-se como a unidade da federação com a maior proporção de habitantes vivendo em áreas de proteção ambiental, com trinta e nove por cento da população nessa situação.
O perfil racial das pessoas que residem em unidades de conservação é notavelmente mais negro e indígena do que a média nacional. De acordo com os dados, cinquenta e um por cento são pardos, trinta e seis por cento são brancos, doze por cento são pretos e um por cento é indígena. Além disso, a presença de quilombolas é maior, com dois por cento vivendo nessas áreas, em comparação a zero vírgula sete por cento no restante do país.
Essas informações revelam não apenas a diversidade demográfica, mas também a importância das unidades de conservação para a preservação da cultura e dos modos de vida de grupos historicamente marginalizados. A coexistência de comunidades humanas com a biodiversidade é um desafio que requer atenção e políticas públicas adequadas para garantir a sustentabilidade dessas áreas.
Iniciativas que promovam a valorização e o apoio a essas comunidades são essenciais. A união da sociedade civil pode fazer a diferença, proporcionando recursos e apoio a projetos que busquem melhorar as condições de vida e a preservação ambiental nas unidades de conservação. Juntos, podemos contribuir para um futuro mais justo e sustentável.

O Complexo Pequeno Príncipe, em Curitiba, é o primeiro hospital brasileiro a adquirir créditos de biodiversidade, investindo US$ 15 mil em ações de conservação ambiental. A iniciativa marca um avanço significativo na integração entre saúde e sustentabilidade.

Dona Maria José participa do projeto Vale Luz há nove anos, trocando materiais recicláveis por descontos na conta de luz, contribuindo para a retirada de 805 toneladas de resíduos e gerando R$ 425 mil em economia.

O filme "Borda do mundo", de Jô Serfaty, terá um elenco estrelado e abordará a luta de uma pescadora e sua neta contra a destruição de seu vilarejo costeiro. A trama promete trazer à tona desejos e memórias com a chegada de uma antiga veranista.

Victor Hermann lança "Zona Cinza", um livro que examina a desresponsabilização da classe média diante de catástrofes socioambientais, propondo a arte como resposta à crise. A obra reflete sobre a inércia e a necessidade de assumir responsabilidades em um mundo em risco.

A cooperativa Manejaí superou barreiras burocráticas e acessou créditos do Pronaf, beneficiando 386 famílias de extrativistas do açaí, enquanto comunidades quilombolas e pescadores ainda enfrentam dificuldades.

Líder indígena Maria de Fátima Muniz foi assassinada em ataque na Bahia, enquanto a violência contra povos indígenas no Brasil cresce, com mais de 211 mortes e aumento de suicídios em 2024.