Crianças da etnia Xucuru, como Isabella e Alice, aprendem sobre plantas medicinais e preservação ambiental, fortalecendo a conexão com suas raízes e promovendo a cultura ancestral. A iniciativa visa garantir a continuidade dos saberes tradicionais e a conservação da biodiversidade.
Os povos Xucuru mantêm uma conexão ancestral com a natureza, enfatizando a importância do cuidado com as plantas e o uso de remédios naturais. Recentemente, crianças da comunidade, como duas irmãs, têm se envolvido ativamente em aprender sobre plantas medicinais e em iniciativas para preservar espécies ameaçadas, além de comercializar produtos naturais.
A goiabeira é uma das plantas destacadas na medicina ancestral Xucuru. O nome da etnia significa "cuidado do homem com a natureza", e essa filosofia é passada de geração em geração. As crianças aprendem desde cedo sobre as propriedades medicinais de ervas e plantas, como alecrim, capim santo e boldo. Uma das irmãs compartilha que, após um desentendimento com o irmão, utilizou folhas de goiaba e manga para preparar um banho relaxante.
Na comunidade, o uso de medicamentos convencionais é evitado. Para dores de cabeça, por exemplo, é comum o uso de chá de tapete de oxalá, conhecido como boldo de jardim. As crianças também participam de patrulhas que mapeiam plantas tradicionais em risco de extinção, promovendo o replantio. Uma planta quase extinta, o mulungu roxo, foi replantada com a ajuda de Isabella e outros moradores, que aprenderam sobre suas propriedades antidepressivas.
O aprendizado sobre plantas medicinais ocorre em um viveiro que abriga 50 mil mudas, destinado à produção de medicamentos e à conservação de espécies ameaçadas. Na Escola Indígena Clarimen, as crianças recebem educação ambiental, aprendendo a respeitar a natureza e a importância do plantio. Uma das irmãs destaca que a professora a ensinou a não poluir e a cuidar do meio ambiente, reforçando a ideia de que a natureza é uma mãe.
O Coletivo Jupago Kreká, que promove a agricultura ancestral, também contribui para a educação das crianças. A pedagoga Rayanne Feitosa utiliza metodologias lúdicas, como um jogo de cartas que ensina sobre as espécies medicinais. As crianças aprendem a coletar folhas e flores de maneira sustentável, garantindo que as plantas mantenham suas propriedades medicinais.
A cultura das plantas medicinais é um elo vital entre as crianças e suas raízes. A preservação do conhecimento Xucuru é fundamental para a continuidade da vida na terra. A líder indígena Bella Xucuru, mãe de uma das meninas, enfatiza que o conhecimento sobre as plantas é passado de geração em geração. Projetos que visam a preservação e a valorização desse saber ancestral devem ser apoiados pela sociedade civil, garantindo que essa rica herança continue a florescer.
O Índice de Programa Social (IPS) 2025 revela que o Pará apresenta a pior qualidade de vida do Brasil, com Belém na 22ª posição entre as capitais, destacando problemas como desmatamento e garimpo ilegal. Essa realidade será central nas discussões da COP30, que ocorrerá no estado.
Lideranças kayapós exigem alternativas de renda ao governo Lula durante operação de desintrusão na Terra Indígena Kayapó, marcada pela presença de garimpos ilegais e cooptação de indígenas. A ação visa restaurar a integridade territorial e promover desenvolvimento sustentável.
Moradores da comunidade ribeirinha Aterro do Binega enfrentam sérios problemas de saúde mental e física devido às queimadas no Pantanal, reivindicando uma unidade de saúde local. A situação se agrava com a dificuldade de acesso a tratamentos médicos em Corumbá.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu a emergência em nove cidades do Rio Grande do Sul devido à estiagem, permitindo acesso a recursos federais para ações de defesa civil. As prefeituras podem agora solicitar ajuda para fornecer alimentos, água e kits de higiene. Com isso, o total de reconhecimentos no estado chega a 308, sendo 288 por estiagem.
O programa Recicla Cidade, da Tetra Pak, tem promovido a reciclagem em municípios pequenos, resultando em um aumento de 80% na coleta em oito cidades da Grande São Paulo e a criação de uma moeda social em Salesópolis.
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