Líder indígena Adriano Karipuna protestou no TEDxAmazônia contra o genocídio de povos tradicionais, clamando por respeito à diversidade cultural e pela demarcação de terras indígenas. Ele destacou a crescente violência e pediu ações efetivas para proteger os povos originários.
Durante o evento TEDxAmazônia, o líder indígena Adriano Karipuna protestou contra o que chamou de "genocídio dos povos tradicionais da Amazônia". O evento ocorreu em Belém, como parte das atividades pré-COP30, e Karipuna, da aldeia Panorama em Rondônia, destacou a urgência de respeitar a diversidade cultural e acelerar a demarcação de terras indígenas. Ele expressou sua indignação ao mencionar os assassinatos de indígenas, afirmando que "nossos corpos indígenas estão caindo".
Karipuna também fez um apelo pelo fim do genocídio contra o povo palestino, enfatizando a dor que sente ao ver seus parentes sendo mortos por defender a floresta e o patrimônio natural. Ele lamentou que esses assassinatos se tornem apenas estatísticas, pedindo que todos se unam contra essa violência. Em 2023, mais de duzentos indígenas foram assassinados no Brasil, um problema que persiste desde a gestão de Jair Bolsonaro.
O líder indígena relembrou os primeiros contatos de seu povo com não-indígenas, mencionando que muitos morreram devido a doenças infecciosas, pois não tinham imunidade ou acesso a vacinas. Ele ressaltou a importância de respeitar os povos de isolamento voluntário, que ainda mantêm culturas vivas por não terem contato com a sociedade não-indígena. Karipuna destacou que a sociedade civil deve garantir a segurança e a cultura desses povos.
Karipuna, que atualmente estuda direito em Porto Velho, pediu a aceleração da demarcação de terras indígenas. Embora o governo de Luiz Inácio Lula da Silva tenha aumentado os registros de territórios para povos originários em comparação com o governo anterior, a velocidade desse processo ainda é questionada por ativistas e lideranças.
O líder indígena concluiu seu discurso com um forte chamado à ação, exaltando a importância da floresta Amazônia e dos povos tradicionais. Ele reafirmou que a luta em defesa da natureza e dos direitos indígenas continuará, enfatizando a necessidade de união e resistência. A mensagem de Karipuna ressoou entre os presentes, que foram convocados a se engajar na causa.
Iniciativas que apoiam a luta dos povos indígenas e promovem a preservação cultural e ambiental são essenciais. A mobilização da sociedade civil pode fazer a diferença na proteção dos direitos desses povos e na promoção de suas culturas. A união em torno dessas causas é fundamental para garantir um futuro mais justo e sustentável.
A aprovação do PL da Devastação levanta questionamentos sobre a coerência da bancada evangélica em relação à proteção ambiental, desafiando sua interpretação bíblica sobre a Criação. A natureza clama por defensores que entendam seu papel como guardiões, não proprietários.
Pescadores de Magé revitalizaram a Baía de Guanabara ao replantar manguezais, criando o Parque Natural Municipal Barão de Mauá, um exemplo de recuperação ambiental e educação. Após o desastre de 2000, a comunidade se uniu para restaurar o ecossistema, promovendo biodiversidade e renda local. O parque, com 113,7 hectares, agora abriga mais de cem espécies e é um modelo de resistência.
Lideranças do povo Zoró, em Mato Grosso, pedem intervenção do governo federal para conter invasões de madeireiros e garimpeiros. Eles estabeleceram barreiras e apreenderam equipamentos, mas necessitam de apoio policial para garantir a segurança.
O Governo Federal iniciou uma operação de desintrusão na Terra Indígena Kayapó, no Pará, para combater o garimpo ilegal e proteger os direitos dos povos indígenas. Mobilizando mais de 20 órgãos federais, a ação visa preservar o território e a vida dos indígenas, enfrentando a degradação ambiental e o crime organizado.
Agricultores em Parelheiros e jovens da Bahia se adaptam às mudanças climáticas, enquanto o "déficit de natureza" afeta a saúde de crianças e idosos. A luta por direitos e novas práticas agrícolas se intensifica.
Alice Pataxó, ativista indígena, destacou a crise climática e seus planos para a COP 30 em Belém durante o Power Trip Summit, enfatizando a comunicação acessível entre povos indígenas. Ela acredita que o futuro é construível e que a conferência pode ampliar o debate ambiental.