Audiências públicas no Amapá discutem concessão de 607 mil hectares de áreas florestais, com potencial para gerar até 2 mil empregos diretos em cinco municípios. O projeto, em parceria com o BNDES, visa promover o uso sustentável e a preservação ambiental.
Uma série de audiências públicas no Amapá, iniciadas em 12 de setembro e que se estenderão até 18 de setembro, discute um projeto de concessão de áreas florestais. A proposta visa o uso sustentável da floresta e pode gerar até dois mil empregos diretos em cinco municípios: Macapá, Santana, Porto Grande, Ferreira Gomes e Itaubal. O projeto abrange 607 mil hectares de floresta, divididos em 11 Unidades de Manejo Florestal (UMFs).
As audiências têm como objetivo equilibrar indicadores sociais e econômicos por meio do manejo sustentável, promovendo a geração de renda e a preservação ambiental. A primeira audiência ocorreu na Assembleia Legislativa do Amapá, em Macapá, e contou com a participação de representantes da sociedade civil, setor público e iniciativa privada. A ação é coordenada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
Marcos Almeida, diretor de Desenvolvimento Ambiental da Sema, destacou o impacto econômico do projeto, afirmando que “para cada vaga direta, estimamos mais duas indiretas”. Ele também mencionou que a arrecadação anual deve ultrapassar R$ 30 milhões para o Estado, valor que será distribuído entre os municípios onde as áreas estão localizadas.
O projeto é resultado de uma parceria entre o Governo do Amapá e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os contratos terão duração de 30 anos, durante os quais as empresas deverão seguir práticas sustentáveis, unindo conservação ambiental à geração de emprego e renda.
Os documentos técnicos do projeto estão disponíveis no site da Sema, incluindo o inventário florestal e a descrição das áreas de manejo. Empresas, pesquisadores, povos tradicionais e demais interessados podem enviar sugestões até 25 de agosto, por meio de formulário eletrônico.
As próximas audiências públicas ocorrerão em Porto Grande, no Instituto Federal do Amapá (Ifap), e em Tartarugalzinho, na Câmara de Vereadores. Projetos como esse devem ser estimulados pela sociedade civil, pois a união pode fazer a diferença na promoção do desenvolvimento sustentável e na geração de oportunidades para a população local.
A Justiça Federal do Amapá exige que a União, o Incra e a Fundação Palmares apresentem um cronograma para a titulação das terras do quilombo Kulumbú do Patuazinho em 30 dias. A comunidade enfrenta invasões e ameaças devido a planos de exploração de petróleo na região.
Malcom Ferdinand propõe a ecologia decolonial, unindo a luta por justiça social à preservação ambiental, desafiando o ambientalismo tradicional que ignora injustiças sociais. A obra "Uma ecologia decolonial" destaca a importância de integrar dignidade dos povos oprimidos e equilíbrio ecológico.
Pescadores de Magé revitalizaram a Baía de Guanabara ao replantar manguezais, criando o Parque Natural Municipal Barão de Mauá, um exemplo de recuperação ambiental e educação. Após o desastre de 2000, a comunidade se uniu para restaurar o ecossistema, promovendo biodiversidade e renda local. O parque, com 113,7 hectares, agora abriga mais de cem espécies e é um modelo de resistência.
Invasores devastaram o território quilombola de Kulumbu do Patuazinho, no Amapá, destruindo áreas sagradas e árvores, em meio à especulação pela exploração de petróleo na região. A comunidade busca apoio internacional.
Beto Veríssimo, cofundador do Imazon, defende o pagamento por serviços ecossistêmicos na COP30, ressaltando a urgência de preservar a Amazônia para cumprir as metas climáticas globais. Ele destaca que a floresta é essencial para a regulação do clima e a economia brasileira, propondo que o Brasil lidere a transição para uma economia de baixo carbono.
A Síndrome de Dravet, que causa epilepsia em crianças, tem seu quadro agravado pelo aumento das temperaturas, levando a um aumento nas convulsões e complicações neurológicas. Especialistas alertam que as mudanças climáticas intensificam esses riscos, afetando a saúde mental e física.