A delegação brasileira se reuniu com a Secretária-Geral Adjunta da ONU para discutir a liderança do Brasil na COP-30 e políticas de redução de riscos de desastres. O encontro destacou a importância de ações conjuntas em água e adaptação climática.
A delegação brasileira participou da Oitava Plataforma Global para Redução de Riscos de Desastres, realizada em Genebra entre os dias 2 e 6 de junho. O encontro foi liderado pelo Secretário-Executivo do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Valder Ribeiro, e pelo Secretário Nacional de Periferias do Ministério das Cidades, Guilherme Simões. Durante a reunião, a delegação se encontrou com a Secretária-Geral Adjunta das Nações Unidas, Amina J. Mohammed, para discutir a liderança do Brasil na COP-30 e as políticas públicas voltadas à mitigação de riscos de desastres.
Os representantes brasileiros destacaram a cooperação com o Escritório das Nações Unidas para Redução de Riscos de Desastres (UNDRR) durante a presidência do G20 e do BRICS. A Secretária-Geral Adjunta elogiou a iniciativa do Brasil em aprovar a primeira Declaração Ministerial do G20 sobre Redução de Riscos de Desastres e ressaltou a importância de integrar as discussões sobre adaptação climática com a redução de riscos de desastres, especialmente em áreas urbanas.
Amina Mohammed também mencionou a relevância da dimensão urbana na redução de riscos, considerando as cidades como atores centrais nesse processo. Ela destacou o papel da brasileira Anacláudia Rossbach no UN-Habitat e a importância de engajar os parlamentos nacionais nas ações de adaptação climática e redução de riscos. Além disso, a DSG lembrou a realização da 4ª Conferência Internacional sobre Financiamento ao Desenvolvimento, que ocorrerá em Sevilha, Espanha, entre os dias 30 de junho e 3 de julho.
Em relação à gestão da água, a Secretária-Geral Adjunta incentivou o Brasil a intensificar ações conjuntas com a Enviada-Especial do Secretário-Geral para Águas, Retno Marsudi. A delegação brasileira enfatizou as políticas do MIDR e do Ministério das Cidades que garantem direitos básicos às populações vulneráveis, contribuindo para a adaptação das comunidades às mudanças climáticas e mitigando riscos sociais e econômicos.
O Brasil reafirmou sua prioridade no combate à fome, pobreza e desigualdades, destacando o Programa Carro Pipa, que fornece água potável a cerca de quatrocentas cidades no Nordeste. Também foram mencionadas parcerias público-privadas para revitalização de barragens e geração de energia solar, além de programas voltados para as periferias, como "Periferia Viva" e "Estratégia Periferia Sem Risco".
O governo brasileiro se comprometeu a implementar o Marco de Sendai e fortalecer a Plataforma Global para Redução de Riscos de Desastres. A mobilização para a COP-30, que ocorrerá em novembro em Belém, é vista como uma oportunidade para discutir a temática da água. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos, promovendo ações que garantam recursos e apoio a iniciativas sociais e ambientais essenciais.
A Amazônia enfrenta um dilema entre a preservação ambiental e a pobreza de sua população, enquanto nações ricas exigem sacrifícios sem reduzir suas próprias emissões. A hipocrisia global é evidente.
Lula destaca a importância do respeito aos direitos indígenas em visita ao Parque Nacional do Xingu, onde cacique Raoni alerta sobre os riscos da exploração de petróleo na Amazônia.
Marcele Oliveira, de 25 anos, é a nova embaixadora da juventude climática na COP30, após vencer 23 concorrentes. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou sua escolha, destacando seu ativismo ambiental.
O Ministério Público Federal (MPF) no Pará pediu a anulação de um contrato de R$ 1 bilhão para a venda de créditos de carbono, alegando irregularidades e falta de consulta a comunidades tradicionais. O governo do Pará, sob Helder Barbalho, enfrenta ação judicial por vender créditos sem consulta adequada, podendo resultar em R$ 200 milhões em danos morais coletivos. A COP30 em Belém intensifica a pressão sobre comunidades locais.
Marcele Oliveira, embaixadora da juventude climática na COP30, destaca a luta contra o racismo ambiental e a importância das vozes jovens nas soluções climáticas. A conferência ocorrerá em Belém em novembro.
Lideranças Mura participarão da COP30 em Belém para denunciar a mineração da Potássio do Brasil em suas terras, criticando uma consulta manipulada e prometendo resistência. O TRF-1 favoreceu a empresa, mas uma desembargadora pediu vista de parte dos recursos.