Durante o seminário Agroindústria Sustentável, especialistas debateram a recuperação de áreas degradadas e a inclusão de pequenos produtores no acesso a crédito e tecnologia, visando a produção sustentável no Brasil. O evento, mediado por Bruno Blecher, contou com a participação de autoridades como Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, e representantes de empresas do setor.

O Brasil enfrenta desafios significativos na produção sustentável de alimentos, especialmente na recuperação de áreas degradadas e na inclusão de pequenos e médios produtores no acesso a crédito e assistência técnica. Durante o seminário Agroindústria Sustentável, realizado em 23 de julho de 2025, especialistas abordaram a importância da tecnologia e da recuperação ambiental, destacando a necessidade de melhorar o suporte financeiro e técnico para esses agricultores.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, enfatizou que a recuperação de áreas degradadas é crucial para o avanço na produção de alimentos. Ele mencionou que essas áreas podem ser transformadas em florestas produtivas, contribuindo para a captura de carbono. Dados do MapBiomas indicam que, no último ano, o desmatamento afetou mais de 1,2 milhão de hectares no Brasil.
Teixeira também ressaltou a importância da mecanização e da tecnologia na agricultura familiar, que representa 23% do valor da produção agropecuária brasileira, segundo o Censo Agro 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ele citou inovações como estufas para cultivo e drones para pulverização, que ajudam os agricultores a enfrentar os desafios climáticos.
Luiz Demattê, diretor de Produção e Indústria do Grupo Korin, destacou que as empresas do setor agrícola estão encontrando oportunidades de crescimento por meio de modelos sustentáveis. Ele afirmou que, embora ainda haja um déficit em pesquisa e desenvolvimento, as condições atuais são mais favoráveis do que no passado para iniciativas sustentáveis.
Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade da BRF e Marfrig, abordou a possibilidade de conciliar a produção agropecuária com a conservação ambiental. Ele mencionou que tecnologias genéticas podem reduzir o tempo de engorda dos animais, diminuindo as emissões de gases de efeito estufa, que são responsáveis por cerca de 75% das emissões no Brasil. No entanto, ele alertou que o acesso ao crédito rural ainda é um obstáculo para pequenos produtores.
O ministro Teixeira destacou as taxas de juros do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que variam de 0,5% a 5% ao ano. Ele também mencionou a necessidade de um sistema unificado de assistência técnica, uma vez que a desarticulação no setor resultou em um déficit significativo. A Embrapa está buscando parcerias para levar soluções tecnológicas aos produtores, visando aumentar a eficiência e a geração de valor. Em situações como essa, a união da sociedade pode fazer a diferença, apoiando iniciativas que promovam a recuperação ambiental e o fortalecimento da agricultura familiar.

Mãe e filha, Edna e Gabrielly Dantas, construíram a Casa de Sal, uma residência sustentável na Ilha de Itamaracá, utilizando oito mil garrafas de vidro e madeira reaproveitada, refletindo resistência cultural e ambiental.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 3062/2022, que proíbe testes em animais para produtos de higiene e cosméticos no Brasil, promovendo métodos alternativos e fiscalização bienal. A nova legislação, que complementa a Resolução Normativa nº 58 do CONCEA, reforça o compromisso do país com a ética científica e a proteção animal.

Em 2024, a violência contra indígenas no Brasil aumentou, com mais de 211 assassinatos, incluindo a líder Maria de Fátima Muniz, e um crescimento de 15,5% nos suicídios entre jovens. O contexto de insegurança e desumanização se agrava com a nova Lei do Marco Temporal.

O projeto "Ressignifica" da Universidade Federal Fluminense (UFF) já removeu mais de quatro toneladas de lixo do Rio João Mendes, transformando resíduos em biocarvão e adubo. A iniciativa, coordenada pela professora Dirlane de Fátima do Carmo, visa promover educação ambiental e engajamento da comunidade local, oferecendo alternativas sustentáveis para o reaproveitamento de materiais.

Quintais urbanos em São Paulo e Guarulhos se destacam como espaços de cura e sociabilidade, revelando saberes tradicionais e promovendo hortas comunitárias. Pesquisas mostram a importância desses ambientes na vida dos moradores.

Uma mãe compartilhou sua experiência ao levar os filhos para Novo Airão, na Amazônia, refletindo sobre o que significa ser uma "mãe corajosa" ao proporcionar vivências diretas com a natureza e a cultura local. Ela defende que essa escolha é uma forma de enriquecer a educação das crianças, permitindo que conheçam a floresta e suas narrativas autênticas, além de cultivar amor e senso de urgência pela preservação ambiental.