A Amazônia enfrenta um dilema entre a preservação ambiental e a pobreza de sua população, enquanto nações ricas exigem sacrifícios sem reduzir suas próprias emissões. A hipocrisia global é evidente.

A Amazônia enfrenta uma intersecção crítica entre pobreza e políticas de preservação ambiental. Recentemente, a relação entre a pobreza na região e as exigências de preservação foi questionada, evidenciando a hipocrisia de nações ricas que poluem enquanto impõem sacrifícios aos mais pobres. O Censo revelou que cidades como Rio Branco, Belém e Manaus estão entre as menos arborizadas do Brasil, refletindo uma realidade onde a falta de verde é associada à pobreza.
O discurso de que "pobre não gosta de árvore" perpetua estigmas, enquanto figuras políticas como as ministras Marina Silva e Sonia Guajajara, oriundas do Norte, são eleitas em São Paulo. Essa dinâmica revela uma desconexão entre as realidades do Norte e do Sul do Brasil, onde a direita se fortalece em regiões como Rondônia, similar ao apoio a líderes conservadores em outros países.
A mudança climática é um problema econômico que pode resultar em migrações forçadas e destruição de patrimônio. No entanto, as soluções propostas frequentemente exigem sacrifícios das populações mais vulneráveis, enquanto países de alto consumo continuam a poluir. A Amazônia, uma das regiões mais empobrecidas do Ocidente, levanta a questão: por que manter sua população em condições precárias para proteger o futuro de outros?
Enquanto o Brasil impede a exploração de petróleo no Amapá, onde sessenta por cento das crianças vivem abaixo da linha da pobreza, países como a Noruega e a Alemanha continuam a explorar recursos em suas regiões. A contribuição de nações ricas para o Fundo Amazônia, embora positiva, representa apenas uma fração do PIB da região Norte, que é baixo. Essa situação levanta a questão sobre a eficácia das políticas climáticas que não consideram a equidade social.
As políticas climáticas devem ser vistas como políticas distributivas. A desigualdade entre as nações ricas e pobres se torna evidente quando se observa que os países em desenvolvimento estão dispostos a abrir mão de padrões de vida básicos para atender às exigências de preservação ambiental. A luta por justiça climática deve incluir a voz das populações mais afetadas, que frequentemente são silenciadas.
Nesta conjuntura, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável na Amazônia. Projetos que visem melhorar as condições de vida da população local e promover a preservação ambiental são essenciais. A mobilização em torno dessas causas pode fazer a diferença na luta por um futuro mais justo e sustentável para todos.

Moradores da Serra dos Pretos Forros, em Jacarepaguá, enfrentam frequentes quedas de energia devido à fiação elétrica e à vegetação local. Um abaixo-assinado pede a fiação subterrânea para preservar o meio ambiente. A Light programou 320 podas na região entre 2024 e 2025 e realizará novas podas até o dia 20 deste mês.

Termo de compromisso entre ICMBio e comunidade guarani no Paraná permite permanência em terras sobrepostas a reserva biológica, gerando protestos de entidades conservacionistas. A gestão indígena é reconhecida como essencial para a conservação das florestas.

A ampliação do território indígena Jaraguá para 532 hectares foi celebrada pelos guarani mbya, marcando uma vitória histórica na luta por direitos territoriais e preservação ambiental. O pacto de gestão compartilhada com o Parque Estadual do Jaraguá, firmado entre a comunidade, a Funai e o Governo de São Paulo, garante a proteção do meio ambiente e o manejo sustentável dos recursos naturais. A cerimônia contou com a presença de autoridades e lideranças indígenas, destacando a importância da preservação e do respeito às tradições.

Organizações ambientais e populações tradicionais pedem veto ao Projeto de Lei 2159/21, que facilita o licenciamento ambiental e ameaça biomas brasileiros. Mobilizações em Brasília refletem a preocupação com retrocessos.

Lideranças do povo Zoró, em Mato Grosso, pedem intervenção do governo federal para conter invasões de madeireiros e garimpeiros. Eles estabeleceram barreiras e apreenderam equipamentos, mas necessitam de apoio policial para garantir a segurança.

Representantes afrodescendentes de 16 países da América Latina e Caribe lançaram a "Declaração de Brasília", exigindo mais participação na COP30 e destacando suas contribuições e desafios climáticos.