O Tribunal Regional Federal da 2ª Região suspendeu a reintegração da Suzano Celulose em terras quilombolas em Conceição da Barra (ES), após alegações de violação de direitos. A Defensoria Pública da União argumentou que a comunidade afetada não foi ouvida e que a decisão desrespeitou legislações nacionais e internacionais.

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região suspendeu uma decisão que permitia à Suzano Celulose reintegrar uma fazenda em Conceição da Barra, no Espírito Santo, considerada território quilombola. A medida foi tomada após um pedido da Defensoria Pública da União (DPU), que alegou violação dos direitos da comunidade local e a falta de intimação no processo judicial.
A ação da DPU, apresentada em junho, visava rescindir a sentença anterior, que desconsiderou legislações nacionais e tratados internacionais sobre os direitos quilombolas. O defensor regional de Direitos Humanos no Espírito Santo, Pablo Farias Souza Cruz, destacou que a decisão anterior não garantiu a proteção dos direitos dos remanescentes quilombolas.
Segundo a DPU, a comunidade afetada, a Comunidade Quilombola Angelim, não foi ouvida durante o processo. A Defensoria argumentou que os moradores sempre residiram na localidade e possuem direitos reais sobre o imóvel, onde cultivam para sua subsistência.
Outro ponto levantado pela DPU foi a escolha inadequada do réu na ação, que não residia na área em questão. O desembargador Sérgio Schwaitzer, ao decidir pela suspensão, confirmou que a DPU não foi intimada e reforçou a possibilidade de ação rescisória para corrigir a nulidade do processo.
A decisão do tribunal representa um avanço na proteção dos direitos das comunidades quilombolas, que frequentemente enfrentam desafios legais em relação à posse de suas terras. A DPU enfatizou a importância de garantir que as vozes dos quilombolas sejam ouvidas em processos que afetam suas vidas e territórios.
Em situações como essa, a união da sociedade civil pode fazer a diferença. Projetos que visam apoiar comunidades vulneráveis são essenciais para garantir que seus direitos sejam respeitados e suas vozes, ouvidas. A mobilização em torno dessas causas pode trazer mudanças significativas e ajudar a preservar a cultura e os direitos dos quilombolas.

A COP30 ocorrerá em Belém do Pará, de 10 a 21 de novembro de 2025, destacando a Amazônia e suas desigualdades sociais. A conferência busca promover um desenvolvimento que respeite saberes locais e a biodiversidade.

A Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) criticou a sanção parcial do PL da Devastação, que flexibiliza licenças ambientais. Apesar de vetos, trechos que enfraquecem a regulação ambiental permanecem, gerando riscos à proteção de comunidades tradicionais.

Geraldo Gomes, guardião de sementes crioulas, preserva mais de 200 variedades em sua roça agroecológica no semiárido de Minas Gerais, promovendo a biodiversidade e a cultura local. Ele busca transformar sua casa de sementes em um museu, enfrentando desafios como a monocultura e as mudanças climáticas.

Ribeirinhos paralisam a construção da Avenida Liberdade em Belém, exigindo indenizações e melhorias nas estradas, enquanto cientistas alertam sobre os riscos de desmatamento na Amazônia. A obra, controversa em meio à COP30, gera tensão entre o governo e ambientalistas.

Lula destaca a importância do respeito aos direitos indígenas em visita ao Parque Nacional do Xingu, onde cacique Raoni alerta sobre os riscos da exploração de petróleo na Amazônia.

O Brasil sediará a COP 30 em Belém, em novembro de 2023, em meio a uma crise climática e social, enfrentando desafios para garantir um financiamento climático justo. A meta global de US$ 300 bilhões até 2035 é insuficiente frente à necessidade de US$ 1,3 trilhão dos países do Sul Global.