Geraldo Gomes, guardião de sementes crioulas, preserva mais de 200 variedades em sua roça agroecológica no semiárido de Minas Gerais, promovendo a biodiversidade e a cultura local. Ele busca transformar sua casa de sementes em um museu, enfrentando desafios como a monocultura e as mudanças climáticas.
Geraldo Gomes, um destacado guardião de sementes crioulas, preserva mais de duzentas variedades em sua roça agroecológica na comunidade de Touro, em Serranópolis de Minas, no norte de Minas Gerais. Com 62 anos, ele mantém viva a tradição familiar de guardar e trocar sementes, uma prática que aprendeu com seu pai e avô. Em sua casa, ele exibe uma coleção impressionante de sementes e licores feitos a partir de plantas cultivadas em sua propriedade, refletindo a rica biodiversidade da região.
Seu Geraldo começou a trabalhar na roça aos sete anos, seguindo os ensinamentos de seus antepassados, que acreditavam na importância da diversidade agrícola. Ele destaca que a agricultura familiar no semiárido é realizada sem o uso de agrotóxicos, priorizando a saúde das comunidades e a preservação do meio ambiente. “A roça tem que ser igual mato, tem que ter diversas plantas”, afirma, enfatizando a necessidade de manter as variedades tradicionais.
O agricultor também enfrenta desafios significativos, como a contaminação da água e a pressão da monocultura, que tem se expandido na região. Ele observa que a utilização de venenos por outros agricultores prejudica sua produção, e lamenta a perda de espécies nativas devido ao desmatamento e à agricultura intensiva. “Hoje, a maioria das espécies está sumindo, seja nativa ou plantada”, alerta, ressaltando a urgência da preservação.
Geraldo Gomes é um membro ativo da Articulação Rosalino Gomes, um coletivo que reúne diversos povos tradicionais da região. O grupo busca fortalecer a identidade cultural e promover a agroecologia, além de lutar contra os impactos negativos da monocultura. A casa de sementes de Geraldo é um espaço de troca de saberes e experiências, atraindo visitantes de diferentes estados e países.
Além de agricultor, ele é também músico e compositor, mantendo viva a tradição musical da sua família. O grupo musical “Seresteiros do Luar”, do qual faz parte, resgata a cultura sertaneja e anima festas na região. Seu Geraldo sonha em transformar sua casa de sementes em um museu, onde possa compartilhar a importância da agricultura familiar e da preservação das sementes crioulas.
A luta de Geraldo Gomes pela preservação da biodiversidade e pela valorização da agricultura familiar é um exemplo inspirador. Projetos como o dele merecem apoio e reconhecimento, pois contribuem para a sustentabilidade e a saúde das comunidades. A união em torno de iniciativas que promovem a agroecologia e a cultura local pode fazer a diferença na preservação do semiárido brasileiro.
O Governo Federal, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), destinará R$ 150 milhões para novos editais do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRSX). A iniciativa visa promover o desenvolvimento sustentável no Pará, focando na inclusão social e valorização da biodiversidade, beneficiando diretamente as comunidades locais.
Moradores da comunidade ribeirinha Aterro do Binega enfrentam sérios problemas de saúde mental e física devido às queimadas no Pantanal, reivindicando uma unidade de saúde local. A situação se agrava com a dificuldade de acesso a tratamentos médicos em Corumbá.
Estudo revela que 57,6% dos estudantes do ensino médio no Brasil estão em escolas vulneráveis a enchentes e 33,8% a secas, evidenciando a urgência na gestão de riscos hídricos. A pesquisa, apresentada na 77ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, destaca o impacto de eventos climáticos extremos na educação, com mais de 1 milhão de alunos perdendo aulas em 2022.
Em agosto de 2024, a onça-pintada Miranda foi resgatada após três dias em uma manilha durante incêndios no Pantanal, apresentando queimaduras graves. Após 43 dias de tratamento, ela foi reintegrada à natureza e meses depois deu à luz seu primeiro filhote, sendo monitorada pela ONG Onçafari. A equipe de resgate homenageou a onça com o nome da cidade onde foi encontrada, e a recuperação dela simboliza esperança para a fauna local.
O Greenpeace Brasil lança a campanha "Não Mais Poços de Petróleo" em resposta aos leilões da ANP, mobilizando a sociedade contra a exploração na Amazônia. A ação inclui um videoclipe e intervenções urbanas.
O Ministério Público Federal (MPF) no Pará ajuizou ação para barrar leilão de petróleo da ANP, agendado para 17 de outubro, devido à ausência de estudos socioambientais adequados. O MPF exige avaliação de impacto climático e consulta a comunidades tradicionais.