A Justiça Federal confirmou a legitimidade do território quilombola de Mesquita, em Goiás, e ordenou ao Incra a demarcação em 12 meses, após redução em 2018 que favoreceu interesses privados.
A Justiça Federal reconheceu oficialmente a legitimidade do território quilombola de Mesquita, localizado na Cidade Ocidental, em Goiás. A área, situada a cerca de 45 quilômetros de Brasília, teve sua demarcação iniciada em 2006, mas foi reduzida em 2018 pelo governo de Jair Bolsonaro, favorecendo uma empresa associada a José Sarney. O juiz Társis Augusto Lima determinou que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) conclua o processo de demarcação em um prazo de doze meses, sob pena de multa diária de R$ 20 mil.
A decisão judicial estabelece que a demarcação ocorrerá em duas fases. A primeira fase envolve a titulação das propriedades individuais ocupadas por membros da comunidade e a remoção, com indenização, de terceiros que ocupam essas áreas. Também será criada uma área de preservação permanente ao redor dos mananciais de água, permitindo a permanência em menor escala dos atuais ocupantes que exploram a agropecuária.
Na segunda fase, a sentença prevê a titulação da propriedade coletiva da comunidade e a desapropriação de áreas ocupadas por terceiros. O juiz rejeitou ações que contestavam a validade do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) do Incra, reconhecendo a presença de propriedades privadas na área delimitada, mas determinando que qualquer regularização deve ocorrer por meio de desapropriação com indenização, conforme a Constituição.
Durante o processo, a Justiça identificou transformações territoriais significativas, como a substituição de áreas tradicionais por lavouras e a remoção de corpos de antigos moradores de cemitérios comunitários. A decisão judicial está alinhada com o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3239, que reconhece a autoidentificação como critério legítimo para o reconhecimento de comunidades quilombolas, em conformidade com a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O reconhecimento do território quilombola de Mesquita representa um avanço significativo na luta pela preservação dos direitos das comunidades tradicionais. A demarcação e titulação das terras são passos essenciais para garantir a segurança jurídica e a proteção dos modos de vida dessas comunidades, que enfrentam desafios históricos de marginalização e exploração.
Nesta situação, a união da sociedade civil pode fazer a diferença, apoiando iniciativas que promovam a valorização e a proteção dos direitos das comunidades quilombolas. Projetos que visem a preservação cultural e a sustentabilidade dessas comunidades devem ser incentivados e apoiados por todos nós.
A campanha Manual de Adaptação do Brasil, com a participação de 38 organizações, utiliza arte para conscientizar sobre a crise climática e promover soluções antes da COP 30 em Belém. A iniciativa inclui murais e intervenções artísticas, destacando a importância da biodiversidade e dos direitos territoriais.
O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, em parceria com a Codevasf, intensifica ações para fortalecer a apicultura no Brasil, promovendo sustentabilidade e aumento da produtividade.
O Complexo Pequeno Príncipe se destaca como a primeira instituição de saúde do Brasil a adquirir créditos de biodiversidade, investindo US$ 15 mil em cinco mil unidades, em parceria com a SPVS. Essa ação pioneira visa integrar a conservação da natureza à gestão ambiental, promovendo a saúde integral e a responsabilidade socioambiental.
No Distrito Federal, a falta de opções públicas para a destinação de restos mortais de animais de estimação gera dificuldades emocionais e financeiras para tutores. Um projeto de lei busca regulamentar a cremação e sepultamento.
O governo federal iniciou uma operação de 90 dias para erradicar o garimpo ilegal na Terra Indígena Kayapó, no Pará, com destruição de acampamentos e apreensões de materiais. A ação, determinada pelo STF, visa proteger o território do povo Mebêngôkre, que enfrenta devastação ambiental.
Oliver Humberto Naves Blanco inicia curso gratuito em Presidente Prudente, abordando práticas de agricultura ecológica e regenerativa, visando melhorar a qualidade do solo e combater a mudança climática. O curso, que ocorre em junho, promove a autonomia produtiva e o resgate de saberes ancestrais, essencial para a saúde do solo e do planeta.