A Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) criticou a sanção parcial do PL da Devastação, que flexibiliza licenças ambientais. Apesar de vetos, trechos que enfraquecem a regulação ambiental permanecem, gerando riscos à proteção de comunidades tradicionais.

A Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) manifestou descontentamento com a sanção parcial do Projeto de Lei (PL) da Devastação, que facilita a emissão de licenças ambientais. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vetou sessenta e três trechos da nova legislação, que contém quase quatrocentos dispositivos aprovados pelo Congresso. Os vetos visam evitar a licença automática, proteger áreas sensíveis e exigir estudos de impacto ambiental para projetos prioritários.
Apesar dos vetos, a Conaq alerta que a aprovação de partes do PL que enfraquecem a regulação ambiental representa "concessões perigosas aos interesses do agronegócio predatório". A entidade destaca que esse setor tem sido historicamente responsável por violência, desmatamento e a expulsão de comunidades de seus territórios. A aprovação do projeto ocorre em um momento crítico, com o Brasil prestes a sediar uma Conferência das Partes (COP), o que levanta preocupações sobre a proteção de comunidades tradicionais.
Os quilombolas reconhecem os compromissos históricos de Lula com os povos originários, mas afirmam que não aceitarão decisões que comprometam a vida, modos de existência e direitos territoriais conquistados com luta. A Conaq enfatiza que "sanções parciais não eliminam os impactos nefastos que este projeto pode trazer", alertando que isso pode legitimar a ideia de flexibilizar direitos constitucionais em nome de um falso progresso.
Os trechos vetados por Lula serão enviados de volta ao Congresso, que tem a opção de derrubar os vetos e restaurar a versão anterior do projeto. A possibilidade de reverter os vetos gera apreensão entre as comunidades afetadas, que temem um retrocesso significativo nas conquistas de direitos e na proteção ambiental.
O cenário atual exige uma mobilização da sociedade civil em defesa dos direitos territoriais e ambientais. A Conaq e outras organizações estão atentas aos desdobramentos dessa situação, que pode impactar diretamente a vida de milhares de pessoas que dependem da preservação de seus territórios e modos de vida.
Nesta conjuntura, a união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a proteção dos direitos das comunidades tradicionais e a preservação ambiental. Projetos que promovam a conscientização e a defesa dos direitos territoriais podem ser essenciais para garantir que vozes históricas não sejam silenciadas.

A COP30 ocorrerá em Belém do Pará, de 10 a 21 de novembro de 2025, destacando a Amazônia e suas desigualdades sociais. A conferência busca promover um desenvolvimento que respeite saberes locais e a biodiversidade.

Anitta participou do ritual Kuarup no Alto Xingu, ao lado de Luciano Huck e Bob K, gerando repercussão nas redes sociais sobre a importância da cultura indígena e da preservação ambiental. A cerimônia, que celebra a libertação das almas, destaca o engajamento da artista em causas sociais.

Angelina Jolie visitou a aldeia Piaraçu, no Mato Grosso, e se reuniu com o cacique Raoni para discutir a proteção da cultura indígena e do território. A atriz reforçou a importância da luta conjunta.

A JBS, em parceria com a Ecoporé, lançou o projeto Vitrines de Restauração para restaurar 3.000 hectares em Rondônia, utilizando a técnica de muvuca e beneficiando comunidades locais. A iniciativa visa promover a bioeconomia e gerar renda para os envolvidos.

Artistas e ambientalistas promovem a valorização da natureza como colaboradora na música, com iniciativas como Future Sound of Nature e Sounds Right, que destinam parte dos lucros para conservação.

A ampliação do território indígena Jaraguá para 532 hectares foi celebrada pelos guarani mbya, marcando uma vitória histórica na luta por direitos territoriais e preservação ambiental. O pacto de gestão compartilhada com o Parque Estadual do Jaraguá, firmado entre a comunidade, a Funai e o Governo de São Paulo, garante a proteção do meio ambiente e o manejo sustentável dos recursos naturais. A cerimônia contou com a presença de autoridades e lideranças indígenas, destacando a importância da preservação e do respeito às tradições.