Estudo do Instituto Trata Brasil revela que 2.700 indígenas foram internados em 2024 por doenças relacionadas ao saneamento, com uma taxa de mortalidade alarmante de 21,074 por 100 mil. A urgência por políticas de saneamento é evidente.
Um estudo recente do Instituto Trata Brasil revelou que as Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI) afetam de maneira desproporcional populações indígenas, pardas e amarelas. Em 2024, aproximadamente 2.700 indígenas foram internados devido a essas enfermidades, resultando em uma taxa alarmante de 27.474 casos a cada dez mil pessoas. Esses dados evidenciam a necessidade urgente de intervenções eficazes em saneamento básico.
Além das internações, o estudo também destacou uma taxa de mortalidade preocupante entre os indígenas, com 21,074 óbitos a cada 100 mil pessoas em 2023. Esses números ressaltam a gravidade da situação e a importância de políticas públicas que priorizem o acesso a serviços de saneamento adequado, especialmente em comunidades vulneráveis.
Para ilustrar a realidade enfrentada por essas comunidades, o Instituto Trata Brasil entrevistou Cleodinei Martins, moradora da aldeia Itapuã, em Iguape, São Paulo. Cleodinei compartilhou que as crianças da aldeia adoecem com frequência, necessitando de medicamentos que, muitas vezes, não resolvem o problema. “As crianças mais novas ficam mais doentes”, afirmou, destacando a necessidade de melhorias nas condições de saúde.
Cleodinei enfatizou que o acesso à água tratada e a banheiros adequados são fundamentais para a saúde da comunidade. “O que seria importante para melhorar a saúde das comunidades é a captação de água tratada e também banheiros”, disse, refletindo a urgência de ações que atendam às necessidades básicas da população indígena.
A história de Cleodinei não é um caso isolado, mas sim um reflexo da realidade de milhares de indígenas em todo o Brasil. Para que os serviços de saneamento alcancem essas comunidades, é necessário um avanço significativo na universalização, respeitando as particularidades culturais e territoriais.
Essa situação demanda a atenção da sociedade civil, que pode se mobilizar para apoiar iniciativas que visem melhorar as condições de vida das comunidades indígenas. A união em torno de projetos que promovam o acesso a saneamento básico pode fazer uma diferença significativa na saúde e bem-estar dessas populações vulneráveis.
O Índice de Programa Social (IPS) 2025 revela que o Pará apresenta a pior qualidade de vida do Brasil, com Belém na 22ª posição entre as capitais, destacando problemas como desmatamento e garimpo ilegal. Essa realidade será central nas discussões da COP30, que ocorrerá no estado.
Os países do Brics adotaram uma declaração conjunta exigindo maior financiamento climático dos países desenvolvidos, destacando a vulnerabilidade das nações em desenvolvimento. O grupo reafirma seu compromisso com o Acordo de Paris e pede que os países ricos cumpram metas financeiras para ações climáticas, visando um compromisso anual de US$ 1,3 trilhão. A declaração também menciona a importância do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) no financiamento climático e a necessidade de reformas na arquitetura financeira internacional.
Uma operação do Ibama e Força Nacional apreendeu 202 kg de agrotóxicos contrabandeados na Terra Indígena Guyraroka, resultando em multas de R$ 875 mil e investigação criminal. A ação visa proteger os direitos indígenas e combater crimes ambientais na região.
Ibama doa 101 metros cúbicos de madeira apreendida a comunidades indígenas e tradicionais da Paraíba, promovendo desenvolvimento social e melhoria da qualidade de vida. A ação transforma infrações ambientais em recursos para reconstrução de moradias e fortalecimento comunitário.
Moradores da Vila da Barca, em Belém, denunciam despejo de dejetos de bairros nobres sem inclusão no novo sistema de esgoto. Prefeitura admite falhas na comunicação e promete melhorias.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu a emergência em nove cidades do Rio Grande do Sul devido à estiagem, permitindo acesso a recursos federais para ações de defesa civil. As prefeituras podem agora solicitar ajuda para fornecer alimentos, água e kits de higiene. Com isso, o total de reconhecimentos no estado chega a 308, sendo 288 por estiagem.