Alice Pataxó, ativista indígena, destacou a crise climática e seus planos para a COP 30 em Belém durante o Power Trip Summit, enfatizando a comunicação acessível entre povos indígenas. Ela acredita que o futuro é construível e que a conferência pode ampliar o debate ambiental.
A ativista indígena e influenciadora digital Alice Pataxó participou da 11ª edição do Power Trip Summit, promovido pela revista Marie Claire, onde abordou a crise climática e sua atuação no ativismo indígena e ambiental. Durante a entrevista com Priscilla Geremias, editora de cultura e redes sociais da revista, Alice destacou a importância da comunicação acessível para desmistificar a vida nas comunidades indígenas. Ela afirmou: “As pessoas têm muita curiosidade sobre o que é viver dentro da minha comunidade” e ressaltou a necessidade de apresentar a realidade de outros povos originários.
Alice enfatizou que a comunicação deve equilibrar leveza e seriedade, considerando que o ativismo muitas vezes envolve questões difíceis, como a luta por direitos humanos. “É um movimento que fala de coisas extremamente difíceis, de luta por direitos humanos, e que muitas vezes fica restrito a uma bolha”, disse. Para ela, é fundamental tornar o debate ambiental mais acessível, utilizando uma linguagem que todos possam entender, sem perder a profundidade necessária.
Com otimismo, Alice Pataxó acredita que “o futuro é possível, construível”. Ela reconhece que ainda há muitos desafios pela frente em relação às questões ambientais, mas defende que é essencial pensar em soluções para alcançá-las. Nascida na aldeia Chibá, na Bahia, Alice também vê a internet como uma ferramenta poderosa para conectar diferentes povos indígenas, promovendo a troca de experiências e conhecimentos entre mais de 300 etnias no Brasil e outras na América Latina.
A ativista, que aos 23 anos já foi reconhecida como uma das 100 mulheres mais inspiradoras do mundo pela BBC, mencionou a responsabilidade que sente por sua atuação. “Vivo numa cobrança incessante de que eu preciso trabalhar mais”, afirmou, ressaltando a importância de respeitar suas limitações e buscar momentos de pausa. A poucos meses da COP 30, que ocorrerá em Belém, Alice acredita que o evento será uma oportunidade para ampliar o debate sobre a crise climática e suas implicações na vida das pessoas.
Ela destacou que a COP é um espaço que muitas vezes exclui a população em geral, sendo essencial explicar como as questões ambientais impactam a vida cotidiana. “Não é só falar de uma chuva que alagou a cidade, estamos falando de uma crise climática”, alertou. O Power Trip Summit, que reúne líderes femininas e influentes, tem como tema nesta edição “Intelligence: Influência | Inovação | Identidade”, refletindo a busca por transformação social em diversas áreas.
O evento, que conta com o apoio de grandes marcas e instituições, é uma plataforma para discutir temas relevantes e promover a inclusão. A união em torno de causas sociais e ambientais é fundamental para criar um futuro mais justo e sustentável. A mobilização da sociedade civil pode ser um passo importante para apoiar iniciativas que visam a preservação do meio ambiente e a valorização das culturas indígenas.
A PUC-Rio promove o Simpósio Internacional “10 Anos da Laudato Si’” de 27 a 29 de maio, com cardeais do Vaticano, celebrando a encíclica do Papa Francisco. O evento inclui uma abertura cultural e inovações em energia solar.
Ibama apreende madeira ilegal em Santo Antônio do Monte e destina 4 m³ à APAE local para confecção de mobiliário adaptado, promovendo inclusão e responsabilidade social. A fiscalização reforça o combate ao desmatamento.
O documentário ‘Mãe Terra’, de Betse de Paula, destaca a luta de lideranças indígenas por direitos territoriais e preservação ambiental, com estreia prevista para o segundo semestre de 2024. A produção, que conta com mais de 50 horas de gravação, inclui entrevistas com Sonia Guajajara e Joenia Wapichana, além de retratar a história de figuras como Tuíre Kaiapó. A obra é um chamado urgente para reconhecer a importância das vozes femininas indígenas na proteção da floresta e da humanidade.
O governo federal iniciará uma operação de desintrusão na Terra Indígena Kayapó, em cumprimento a uma ordem do STF, para remover invasores e garimpos ilegais. A ação, que envolve vinte órgãos, visa proteger a saúde e os direitos dos povos indígenas.
Uma mãe compartilhou sua experiência ao levar os filhos para Novo Airão, na Amazônia, refletindo sobre o que significa ser uma "mãe corajosa" ao proporcionar vivências diretas com a natureza e a cultura local. Ela defende que essa escolha é uma forma de enriquecer a educação das crianças, permitindo que conheçam a floresta e suas narrativas autênticas, além de cultivar amor e senso de urgência pela preservação ambiental.
Mauro Lúcio, presidente da Acripará, destacou que a especulação imobiliária rural é a principal responsável pelo desmatamento na Amazônia, não a agropecuária. Ele defendeu a produção sustentável e criticou a falta de fiscalização na regularização fundiária.