Ribeirinhos paralisam a construção da Avenida Liberdade em Belém, exigindo indenizações e melhorias nas estradas, enquanto cientistas alertam sobre os riscos de desmatamento na Amazônia. A obra, controversa em meio à COP30, gera tensão entre o governo e ambientalistas.
Às vésperas da COP30, a construção de uma estrada de treze quilômetros em Belém, que atravessa a Área de Proteção Ambiental da Região Metropolitana (APA Belém) e se aproxima do Parque do Utinga, gerou protestos de ribeirinhos. Na última quinta-feira, os manifestantes interromperam a obra, exigindo indenizações por propriedades que serão desapropriadas e melhorias nas estradas locais, que estão deterioradas devido ao tráfego intenso de máquinas pesadas.
A obra, que é defendida pelo governador Helder Barbalho (MDB) como essencial para a mobilidade no estado, enfrenta críticas de ambientalistas. Eles alertam que a construção da Avenida Liberdade pode intensificar o desmatamento na Amazônia, uma vez que a abertura de novas vias geralmente resulta em invasões e degradação ambiental. O processo de licenciamento ambiental começou em novembro de 2022, antes da escolha de Belém como sede da COP30, confirmada em junho de 2024.
O governo estadual afirma que o licenciamento foi realizado de forma rigorosa e que a estrada está sendo construída em uma área já antropizada, minimizando o impacto ambiental. Barbalho destacou que a obra é uma das mais importantes para o transporte de cargas, especialmente do sul do Pará e do Baixo Tocantins, e que não haverá necessidade de desapropriações significativas.
No entanto, especialistas como Paulo Mauricio Graça, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), alertam que a construção pode expor a floresta ao processo de degradação, conhecido como efeito borda, que altera o microclima e aumenta a vulnerabilidade ao fogo. Philip Fearnside, também do Inpa, acrescenta que a população local pode ser substituída por empresas, como ocorreu em outras regiões com projetos semelhantes.
Além disso, a obra já recebeu críticas de parlamentares que apontam a contradição entre o discurso ambiental do governo e a construção da avenida. A preocupação é que a obra, em vez de promover a preservação, contribua para a degradação de áreas sensíveis, afetando diretamente as comunidades vulneráveis que dependem da floresta.
Nessa situação, a união da sociedade civil pode ser crucial para apoiar iniciativas que visem a proteção ambiental e a melhoria das condições de vida dos ribeirinhos. Projetos que busquem recursos para promover a recuperação e a preservação da Amazônia são essenciais para garantir um futuro sustentável para a região.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) apresentou a concessão administrativa da Transposição do Rio São Francisco no 9º Fórum Internacional de PPPs na Sérvia, destacando seu modelo inovador para enfrentar desafios climáticos e garantir acesso à água. A proposta envolve uma parceria público-privada com a União e os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Pernambuco, visando soluções sustentáveis e equitativas.
Crianças da etnia Xucuru, como Isabella e Alice, aprendem sobre plantas medicinais e preservação ambiental, fortalecendo a conexão com suas raízes e promovendo a cultura ancestral. A iniciativa visa garantir a continuidade dos saberes tradicionais e a conservação da biodiversidade.
Termo de compromisso entre ICMBio e comunidade guarani no Paraná permite permanência em terras sobrepostas a reserva biológica, gerando protestos de entidades conservacionistas. A gestão indígena é reconhecida como essencial para a conservação das florestas.
Mulheres da Bahia, lideradas por Florisdete Santos, revitalizam o cultivo da araruta, promovendo saúde e renda em meio à crise climática, resgatando saberes tradicionais e fortalecendo a agricultura familiar.
Em 28 de maio de 2025, a OPAS/OMS e o Ministério da Saúde premiaram três instituições brasileiras pelo controle do tabaco e lançaram a campanha “Produtos sedutores. Intenções Perversas.”. A iniciativa visa alertar sobre as táticas enganosas da indústria do tabaco, especialmente entre os jovens.
Lideranças do povo Zoró, em Mato Grosso, pedem intervenção do governo federal para conter invasões de madeireiros e garimpeiros. Eles estabeleceram barreiras e apreenderam equipamentos, mas necessitam de apoio policial para garantir a segurança.