Sebastião Salgado e Arnaldo Bloch testemunharam uma rara cerimônia fúnebre ianomâni, revelando tradições ancestrais e a luta do povo contra a redução populacional e invasões em suas terras.

Em março de dois mil e quatorze, o repórter Arnaldo Bloch, do jornal O GLOBO, acompanhou o fotógrafo Sebastião Salgado em uma expedição às terras dos ianomâni, no Amazonas, na divisa com Roraima. Eles foram autorizados a presenciar uma cerimônia fúnebre rara, que revelou rituais e tradições do povo ianomâmi, que sofreu uma drástica redução populacional desde o contato com brancos no século XIX, reduzindo sua população a apenas 20% do que era.
Na época, a população ianomâmi contava com cerca de vinte e três mil indivíduos, de um total estimado de quarenta mil que habitavam o Brasil e a Venezuela. O extermínio desse povo foi exacerbado pela invasão de suas terras por garimpeiros e mineradoras, especialmente na década de mil novecentos e oitenta, quando o número de garimpeiros chegou a ser cinco vezes maior que o de ianomâmis.
O reconhecimento, em mil novecentos e noventa e dois, de nove milhões e seiscentos mil hectares como a maior área demarcada do Brasil, foi crucial para a proteção da biodiversidade amazônica e ajudou a estancar a devastação. Davi Kopenawa, líder da aldeia, expressou a chegada dos brancos ao traduzir a situação para os visitantes, que logo se depararam com uma cena impactante: cadáveres de sessenta macacos atados por cipó, parte do rito em honra ao falecido.
Durante a cerimônia, Genésio, um pajé, utilizou yakuana, um pó feito de ráspas de árvores que facilita a comunicação com os espíritos. Ele emulou vozes de animais e gestos que representavam fantasmas e espíritos protetores. À noite, Bloch e Salgado dormiram em redes, cercados por familiares e convidados, e ouviram discursos em yanomae sobre os eventos do dia, incluindo uma preocupação com um surto de gripe que afetava anciãs e crianças.
No dia seguinte, os participantes da festa recolheram um vinho alaranjado e ofereceram uns aos outros em grande quantidade. O corpo do falecido foi suspenso entre árvores, envolto em folhas de bananeira, até que pudesse ser descarnado. As cinzas seriam guardadas em urnas no mesmo local onde os macacos eram assados. Somente no último dia, o povo teve liberdade para expressar seu luto, após rituais que incluíam diálogos arcaicos entre os participantes.
Essa experiência única e a preservação das tradições ianomâmi ressaltam a importância de apoiar iniciativas que visem proteger culturas ameaçadas. A união da sociedade civil pode ser fundamental para garantir a continuidade dessas práticas e a sobrevivência desse povo, que enfrenta desafios significativos em um mundo em constante mudança.

Em agosto de 2024, a onça-pintada Miranda foi resgatada após três dias em uma manilha durante incêndios no Pantanal, apresentando queimaduras graves. Após 43 dias de tratamento, ela foi reintegrada à natureza e meses depois deu à luz seu primeiro filhote, sendo monitorada pela ONG Onçafari. A equipe de resgate homenageou a onça com o nome da cidade onde foi encontrada, e a recuperação dela simboliza esperança para a fauna local.

O Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional Sustentável (FDIRS) agora incorpora critérios ESG em projetos, priorizando sustentabilidade e inclusão social, com o Perímetro Irrigado do Jaíba como primeiro projeto. Essa iniciativa visa transformar a infraestrutura nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, promovendo sinergia entre o setor público e privado para enfrentar desafios climáticos.
Ibama finaliza a Operação Onipresente na Terra Indígena Sararé, inutilizando equipamentos de garimpo ilegal e enfrentando 1.436 alertas em 2025, que devastaram 599 hectares da área Nambikwara.

Moradores da Serra dos Pretos Forros, em Jacarepaguá, enfrentam frequentes quedas de energia devido à fiação elétrica e à vegetação local. Um abaixo-assinado pede a fiação subterrânea para preservar o meio ambiente. A Light programou 320 podas na região entre 2024 e 2025 e realizará novas podas até o dia 20 deste mês.

A Gruta de Kamukuwaká, sagrada para os Wauja, foi vandalizada, levando à criação de uma réplica e à luta por reconhecimento cultural e proteção territorial. A inauguração da réplica em Ulupuwene marca um passo importante na preservação da cultura indígena.

A linha de trólebus 408A/10, conhecida como Machadão, em São Paulo, foi substituída por ônibus elétricos movidos a bateria, gerando descontentamento entre moradores e especialistas que defendem sua preservação.