Socioambiental

Onça-pintada resgatada em incêndios no Pantanal dá à luz seu primeiro filhote após reabilitação de 43 dias

Em agosto de 2024, a onça-pintada Miranda foi resgatada após três dias em uma manilha durante incêndios no Pantanal, apresentando queimaduras graves. Após 43 dias de tratamento, ela foi reintegrada à natureza e meses depois deu à luz seu primeiro filhote, sendo monitorada pela ONG Onçafari. A equipe de resgate homenageou a onça com o nome da cidade onde foi encontrada, e a recuperação dela simboliza esperança para a fauna local.

Atualizado em
June 30, 2025
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Filhote brinca com sua mãe, a onça Miranda, resgatada nos incêndios no pantanal em 2024 - Onçafari/Reprodução

Em agosto de 2024, a onça-pintada conhecida como Miranda foi resgatada após passar três dias presa em uma manilha durante os incêndios no Pantanal. O animal apresentava queimaduras graves nas patas e infestação de larvas nas feridas, o que impediu sua locomoção e cuidados próprios. Após um intenso tratamento de 43 dias, Miranda foi reabilitada e reinserida em seu habitat natural.

Meses após sua reintegração, Miranda deu à luz seu primeiro filhote, que ainda não possui nome. A ONG Onçafari, responsável pelo resgate e monitoramento da onça, registrou o momento em que mãe e filhote foram vistos juntos. Lili Rampim, bióloga da ONG, expressou sua alegria ao ver Miranda com seu filhote, destacando a importância desse momento para a equipe.

O resgate de Miranda foi um esforço significativo, levando cerca de 26 horas. Ela estava em estado crítico, com queimaduras de segundo grau, e necessitou ser sedada para receber os cuidados iniciais. O tratamento foi realizado no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) de Campo Grande, onde Miranda se recuperou antes de retornar à natureza em setembro do ano passado.

Em novembro do mesmo ano, foi estimado que aproximadamente 85% da vegetação da base Caiman, onde Miranda foi reinserida, havia sido consumida pelo fogo. Outras onças-pintadas também foram resgatadas durante os incêndios, como Itapira, que teve sua história divulgada na época. A recuperação desses animais é crucial, pois eles desempenham um papel vital no equilíbrio dos ecossistemas como predadores de topo.

A expectativa é que os animais recuperados encontrem um Pantanal em processo de cura. Iniciativas como o plantio de mudas e a distribuição de sementes têm sido implementadas para ajudar na recuperação da vegetação e na alimentação da fauna local. A preservação do habitat é essencial para garantir a sobrevivência das espécies que habitam a região.

Histórias como a de Miranda nos lembram da importância de apoiar projetos que visam a recuperação do meio ambiente e a proteção da fauna. A união da sociedade civil pode fazer a diferença na recuperação de áreas afetadas e na proteção de espécies ameaçadas. Juntos, podemos contribuir para um futuro mais sustentável e equilibrado.

Folha de São Paulo
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