Censo revela que 11,8 milhões de pessoas residem em Unidades de Conservação no Brasil, com 131 mil em áreas onde a habitação é proibida, destacando a complexidade das ocupações e precariedades enfrentadas. A maioria é parda, com aumento de quilombolas e indígenas, evidenciando conflitos entre políticas ambientais e regularização fundiária.
Pela primeira vez, o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou dados sobre a população que reside em Unidades de Conservação (UCs) no Brasil. Segundo o levantamento, mais de 11,8 milhões de pessoas, representando 5,8% da população total, habitam 1.138 parques, florestas e reservas ambientais. Embora a maioria viva em áreas onde a residência é permitida, cerca de 131 mil pessoas estão em locais onde a ocupação é ilegal.
As UCs são divididas em duas categorias principais: as de uso sustentável, que permitem a habitação, e as de proteção integral, onde a presença humana é restrita. A maioria dos moradores (98,7%) está em Áreas de Proteção Ambiental (APAs), que são mais permissivas. A APA do Planalto Central, no Distrito Federal, é a mais habitada, com 601 mil residentes, incluindo partes da cidade de Brasília.
O Censo também destacou a diversidade étnica entre os moradores das UCs. A população parda é a mais numerosa, com 51%, seguida por brancos (35,8%) e pretos (11,9%). O aumento da população quilombola é notável, passando de 0,66% na média nacional para 2,39% nas UCs, totalizando 282.258 pessoas. A presença de indígenas também é significativa, com 132 mil moradores, representando 7,8% da população indígena do Brasil.
Conflitos fundiários são comuns nas UCs, especialmente entre comunidades tradicionais e a legislação ambiental. Marta Antunes, responsável pelo Projeto de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE, destacou que há sobreposições de UCs com territórios reivindicados por quilombolas. Apesar das dificuldades, muitos desses povos têm um papel crucial na preservação ambiental, desenvolvendo práticas sustentáveis em seus territórios.
As irregularidades na ocupação das UCs são frequentemente associadas a loteamentos ilegais e autorizações pontuais de uso. No entanto, nem todos os moradores em áreas de proteção integral estão em situação ilegal, pois existem exceções, como tribos indígenas que já habitavam essas regiões antes da criação dos parques. Casos de construções irregulares, especialmente no Rio de Janeiro, têm sido alvo de operações policiais.
Os dados do Censo revelam que 40% dos residentes de UCs enfrentam precariedades em serviços básicos, como abastecimento de água e coleta de lixo. Essa situação é ainda mais crítica nas áreas rurais, onde 86,8% dos moradores convivem com essas dificuldades. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que melhorem as condições de vida dessas comunidades, promovendo a preservação ambiental e a justiça social.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) promoveu o leilão da concessão de manejo florestal da Floresta Nacional do Jatuarana, com investimentos de até R$ 32,6 milhões anuais e geração de mais de 1.300 empregos.
O projeto "Amigo das Abelhas da Amazônia" do Instituto Peabiru entrega colmeias a 40 famílias em Santa Maria do Acará, promovendo polinização e renda local. A iniciativa visa proteger o clima e aumentar a produção de mel.
O Centro de Inovação do Cacau (CIC) lançou, em parceria com a Trace Tech, o Sistema Brasileiro de Rastreabilidade do Cacau, já adotado por 51 agricultores em Rondônia, promovendo a sustentabilidade na produção. A tecnologia garante transparência e atende à legislação da União Europeia, com potencial para expandir a 150 produtores na Bahia e outros estados.
A extração de colágeno da pele de jumentos para a produção de ejiao está levando à extinção da espécie no Brasil, com uma queda de 94% na população desde 1996. Pesquisadores pedem a proibição do abate e a criação de santuários.
A Army Help The Planet, formada por fãs do BTS, mobiliza-se contra o PL da Devastação, promovendo campanhas de conscientização e inclusão social. O grupo destaca a urgência de proteger o meio ambiente.
Iniciaram as atividades de prevenção a incêndios florestais na Terra Indígena Kadiwéu, em Mato Grosso do Sul, com a formação de brigadas indígenas e apoio da Funai e Ibama. A ação visa proteger a biodiversidade local.