Iniciativas de maricultura na Ilha Grande revitalizam a produção de vieiras e ostras, com jovens locais aprendendo técnicas de cultivo e promovendo turismo comunitário. A esperança de recuperação econômica cresce.

Na Ilha Grande, localizada no litoral sul do Rio de Janeiro, a produção de vieiras e ostras, que já foi a maior do Brasil, enfrenta desafios significativos. A comunidade local, composta por cerca de 280 habitantes, busca alternativas para revitalizar a economia, que sofreu uma queda drástica nos últimos anos devido a fatores ambientais. Recentemente, iniciativas de maricultura e cultivo de algas têm sido implementadas, trazendo esperança para a região.
Jonas Rodrigues, um jovem de 24 anos que trabalha na pesca desde os 15, é um dos protagonistas dessa transformação. Ele faz parte da equipe do Instituto de Pesquisas Marinhas, Arquitetura e Recursos Renováveis (Ipemar), que, em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), inaugurou um laboratório na antiga fábrica de sardinhas da Praia de Matariz. O laboratório, que começou a operar em novembro do ano passado, visa a produção de sementes de vieiras e ostras, além de microalgas.
O projeto foi viabilizado por recursos do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) da Prio, empresa que assumiu a produção de petróleo na região. A produção de vieiras, que chegou a mais de dois milhões de sementes por ano até 2018, sofreu uma queda acentuada, mas desde o ano passado, a produção começou a se recuperar, com a venda de 500 mil sementes. Renan Ribeiro, biólogo e diretor técnico do Instituto de Ecodesenvolvimento da Baía da Ilha Grande (IED-BIG), destaca que a mortandade das sementes foi causada por múltiplos fatores, incluindo a qualidade da água e o aumento da temperatura global.
Além da maricultura, o cultivo de algas também se destaca como uma nova fonte de renda. A Fazenda Marinha da Patrícia, na Praia da Guaxuma, é uma das beneficiadas pelo projeto da Associação dos Maricultores da Baía de Ilha Grande (Ambig). As algas, consideradas superalimentos, têm aplicações na indústria farmacêutica e alimentícia, além de serem utilizadas como bioestimulantes na agricultura. Felipe Barbosa, vice-presidente da Ambig, enfatiza o potencial do mercado de algas, que inclui produtos como gel para a pele e suplementos alimentares.
A tradição da mariscagem também se mantém viva na Ilha Grande, com famílias como a de Joana Ignez, que ensina as novas gerações a coletar mariscos. O turismo de base comunitária surge como uma alternativa ao turismo de massa, permitindo que visitantes conheçam a cultura local e participem de atividades tradicionais. Marcos Vinícius Corech, um dos guias do projeto, destaca a importância de contar as histórias dos moradores e promover uma conexão mais profunda entre turistas e a comunidade.
Essas iniciativas demonstram como a união da comunidade pode gerar mudanças significativas. Projetos que valorizam a cultura local e promovem a sustentabilidade são essenciais para o futuro da Ilha Grande. A mobilização da sociedade civil pode ser crucial para apoiar essas ações, garantindo que a rica tradição da região não apenas sobreviva, mas prospere, beneficiando todos os envolvidos.

Moradores de Itaparica manifestam preocupações sobre os impactos socioambientais da ponte Salvador-Itaparica, questionando a falta de consulta prévia e a especulação imobiliária na região. A obra, que promete transformar a dinâmica local, gera temores sobre a preservação ambiental e a qualidade de vida das comunidades tradicionais.

A Justiça Federal do Amapá exige que a União, o Incra e a Fundação Palmares apresentem um cronograma para a titulação das terras do quilombo Kulumbú do Patuazinho em 30 dias. A comunidade enfrenta invasões e ameaças devido a planos de exploração de petróleo na região.

Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) revela que o calor nas periferias de São Paulo é até 9 ºC mais intenso que em bairros nobres, evidenciando desigualdade socioeconômica e riscos à saúde.

O governo Lula iniciará em 2 de fevereiro uma operação de 90 dias para expulsar garimpeiros da Terra Indígena Kayapó, em resposta a uma decisão do STF. A ação, que envolve 20 órgãos, visa combater a mineração ilegal e suas consequências ambientais e de saúde.

Estudo da Repam-Brasil revela 309 casos de tráfico humano ligados ao garimpo ilegal na Amazônia, com 57% das vítimas sendo mulheres migrantes, destacando a violência e exploração no setor.

Moradores da Serra dos Pretos Forros, em Jacarepaguá, enfrentam frequentes quedas de energia devido à fiação elétrica e à vegetação local. Um abaixo-assinado pede a fiação subterrânea para preservar o meio ambiente. A Light programou 320 podas na região entre 2024 e 2025 e realizará novas podas até o dia 20 deste mês.