Após dois anos de emergência humanitária na Terra Indígena Yanomami, a operação contra o garimpo reduziu a atividade ilegal em 96,5%, mas a malária aumentou 10%. O número de mortes indígenas caiu 21% em 2024, refletindo dados de anos anteriores.
Dois anos após a declaração de emergência humanitária na Terra Indígena Yanomami, a situação da população indígena ainda é crítica. Em uma recente reportagem, foram percorridos três mil e seiscentos quilômetros para avaliar as mudanças na região. Em 2023, a equipe encontrou garimpos ativos, além de crianças e idosos desnutridos, enfrentando doenças como malária, COVID-19 e gripe. A enfermeira Clara Opoxina destacou a dificuldade de atendimento, tendo aberto nove postos de saúde provisórios em dois anos.
A operação de combate ao garimpo teve um início promissor, mas foi desmobilizada até o meio do ano. Em 2024, o governo alterou a estratégia, centralizando as ações na Casa de Governo, com a participação de forças armadas, policiais e agências regulatórias. Desde então, foram destruídos R$ 369 milhões em equipamentos de organizações criminosas, resultando em uma redução de 96,5% da atividade de garimpo na região.
Apesar dos avanços, o número de casos de malária aumentou em dez por cento, embora as mortes pela doença tenham diminuído em quarenta e dois por cento. A unidade de saúde em Surucucu, que há dois anos tinha mais de cem internados, agora conta com apenas treze pacientes. Junior Hekurara, que acompanhou a equipe de reportagem, celebrou a melhora nas condições de saúde, mas a luta ainda não acabou.
O relatório do Ministério da Saúde revelou que em 2024, foram registradas trezentas e trinta e sete mortes de indígenas, uma queda de vinte e um por cento em relação a 2023. Contudo, os números ainda são alarmantes, refletindo dados de anos anteriores. A dificuldade em eliminar completamente o garimpo na região é um desafio constante, conforme apontou Nilton Tubino, diretor da Casa de Governo.
As equipes de saúde agora têm acesso a áreas anteriormente dominadas pelo garimpo, permitindo o registro de mortes que ocorreram no passado. A situação continua a exigir atenção e ação efetiva para garantir a saúde e o bem-estar da população Yanomami, que ainda enfrenta desafios significativos.
Nesta conjuntura, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem melhorar a qualidade de vida dos indígenas e promover a saúde na região. Projetos que busquem arrecadar recursos para assistência e infraestrutura são essenciais para transformar essa realidade e garantir um futuro melhor para os Yanomami.
No Dia Internacional dos Povos Indígenas, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional anunciou ações do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu, beneficiando 11.800 indígenas. O plano visa promover autonomia, inclusão social e fortalecer a cultura local, minimizando impactos da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
A ANTT enviará estudos ao TCU sobre a Ferrogrão, com leilão previsto para 2024, enquanto comunidades indígenas contestam a consulta prévia e reivindicam R$ 1,7 bilhão em indenização. O projeto enfrenta forte resistência socioambiental.
A Mesa Executiva de Exportação da Castanha, liderada pela ApexBrasil, busca resolver gargalos do setor, como exigências sanitárias excessivas e falta de estrutura para promover conhecimento científico, visando impulsionar a bioeconomia na Amazônia.
O manejo do pirarucu, antes ameaçado, agora gera bolsas de luxo, mas a maior parte dos lucros não chega aos pescadores, levantando críticas sobre a transparência e o contrabando na cadeia produtiva.
Após o esvaziamento da Cracolândia, dependentes químicos se dispersaram em grupos menores pela região central de São Paulo, com foco na Praça Marechal Deodoro. A Prefeitura garante tratamento contínuo.
Moradores da Vila da Barca, em Belém, denunciam despejo de dejetos de bairros nobres sem inclusão no novo sistema de esgoto. Prefeitura admite falhas na comunicação e promete melhorias.