O Centro de Inovação do Cacau (CIC) lançou, em parceria com a Trace Tech, o Sistema Brasileiro de Rastreabilidade do Cacau, já adotado por 51 agricultores em Rondônia, promovendo a sustentabilidade na produção. A tecnologia garante transparência e atende à legislação da União Europeia, com potencial para expandir a 150 produtores na Bahia e outros estados.

O Centro de Inovação do Cacau (CIC) lançou, em colaboração com a startup Trace Tech, o Sistema Brasileiro de Rastreabilidade do Cacau (SBRC). Essa ferramenta visa aumentar a transparência na produção de chocolate brasileiro, utilizando georreferenciamento e etiquetas de radiofrequência para monitorar a origem do cacau. Atualmente, cinquenta e um agricultores familiares em Rondônia já adotaram a tecnologia, que assegura que o cultivo não ocorra em áreas de desmatamento ilegal.
Para se cadastrar no sistema, cada produtor paga um valor que varia de R$ 750,00 a R$ 4.280,00, dependendo do tamanho da propriedade. A implementação do SBRC em Rondônia foi viabilizada por uma parceria entre a Dengo Chocolates e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Cristiano Villela, diretor científico do CIC, destacou que a busca por novas parcerias com grandes empresas do setor, como Cargill e Barry Callebaut, é uma prioridade para expandir o uso da ferramenta.
O próximo objetivo do CIC é aumentar o número de produtores que utilizam o SBRC para 150 no sul da Bahia, antes de expandir para outros estados. A Dengo Chocolates, que já utiliza a tecnologia desde 2024, não investiu diretamente na operação em Rondônia, mas firmou um acordo para pagar um prêmio sobre o cacau dos produtores que adotarem a ferramenta. Em 2025, a empresa deve desembolsar até R$ 1 milhão em compras de matéria-prima, com um acréscimo de 25% sobre o valor do cacau.
O Sebrae Rondônia contribuiu com um aporte de R$ 85 mil para mapear os produtores e desenvolver planos de ação para cada um deles. O SBRC é considerado a primeira plataforma de rastreamento dedicada ao cacau no mundo e atende às exigências da nova lei antidesmatamento da União Europeia (EUDR), que entrará em vigor em 2026. João Kuhlmann, executivo da Trace Tech, explicou que o sistema permite verificar se as terras não foram desmatadas após 2020, integrando informações em bancos de dados públicos e privados.
A rastreabilidade é feita por meio de etiquetas que contêm informações sobre a origem do cacau, coladas nos sacos de amêndoas. A tecnologia de radiofrequência utilizada é semelhante à dos pedágios. As informações são armazenadas em um banco de dados e sincronizadas com a startup Sette, que também é parceira do projeto. O SBRC pode ser conectado à Plataforma AgroBrasil+Sustentável, do Ministério da Agricultura, permitindo verificar se há irregularidades nas propriedades.
Iniciativas como essa são fundamentais para promover a sustentabilidade na cacauicultura e garantir a qualidade do produto. A união de esforços entre empresas e produtores pode transformar a realidade do setor, beneficiando tanto os agricultores quanto os consumidores. A mobilização da sociedade civil pode ser um grande impulso para apoiar projetos que visem a sustentabilidade e a qualidade na produção de cacau.

Censo 2022 revela que 11,8 milhões de pessoas vivem em unidades de conservação no Brasil, com 40% enfrentando precariedades em serviços básicos. Kátia Torres, do ICMBio, destaca a urgência da regularização fundiária e acesso a serviços essenciais.

A JBS, em parceria com a Ecoporé, lançou o projeto Vitrines de Restauração para restaurar 3.000 hectares em Rondônia, utilizando a técnica de muvuca e beneficiando comunidades locais. A iniciativa visa promover a bioeconomia e gerar renda para os envolvidos.

Crianças da etnia Xucuru, como Isabella e Alice, aprendem sobre plantas medicinais e preservação ambiental, fortalecendo a conexão com suas raízes e promovendo a cultura ancestral. A iniciativa visa garantir a continuidade dos saberes tradicionais e a conservação da biodiversidade.

No Dia Mundial do Chocolate, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) anunciou a operação de três polos da Rota do Cacau, promovendo desenvolvimento sustentável e valorização do chocolate de origem. Os polos, localizados no Pará, Rondônia e Bahia, visam fortalecer a produção cacaueira e a inclusão social, destacando o cacau como um pilar econômico e cultural essencial.

Pesquisadores identificam a solastalgia, angústia provocada por mudanças ambientais, como mediadora significativa entre crises ecológicas e problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade. O estudo, liderado por Alicia Vela Sandquist, revela correlações alarmantes em diversas regiões, destacando a urgência de abordar esses impactos.

A Floresta Nacional de Caxiuanã, a mais antiga da Amazônia Legal, enfrenta grilagem e desmatamento, enquanto novas espécies são descobertas e projetos de manejo sustentável buscam reverter a pobreza local.