Pesquisadores identificam a solastalgia, angústia provocada por mudanças ambientais, como mediadora significativa entre crises ecológicas e problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade. O estudo, liderado por Alicia Vela Sandquist, revela correlações alarmantes em diversas regiões, destacando a urgência de abordar esses impactos.

Pesquisadores estão cada vez mais atentos aos efeitos das crises ecológicas, como as mudanças climáticas, na saúde mental das pessoas. Um estudo recente destaca a solastalgia, que é a angústia provocada por alterações no ambiente, como um fator significativo que contribui para problemas de saúde mental. Essa condição pode mediar a relação entre crises ecológicas e o aumento de transtornos mentais.
Os impactos das mudanças climáticas são diretos, como incêndios florestais e inundações, e indiretos, através de estressores crônicos que afetam a economia e a sociedade. Esses fatores podem levar a uma variedade de problemas, incluindo estresse traumático, depressão e ansiedade, além de aumentar o risco de abuso de substâncias e suicídio.
A solastalgia, um termo que combina "consolo" e "nostalgia", refere-se ao sofrimento causado por mudanças no ambiente familiar. Para medir essa condição, foram desenvolvidas escalas como a Escala de Angústia Ambiental e a Escala de Solastalgia. No entanto, a extensão de sua contribuição para os problemas de saúde mental ainda não está completamente clara.
Os pesquisadores realizaram uma busca sistemática em bases de dados como MEDLINE e PsycINFO, analisando literatura desde dois mil e três até setembro de dois mil e vinte e quatro. Os critérios incluíam a presença de medidas de solastalgia e saúde mental, além do relato da relação entre ambas. A extração de dados foi feita por dois investigadores, com discordâncias resolvidas por um terceiro.
Os estudos foram realizados em países como Austrália, Alemanha, Peru e Estados Unidos, focando na relação entre solastalgia e problemas como depressão e ansiedade. As correlações entre solastalgia e depressão foram significativas, variando de 0,27 a 0,53, especialmente em áreas próximas a minas a céu aberto. A ansiedade também apresentou correlações significativas, com valores entre 0,21 e 0,51.
O estudo, liderado por Alicia Vela Sandquist, foi publicado na revista BMJ Mental Health. Embora não tenha sido realizada uma avaliação de risco de viés, a pesquisa destaca a necessidade de mais atenção a essa questão. Em situações como essa, a união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que ajudem aqueles que enfrentam os efeitos das crises ecológicas e suas consequências na saúde mental.

O governo do Pará inicia consultas com comunidades tradicionais para decidir sobre investimentos de quase R$ 1 bilhão em créditos de carbono, promovendo a participação ativa de povos indígenas e quilombolas.

A Justiça Federal confirmou a legitimidade do território quilombola de Mesquita, em Goiás, e ordenou ao Incra a demarcação em 12 meses, após redução em 2018 que favoreceu interesses privados.

Cerca de 25 voluntários participaram de uma ação de limpeza no Rio Cabelo, em João Pessoa, recolhendo quase 500 quilos de lixo para preservar as águas e evitar que resíduos cheguem ao mar. A iniciativa do Movimento Esgotei visa conscientizar a comunidade sobre a importância da preservação ambiental.

Ibama promoveu a 13ª Reunião do Coletivo do Pirarucu em Manaus, reunindo 81 participantes para fortalecer o manejo sustentável da espécie e gerar benefícios socioeconômicos às comunidades locais.

A Army Help The Planet, formada por fãs do BTS, mobiliza-se contra o PL da Devastação, promovendo campanhas de conscientização e inclusão social. O grupo destaca a urgência de proteger o meio ambiente.

Mashco Piro, grupo indígena isolado, enfrenta crises alimentares e violência crescente na fronteira Peru-Brasil, exacerbadas pela falta de políticas binacionais e mudanças climáticas. A situação exige ação urgente.