Socioambiental

Sebastião Salgado, ícone da fotografia e ativista ambiental, falece aos 81 anos e deixa legado de esperança e restauração

Sebastião Salgado, fotógrafo e ativista ambiental, faleceu aos 81 anos, deixando um legado de esperança e transformação por meio do Instituto Terra, que promove o reflorestamento da Mata Atlântica.

Atualizado em
May 23, 2025
Clock Icon
3
min
Sebastião Salgado (Philip Reynaers / Photonews/Getty Images)

Sebastião Salgado, ícone da fotografia e ativista ambiental, faleceu na sexta-feira, 23, aos 81 anos. Ele foi cofundador do Instituto Terra, uma organização não-governamental que se dedica ao reflorestamento da Mata Atlântica brasileira. Juntamente com sua esposa, Leila Wanick, Salgado iniciou em 1998 um projeto para restaurar a floresta na antiga fazenda da família, promovendo a recuperação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável na Bacia do Rio Doce.

O Instituto Terra informou que, por meio do plantio de árvores, a organização tem trabalhado para recuperar a biodiversidade da região. Em um esforço recente, a ONG lançou o Programa Terra Doce, que visa recuperar pelo menos quatro mil e duzentas nascentes na área. Este projeto, que combina práticas agrícolas com o plantio de vegetação nativa, recebeu um investimento de R$ 70 milhões do banco KfW, da Alemanha, e da WWF Brasil.

Em uma nota divulgada na manhã de sua morte, o Instituto Terra expressou seu pesar e destacou o legado de Salgado. A organização afirmou: “Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade.”

O trabalho de Salgado não se limitou à fotografia; ele utilizou sua arte para revelar as contradições do mundo e inspirar ações transformadoras. Seu impacto na preservação ambiental e na promoção da consciência ecológica é inegável, e sua morte representa uma perda significativa para o ativismo ambiental.

Além de seu trabalho no Instituto Terra, Salgado foi reconhecido internacionalmente por suas fotografias que capturam a beleza e a fragilidade do planeta. Seu legado continua a inspirar novas gerações a se envolverem em causas ambientais e sociais, ressaltando a importância da preservação da natureza.

Neste momento de luto, é essencial que a sociedade civil se una para apoiar iniciativas que promovam a restauração ambiental e a conservação da biodiversidade. Projetos como os do Instituto Terra devem ser estimulados, pois a união em torno de causas ambientais pode gerar um impacto positivo significativo nas comunidades e no meio ambiente.

Leia mais

Comunidades quilombolas do Amapá buscam apoio da Corte Interamericana contra exploração de petróleo na Foz do Amazonas
Socioambiental
Clock Icon
3
min
Comunidades quilombolas do Amapá buscam apoio da Corte Interamericana contra exploração de petróleo na Foz do Amazonas
News Card

Comunidades quilombolas do Amapá acionaram a Corte Interamericana de Direitos Humanos, denunciando a falta de consulta prévia sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas. Elas pedem a suspensão do projeto da Petrobras, alertando para riscos à biodiversidade e à cultura local. A Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) também cobra respostas do governador do Amapá e dos senadores sobre o avanço da exploração.

MetrôRio arrecada 5,6 toneladas de tampinhas plásticas e doa cadeiras de rodas ao Inca
Socioambiental
Clock Icon
3
min
MetrôRio arrecada 5,6 toneladas de tampinhas plásticas e doa cadeiras de rodas ao Inca
News Card

A campanha Tampinha Solidária do MetrôRio, em seu primeiro ano, arrecadou 5,6 toneladas de tampinhas plásticas, resultando na doação de seis cadeiras de rodas ao Instituto Nacional de Câncer (Inca) e apoiando projetos sociais. A iniciativa, em parceria com o Instituto Soul Ambiental, permite que passageiros contribuam nas estações e centros administrativos do metrô, promovendo ações sociais e ambientais.

"Nova Área de Proteção Ambiental na Foz do Rio Doce promove sustentabilidade e preservação da biodiversidade"
Socioambiental
Clock Icon
3
min
"Nova Área de Proteção Ambiental na Foz do Rio Doce promove sustentabilidade e preservação da biodiversidade"
News Card

Foi criada a Área de Proteção Ambiental (APA) da Foz do Rio Doce, com 45.417 hectares, como parte do acordo judicial pós-rompimento da barragem de Fundão, beneficiando comunidades tradicionais e a biodiversidade local.

Câmara dos Deputados aprova projeto da 'Lei do Mar' para promover uso sustentável dos oceanos
Socioambiental
Clock Icon
3
min
Câmara dos Deputados aprova projeto da 'Lei do Mar' para promover uso sustentável dos oceanos
News Card

A Câmara dos Deputados aprovou a "Lei do Mar", que estabelece diretrizes para a exploração sustentável dos oceanos e conservação dos ecossistemas marinhos, agora aguardando análise do Senado. Municípios costeiros terão quatro anos para adaptar seus planos diretores, incorporando práticas de turismo sustentável e conservação. O projeto, que tramita desde 2013, enfrenta resistência do partido Novo, que critica a ampliação da intervenção estatal. A nova política inclui o conceito de "poluidor-pagador" e incentivos para "protetores-recebedores".

A Amazônia enfrenta dilemas econômicos e sociais enquanto o mundo debate suas responsabilidades ambientais
Socioambiental
Clock Icon
3
min
A Amazônia enfrenta dilemas econômicos e sociais enquanto o mundo debate suas responsabilidades ambientais
News Card

A Amazônia enfrenta um dilema entre a preservação ambiental e a pobreza de sua população, enquanto nações ricas exigem sacrifícios sem reduzir suas próprias emissões. A hipocrisia global é evidente.

Pronaf ignora agricultores familiares e comunidades tradicionais, enquanto pecuária convencional recebe 91,7% dos créditos
Socioambiental
Clock Icon
4
min
Pronaf ignora agricultores familiares e comunidades tradicionais, enquanto pecuária convencional recebe 91,7% dos créditos
News Card

A cooperativa Manejaí superou barreiras burocráticas e acessou créditos do Pronaf, beneficiando 386 famílias de extrativistas do açaí, enquanto comunidades quilombolas e pescadores ainda enfrentam dificuldades.