Beto Veríssimo, cofundador do Imazon, defende o pagamento por serviços ecossistêmicos na COP30, ressaltando a urgência de preservar a Amazônia para cumprir as metas climáticas globais. Ele destaca que a floresta é essencial para a regulação do clima e a economia brasileira, propondo que o Brasil lidere a transição para uma economia de baixo carbono.
A emergência climática tem gerado um debate crescente sobre a necessidade de soluções sustentáveis, especialmente em relação à preservação das florestas tropicais, como a Amazônia. Beto Veríssimo, cofundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), enfatiza a importância da Amazônia para o cumprimento das metas climáticas globais e propõe a implementação de um sistema de pagamento por serviços ecossistêmicos na Conferência de Mudanças Climáticas da ONU (COP30), que ocorrerá em novembro de 2025, em Belém do Pará.
Veríssimo, que possui mais de 35 anos de experiência na área, destaca que a natureza será a principal solução para a crise climática nos próximos dez anos. Ele afirma que, sem a preservação das florestas tropicais, será impossível cumprir as metas do Acordo de Paris, que visa limitar o aquecimento global a 1,5ºC até 2030. O pesquisador ressalta que a Amazônia desempenha um papel crucial na regulação do clima global, estocando carbono e influenciando os padrões de chuvas.
O Brasil, segundo Veríssimo, possui um potencial significativo para liderar a transição para uma economia de baixo carbono, com um terço das reservas de carbono florestal tropical do mundo. Ele aponta que existem 84 milhões de hectares de áreas desmatadas na Amazônia, muitas das quais podem ser restauradas. O desmatamento, principalmente para a pecuária de baixa produtividade, compromete a viabilidade econômica de setores como agricultura e geração de energia.
Veríssimo defende que o pagamento por serviços ecossistêmicos deve ser uma proposta central na COP30. Ele compara a conservação das florestas a uma infraestrutura essencial, semelhante a um seguro para manter estradas. A preservação e restauração das florestas não apenas mitigam as emissões de gases de efeito estufa, mas também geram empregos e renda, além de trazer benefícios sociais e ambientais.
O pesquisador expressa otimismo em relação à liderança brasileira nas negociações climáticas, destacando o trabalho de figuras como o embaixador André do Lago e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A COP30 é vista como uma oportunidade para mobilizar o setor privado e ampliar o diálogo entre ciência, iniciativa privada e governo, visando transformar o Brasil em um país de baixo carbono.
Em um momento em que a urgência climática se torna cada vez mais evidente, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a restauração e conservação das florestas. Projetos que visam a proteção da Amazônia e a promoção de uma economia sustentável podem ser impulsionados por ações coletivas, contribuindo para um futuro mais verde e resiliente.
O Brasil avança na restauração florestal com o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa, que visa recuperar 12 milhões de hectares até 2030, com investimento de R$ 1 bilhão. A COP30, em novembro, será um marco para impulsionar essas iniciativas.
A campanha Tampinha Solidária do MetrôRio, em seu primeiro ano, arrecadou 5,6 toneladas de tampinhas plásticas, resultando na doação de seis cadeiras de rodas ao Instituto Nacional de Câncer (Inca) e apoiando projetos sociais. A iniciativa, em parceria com o Instituto Soul Ambiental, permite que passageiros contribuam nas estações e centros administrativos do metrô, promovendo ações sociais e ambientais.
O governo federal iniciou uma operação de 90 dias para erradicar o garimpo ilegal na Terra Indígena Kayapó, no Pará, com destruição de acampamentos e apreensões de materiais. A ação, determinada pelo STF, visa proteger o território do povo Mebêngôkre, que enfrenta devastação ambiental.
A Fundação Perseu Abramo, vinculada ao PT, formou um grupo de trabalho para revisar propostas sobre a Amazônia em preparação para a COP30, que ocorrerá em novembro em Belém. O objetivo é promover um desenvolvimento inclusivo e abordar a emergência climática, envolvendo lideranças locais e movimentos sociais.
O Ministério Público Federal (MPF) moveu ação para anular contrato de R$ 1 bilhão do governo do Pará com a coalizão Leaf, alegando falta de consulta às comunidades tradicionais e venda antecipada de créditos de carbono.
Petrolina sedia o evento “Legado Socioambiental do PISF”, promovido pelo MIDR, que discute os impactos sociais e ambientais do Projeto de Integração do Rio São Francisco, destacando avanços em biodiversidade e desenvolvimento sustentável.