Pesquisadores do Projeto Mangues da Amazônia utilizam genética avançada para reflorestar manguezais no Pará, visando recuperar 40 hectares até 2025. A iniciativa integra ciência e comunidades locais, promovendo a conservação ambiental.
O Projeto Mangues da Amazônia, conhecido por suas ações de reflorestamento e conservação, deu um passo significativo ao utilizar genética avançada para restaurar os manguezais no Pará. A iniciativa, que já reflorestou dezoito hectares de áreas degradadas, visa recuperar quarenta hectares até dois mil e vinte e cinco. O coordenador do Laboratório de Ecologia de Manguezal da Universidade Federal do Pará, Marcus Fernandes, destaca que a seleção de sementes com maior diversidade genética aumenta a resistência das árvores a mudanças ambientais e climáticas.
Desde dois mil e vinte e um, a tecnologia aplicada no projeto integra comunidades locais, que dependem dos manguezais para seu sustento, com práticas científicas. As sementes, anteriormente coletadas aleatoriamente, agora são escolhidas com base na riqueza genética das áreas, o que potencializa o sucesso do reflorestamento. Essa abordagem resulta em árvores mais produtivas e resilientes, contribuindo para o estoque de carbono e beneficiando a fauna local, como o caranguejo-uçá.
O projeto é coordenado pelo Instituto Peabiru, Instituto Sarambuí e LAMA/UFPA, com patrocínio da Petrobras e do Governo Federal. Até o momento, as ações de reflorestamento ocorreram nos municípios de Tracuateua, Bragança, Augusto Corrêa e Viseu. A meta de monitoramento inclui cem hectares nos próximos anos, alinhando-se ao Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro.
John Gomes, gerente do projeto, afirma que o reflorestamento é um gesto de sensibilização e conexão com a natureza, essencial para aumentar a conscientização sobre a conservação dos manguezais. Em um ano marcado pela COP30, que ocorre em Belém, a importância do trabalho se intensifica, uma vez que os manguezais amazônicos são estimados em produzir de duas a três vezes mais carbono do que as florestas de terra firme.
O biólogo Adam Bessa ressalta que o projeto está na vanguarda do uso da genética para a preservação do ecossistema. O método envolve a coleta de folhas de espécies-chave em quadrantes na península de Ajuruteua, em Bragança, permitindo identificar áreas com maior diversidade genética. Essa estratégia não apenas melhora a qualidade das plantas, mas também orienta a criação de corredores ecológicos que conectam fragmentos de vegetação nativa.
O trabalho continua com coletas em campo para consolidar dados até dois mil e vinte e cinco, reforçando o compromisso com a conservação e uso sustentável dos manguezais. A união da sociedade civil pode ser um fator decisivo para apoiar iniciativas que promovem a recuperação ambiental e a inclusão social, contribuindo para um futuro mais sustentável.
A Aldeia Afukuri, do povo Kuikuro, lança em outubro uma nova rota de turismo sustentável com a Vivalá, promovendo vivências culturais e geração de renda para a comunidade. A iniciativa visa fortalecer a identidade e compartilhar saberes ancestrais.
A família Faes-Brogni exemplifica a transição de garimpeiros para produtores de cacau na Amazônia, destacando a importância do conhecimento técnico e das condições de trabalho para a sustentabilidade. Essa mudança reflete uma busca por melhores condições de vida e preservação ambiental.
A campanha Tampinha Solidária do MetrôRio, em seu primeiro ano, arrecadou 5,6 toneladas de tampinhas plásticas, resultando na doação de seis cadeiras de rodas ao Instituto Nacional de Câncer (Inca) e apoiando projetos sociais. A iniciativa, em parceria com o Instituto Soul Ambiental, permite que passageiros contribuam nas estações e centros administrativos do metrô, promovendo ações sociais e ambientais.
Geraldo Gomes, guardião de sementes crioulas, preserva mais de 200 variedades em sua roça agroecológica no semiárido de Minas Gerais, promovendo a biodiversidade e a cultura local. Ele busca transformar sua casa de sementes em um museu, enfrentando desafios como a monocultura e as mudanças climáticas.
Ibama promoveu a 13ª Reunião do Coletivo do Pirarucu em Manaus, reunindo 81 participantes para fortalecer o manejo sustentável da espécie e gerar benefícios socioeconômicos às comunidades locais.
Em 2024, o Cimi registrou 211 assassinatos de indígenas, incluindo a liderança Maria Fátima Muniz de Andrade, em um cenário de crescente violência e insegurança jurídica. A crise climática e o Marco Temporal agravam a situação.