Marcele Oliveira, embaixadora da juventude climática na COP30, destaca a luta contra o racismo ambiental e a importância das vozes jovens nas soluções climáticas. A conferência ocorrerá em Belém em novembro.
O combate ao racismo ambiental é uma das principais bandeiras da produtora cultural Marcele Oliveira, que foi nomeada embaixadora da juventude climática na COP30 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com apenas 25 anos, Marcele participará dos debates da conferência climática que ocorrerá em Belém em novembro. Sua trajetória de ativismo começou durante os deslocamentos diários de Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, até Niterói, onde cursava o ensino superior.
Marcele relata que sua rotina era marcada por longos períodos fora de casa, trabalho e problemas de saúde relacionados à má postura e alimentação. No entanto, ela encontrou tempo para se engajar no Movimento Parque Realengo 100% Verde, que lutou pela transformação da última área verde do bairro em um parque urbano ecológico, hoje conhecido como Parque Suzana Naspolini. Atualmente, ela integra a Coalizão Clima de Mudança, que se dedica a combater enchentes, e dirige a organização Perifalab, que promove o programa Jovens Negociadores pelo Clima em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Rio.
Além de sua atuação em questões climáticas, Marcele é mestre de cerimônias do Circo Voador, um famoso espaço cultural na Lapa. Em suas palavras, ela deseja levar sua história e a de outros jovens que enfrentam uma visão de mundo colonizadora e destrutiva, utilizando criatividade e ação climática de base. O Campeão Climático da Juventude, criado na COP28 em Dubai, visa aumentar a participação da juventude nos debates ambientais e garantir que suas perspectivas sejam consideradas nas propostas discutidas nas Cúpulas do Clima.
Marcele enfatiza que a solução para a crise climática não é simples e que o sistema atual não valoriza a ação local, a tecnologia social e a coletividade. Ela acredita que as juventudes periféricas, ribeirinhas, indígenas e quilombolas do Brasil e do Sul global têm muito a ensinar sobre proteção ambiental. Ao todo, cento e cinquenta e quatro jovens se inscreveram para a embaixadoria, e Marcele foi escolhida entre os vinte e quatro finalistas pelo governo brasileiro. Sua participação nas Conferências do Clima começou na COP do Egito em dois mil e vinte e dois.
Para Marcele, a discussão sobre a crise climática não pode ser adiada. Ela menciona que o mutirão global contra a mudança do clima já está em andamento em nível local, com iniciativas que vão além da emergência e que são fundamentais para o futuro. A mobilização de jovens como Marcele é crucial para enfrentar os desafios climáticos e promover soluções inovadoras e inclusivas.
Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos a se fortalecerem e a encontrarem soluções criativas para os desafios ambientais que enfrentam. Projetos como o de Marcele devem ser apoiados pela sociedade civil, pois são fundamentais para a construção de um futuro sustentável e justo.
O projeto "Ressignifica" da Universidade Federal Fluminense (UFF) já removeu mais de quatro toneladas de lixo do Rio João Mendes, transformando resíduos em biocarvão e adubo. A iniciativa, coordenada pela professora Dirlane de Fátima do Carmo, visa promover educação ambiental e engajamento da comunidade local, oferecendo alternativas sustentáveis para o reaproveitamento de materiais.
O Governo Federal finalizou a primeira fase da Operação de Desintrusão na Terra Indígena Araribóia, resultando em 436 ações e a destruição de 12 mil metros de cercamentos ilegais. A operação, que envolveu 20 órgãos federais, reafirma o compromisso com os direitos dos povos Guajajara e Awá e a proteção ambiental.
O Governo Federal iniciou uma operação de desintrusão na Terra Indígena Kayapó, no Pará, para combater o garimpo ilegal e proteger os direitos dos povos indígenas. Mobilizando mais de 20 órgãos federais, a ação visa preservar o território e a vida dos indígenas, enfrentando a degradação ambiental e o crime organizado.
Lideranças Mura participarão da COP30 em Belém para denunciar a mineração da Potássio do Brasil em suas terras, criticando uma consulta manipulada e prometendo resistência. O TRF-1 favoreceu a empresa, mas uma desembargadora pediu vista de parte dos recursos.
Termo de compromisso entre ICMBio e comunidade guarani no Paraná permite permanência em terras sobrepostas a reserva biológica, gerando protestos de entidades conservacionistas. A gestão indígena é reconhecida como essencial para a conservação das florestas.
Angelina Jolie se reuniu com a ministra Sonia Guajajara em Brasília para discutir a proteção dos direitos indígenas e a demarcação de territórios, destacando a importância da preservação ambiental.