Comunidades quilombolas se opõem a teste de perfuração na Foz do Amazonas, agendado para o dia 24, alegando falta de consulta prévia e denunciando racismo ambiental. A Conaq critica a ausência de participação democrática.

Comunidades quilombolas contestaram um teste de perfuração na Foz do Amazonas, agendado para o dia 24. Este teste é uma simulação de emergência que precede a liberação da perfuração de poços na Margem Equatorial, área de interesse da Petrobras para exploração de petróleo. A Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) considera essa ação "inadmissível", especialmente às vésperas da COP 30, que ocorrerá em Belém, sem a devida consulta aos povos afetados.
A simulação foi acordada em uma reunião recente entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Petrobras. Apesar de alguns avanços nas negociações, entidades ambientalistas continuam a se opor à exploração em uma região tão sensível. Os quilombolas expressaram sua "profunda preocupação" com a realização dos testes, destacando a falta de um processo democrático e participativo.
A Conaq denunciou que a ausência de consulta aos povos tradicionais evidencia o racismo ambiental e a continuidade de práticas coloniais que historicamente silenciaram essas comunidades. A organização afirmou: "Avançar com esse teste, ignorando salvaguardas internacionais e o protagonismo das comunidades da região, contradiz o compromisso climático que o Brasil pretende apresentar ao mundo."
Os quilombolas ressaltam que não se pode falar em liderança ambiental global ou em uma transição energética justa se as decisões continuam a ser tomadas sem a participação dos povos que habitam a Amazônia e que lutam pela justiça climática. Essa situação levanta questões sobre a verdadeira inclusão e respeito aos direitos das comunidades tradicionais.
As comunidades quilombolas, que têm um papel fundamental na preservação ambiental e cultural da região, estão mobilizadas para garantir que suas vozes sejam ouvidas. A resistência a esse teste de perfuração é um reflexo da luta por direitos e pela proteção do meio ambiente, que é vital para a sobrevivência dessas comunidades.
Neste contexto, a união da sociedade civil pode ser crucial para apoiar iniciativas que promovam a justiça social e ambiental. A mobilização em torno dessas causas pode ajudar a fortalecer a luta das comunidades quilombolas e garantir que suas vozes sejam respeitadas nas decisões que afetam suas vidas e o meio ambiente.

A JBS, em parceria com a Ecoporé, lançou o projeto Vitrines de Restauração para restaurar 3.000 hectares em Rondônia, utilizando a técnica de muvuca e beneficiando comunidades locais. A iniciativa visa promover a bioeconomia e gerar renda para os envolvidos.

A campanha Tampinha Solidária do MetrôRio, em seu primeiro ano, arrecadou 5,6 toneladas de tampinhas plásticas, resultando na doação de seis cadeiras de rodas ao Instituto Nacional de Câncer (Inca) e apoiando projetos sociais. A iniciativa, em parceria com o Instituto Soul Ambiental, permite que passageiros contribuam nas estações e centros administrativos do metrô, promovendo ações sociais e ambientais.

Anitta e Luciano Huck estiveram na Aldeia Ipatse, no Xingu, para o Quarup, ritual indígena que homenageia líderes. A visita reforça a luta pela preservação dos territórios e cultura indígena.

Organizações ambientais e populações tradicionais pedem veto ao Projeto de Lei 2159/21, que facilita o licenciamento ambiental e ameaça biomas brasileiros. Mobilizações em Brasília refletem a preocupação com retrocessos.

O Governo Federal finalizou a primeira fase da Operação de Desintrusão na Terra Indígena Araribóia, resultando em 436 ações e a destruição de 12 mil metros de cercamentos ilegais. A operação, que envolveu 20 órgãos federais, reafirma o compromisso com os direitos dos povos Guajajara e Awá e a proteção ambiental.

Foi criada a Área de Proteção Ambiental (APA) da Foz do Rio Doce, com 45.417 hectares, como parte do acordo judicial pós-rompimento da barragem de Fundão, beneficiando comunidades tradicionais e a biodiversidade local.