Malcom Ferdinand propõe a ecologia decolonial, unindo a luta por justiça social à preservação ambiental, desafiando o ambientalismo tradicional que ignora injustiças sociais. A obra "Uma ecologia decolonial" destaca a importância de integrar dignidade dos povos oprimidos e equilíbrio ecológico.
A intersecção entre meio ambiente e justiça social se torna cada vez mais relevante, especialmente em contextos de desigualdade e exploração colonial. O pensador martinicano Malcom Ferdinand introduz o conceito de ecologia decolonial, que une a luta pela dignidade dos povos oprimidos à preservação ecológica. Em seu livro Uma ecologia decolonial: pensar a partir do mundo caribenho, lançado no Brasil pela editora Ubu, Ferdinand critica a visão tradicional do ambientalismo que ignora as injustiças sociais.
Ferdinand argumenta que a ecologia colonial se refere a um ambientalismo que cuida do meio ambiente, mas desconsidera as pessoas, especialmente as racializadas e marginalizadas. Ele destaca que essa abordagem é despolitizada e falha em abordar a crise climática sem justiça climática. A colonização, segundo ele, não se limitou ao controle de terras, mas impôs um modo de vida violento e misógino, explorando a terra para lucro e ignorando o sofrimento humano.
A ecologia decolonial, por outro lado, busca unir a luta por emancipação e dignidade com a preservação do equilíbrio ecológico. Ferdinand critica a visão marxista que reduz todas as formas de opressão à luta de classes, ressaltando que a desumanização dos povos indígenas não pode ser explicada apenas por essa perspectiva. Ele defende que é necessário aprender com pensadores indígenas e considerar as diversas formas de opressão.
O autor também enfatiza a importância de incluir não-humanos nas discussões sobre justiça e política. Ele critica a modernidade por tratar os não-humanos como máquinas e destaca que a interconexão entre todas as formas de vida deve ser reconhecida. A pandemia de Covid-19 evidenciou essa interdependência, mostrando que o que afeta os animais também pode impactar os humanos.
Ferdinand rebate críticas que consideram sua abordagem uma política identitária, argumentando que essa rotulação é uma forma de deslegitimar movimentos sociais. Ele defende que a diversidade deve ser celebrada e que a diferença não deve ser vista como uma ameaça. Além disso, ele critica a ideia de que a destruição ambiental é necessária para melhorar a vida dos mais pobres, afirmando que a desigualdade é o verdadeiro problema a ser enfrentado.
O Brasil desempenha um papel crucial nessa luta, dada sua importância ecológica e histórica. Ferdinand acredita que a voz do Brasil se tornará mais forte à medida que políticas sociais avançarem. A mobilização da sociedade civil é essencial para enfrentar esses desafios. Projetos que promovem a justiça social e a preservação ambiental devem ser apoiados, pois a união pode fazer a diferença na vida dos menos favorecidos.
Inmet alerta para temporais no Brasil, com sete avisos de "grande perigo" e "perigo". Chuvas intensas e ventos fortes podem causar alagamentos e deslizamentos.
A Folha de S.Paulo terá um Espaço Folha na COP30, em Belém, com equipe dedicada à cobertura climática e premiação de inovações sociais. O evento visa fomentar o debate sobre sustentabilidade.
Mudanças climáticas aumentam a violência de gênero, com um estudo apontando que cada aumento de 1ºC na temperatura global eleva em quase 5% os casos de agressões a mulheres por parceiros íntimos. Eventos extremos, como secas e enchentes, intensificam desigualdades sociais e expõem mulheres a riscos maiores, como feminicídios, que aumentam em 28% durante ondas de calor.
Uma mãe compartilhou sua experiência ao levar os filhos para Novo Airão, na Amazônia, refletindo sobre o que significa ser uma "mãe corajosa" ao proporcionar vivências diretas com a natureza e a cultura local. Ela defende que essa escolha é uma forma de enriquecer a educação das crianças, permitindo que conheçam a floresta e suas narrativas autênticas, além de cultivar amor e senso de urgência pela preservação ambiental.
O Governo Federal iniciou uma operação de desintrusão na Terra Indígena Kayapó, no Pará, para combater o garimpo ilegal e proteger os direitos dos povos indígenas. Mobilizando mais de 20 órgãos federais, a ação visa preservar o território e a vida dos indígenas, enfrentando a degradação ambiental e o crime organizado.
MPF prorroga investigação sobre exploração de petróleo em Oiapoque, Amapá. O Ministério Público Federal recomenda que a Petrobras inclua Macapá, Bailique e Santana na área de influência do projeto, devido a riscos à pesca artesanal e direitos indígenas.