Lideranças kayapós exigem alternativas de renda ao governo Lula durante operação de desintrusão na Terra Indígena Kayapó, marcada pela presença de garimpos ilegais e cooptação de indígenas. A ação visa restaurar a integridade territorial e promover desenvolvimento sustentável.
O governo federal iniciou uma operação para expulsar garimpeiros da Terra Indígena Kayapó, localizada no sul do Pará, em cumprimento a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A área é a mais afetada por garimpos ilegais no Brasil, onde a atividade criminosa tem cooptado indígenas, que cobram pelo acesso a maquinários pesados utilizados na exploração de ouro. A operação de desintrusão, que deve durar noventa dias, envolve a participação de órgãos como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Exército.
Na última sexta-feira, dia 2, após o anúncio da operação, cerca de setenta lideranças kayapós mebengôkres se reuniram em Tucumã, cidade próxima ao território, para discutir alternativas de renda com representantes do governo. A maioria das cinquenta e cinco aldeias da Terra Indígena Kayapó se opõe ao garimpo ilegal, mas há divisões internas, com alguns indígenas defendendo a atividade. O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) participou da reunião e se comprometeu a elaborar um plano de gestão territorial que priorize cadeias produtivas sustentáveis.
O plano discutido inclui o fortalecimento de atividades como a produção de castanha, cumaru, sementes, açaí e artesanato, além de etnoturismo e sistemas agroflorestais. O MPI ressaltou que a gestão territorial não contempla o garimpo, e a ideia é criar uma comissão para aprimorar propostas em Brasília. A operação já resultou na destruição de estruturas de garimpo, como motores e acampamentos, em pontos de acesso controlados por indígenas.
O assessor da Casa Civil, Nilton Tubino, destacou que a operação enfrenta desafios devido à cooptação de algumas comunidades e à presença de novos garimpos. Ele mencionou que existem aproximadamente dezoito mil hectares de áreas de garimpo, entre ativos e inativos, na Terra Indígena Kayapó. A situação é alarmante, com relatos de que a água do rio Branco, próximo a algumas aldeias, está poluída e a pesca foi drasticamente afetada.
Além disso, a operação é alvo de desinformação, com boatos de que busca ampliar a área da terra indígena ou desapropriar terrenos. A realidade é que a destruição das estruturas de garimpo é necessária para proteger as comunidades e o meio ambiente. O novo cacique da aldeia Turedjam, João Kayapó, assumiu um papel importante na luta contra o garimpo ilegal, buscando distanciar sua comunidade dessa prática prejudicial.
Em meio a essa luta, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam alternativas sustentáveis de renda para os kayapós. Projetos que visem fortalecer a economia local e preservar o meio ambiente são essenciais para garantir um futuro mais digno e sustentável para essas comunidades. A mobilização em torno dessas causas pode fazer a diferença na vida dos kayapós e na proteção de suas terras.
Estudo da Repam-Brasil revela 309 casos de tráfico humano ligados ao garimpo ilegal na Amazônia, com 57% das vítimas sendo mulheres migrantes, destacando a violência e exploração no setor.
Estudantes de medicina veterinária do CEUB investigam a relação entre o tratamento humanizado das vacas leiteiras e a qualidade do leite, destacando práticas que beneficiam animais e consumidores. A pesquisa ressalta que o bem-estar animal é essencial para a saúde do leite e a sustentabilidade da produção, alinhando-se às normas de bem-estar estabelecidas no Brasil.
A FedEx reciclou mais de 13 mil uniformes na 10ª edição do Programa de Reciclagem, gerando 5.650 cobertores para pessoas e animais em vulnerabilidade. A iniciativa promove sustentabilidade e responsabilidade social.
Sebastião Salgado, fotógrafo e ativista, faleceu recentemente, deixando um legado de luta social e ambiental, incluindo a criação do Instituto Terra, que restaurou áreas degradadas da Mata Atlântica.
Os países do Brics adotaram uma declaração conjunta exigindo maior financiamento climático dos países desenvolvidos, destacando a vulnerabilidade das nações em desenvolvimento. O grupo reafirma seu compromisso com o Acordo de Paris e pede que os países ricos cumpram metas financeiras para ações climáticas, visando um compromisso anual de US$ 1,3 trilhão. A declaração também menciona a importância do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) no financiamento climático e a necessidade de reformas na arquitetura financeira internacional.
A campanha Tampinha Solidária do MetrôRio, em seu primeiro ano, arrecadou 5,6 toneladas de tampinhas plásticas, resultando na doação de seis cadeiras de rodas ao Instituto Nacional de Câncer (Inca) e apoiando projetos sociais. A iniciativa, em parceria com o Instituto Soul Ambiental, permite que passageiros contribuam nas estações e centros administrativos do metrô, promovendo ações sociais e ambientais.