Meio Ambiente

Calor extremo em Melgaço expõe vulnerabilidades e riscos à saúde da população amazônica

Melgaço, no Pará, enfrenta grave crise devido a onda de calor extremo em 2024, com temperaturas acima de 38°C, afetando saúde e economia local, além de agravar a escassez de água potável. A cidade, já vulnerável, precisa urgentemente de investimentos em infraestrutura para proteger sua população.

Atualizado em
July 31, 2025
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Um levantamento recente destacou que Melgaço, uma cidade isolada no Pará, enfrentou em 2024 uma das ondas de calor mais severas do Brasil, com temperaturas superando 38°C. Essa situação crítica comprometeu a saúde de milhares de habitantes, que já lidam com desafios históricos, como a falta de infraestrutura e serviços básicos. O calor extremo não apenas afetou a saúde da população, mas também trouxe sérias consequências econômicas, especialmente para a produção local de açaí, que sofreu com a escassez de chuvas.

A onda de calor resultou em um aumento alarmante nos casos de desidratação e problemas respiratórios, afetando principalmente crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. A escassez de água potável, agravada por uma seca incomum, comprometeu os rios e igarapés que abastecem a região, tornando a situação ainda mais crítica. Especialistas alertam que, sem ações imediatas, Melgaço continuará vulnerável a eventos climáticos extremos, colocando vidas em risco.

As condições adversas em Melgaço evidenciam a necessidade urgente de políticas públicas que priorizem a adaptação e proteção da população. Investimentos em infraestrutura são essenciais, incluindo sistemas de abastecimento de água, melhorias no acesso à saúde e transporte. A criação de zonas de resfriamento urbano e a ampliação da cobertura vegetal são medidas que podem mitigar os impactos do calor extremo e melhorar a qualidade de vida dos moradores.

A cidade, que abriga cerca de 28 mil habitantes, já possui índices sociais alarmantes, sendo uma das mais isoladas do Brasil, sem acesso terrestre. A falta de perspectivas concretas de melhorias torna o cenário ainda mais preocupante. O calor extremo de 2024 foi um alerta para a necessidade de ações efetivas que garantam a segurança e a saúde da população local.

Além dos problemas de saúde, a economia local também foi severamente impactada. A produção de açaí, uma das principais fontes de renda da cidade, foi prejudicada pela falta de chuvas, afetando a subsistência de muitas famílias. A situação exige uma resposta rápida e eficaz para evitar que a tragédia se repita, com consequências ainda mais graves para a comunidade.

Nessa conjuntura, a união da sociedade civil pode fazer a diferença. Projetos que visem a recuperação e a adaptação da cidade às mudanças climáticas devem ser estimulados. A mobilização de recursos pode ajudar a implementar soluções que protejam a população de Melgaço e promovam um futuro mais sustentável e seguro para todos.

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