Captação via Lei Rouanet atinge R$ 302 milhões entre janeiro e março de 2025, superando recorde anterior em 70%. O incentivo cultural cresce, refletindo forte apoio a projetos.
A captação de recursos por meio da Lei Rouanet continua a surpreender, alcançando R$ 302 milhões entre janeiro e março de 2025. Este valor representa um crescimento de quase 70% em relação ao recorde anterior, que era de R$ 178,7 milhões no mesmo período de 2024. O ano passado já havia sido histórico, com doações totais que ultrapassaram R$ 3 bilhões, consolidando a Lei de Incentivo à Cultura como uma ferramenta vital para o financiamento de projetos culturais no Brasil.
Os três primeiros meses do ano costumam representar cerca de 8% do total anual de captação. Historicamente, dezembro é o mês que concentra quase metade dos recursos arrecadados desde a criação da lei, devido às prestações de contas das empresas patrocinadoras. O desempenho do início de 2025 é ainda mais impressionante quando comparado aos R$ 162,6 milhões captados no primeiro trimestre de 2023 e aos R$ 107 milhões de 2022, mostrando um crescimento robusto e contínuo.
Para que um projeto cultural receba apoio financeiro, o produtor, artista ou instituição deve submetê-lo ao Ministério da Cultura, que avalia e aprova as propostas. Os projetos aprovados podem captar recursos de patrocinadores, que têm a vantagem de abater o valor do Imposto de Renda devido. Essa renúncia fiscal é uma forma do governo federal incentivar o investimento em cultura, permitindo que mais iniciativas sejam realizadas.
Após a captação, o Ministério da Cultura acompanha a execução dos projetos, garantindo que os recursos sejam utilizados de forma adequada e transparente. Os proponentes são obrigados a prestar contas sobre a aplicação dos recursos, o que ajuda a manter a integridade do sistema e a confiança dos patrocinadores.
O aumento significativo nas doações reflete um engajamento crescente da sociedade com a cultura e a arte. A mobilização de recursos para projetos culturais é essencial para a diversidade e a riqueza cultural do Brasil, permitindo que artistas e instituições desenvolvam suas atividades e alcancem um público mais amplo.
Neste cenário, a união da sociedade civil pode ser um fator decisivo para apoiar iniciativas culturais e sociais. Projetos que visam promover a cultura e a arte merecem ser estimulados, e a colaboração entre cidadãos e empresas pode fazer a diferença na realização de sonhos e na valorização da cultura brasileira.
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal lançou o bloco Cultura Viva, com mais de R$ 6 milhões em editais para projetos culturais. A iniciativa visa fortalecer a cultura local e garantir transparência no processo de seleção.
Entre 18 e 24 de abril, São Paulo recebe exposições que refletem a conexão entre humanidade e natureza, destacando a arte contemporânea latino-americana. As mostras incluem "Histórias da Floresta" no Museu Catavento, que promove a cultura indígena e a preservação ambiental, e a individual de Guglielmo Castelli, que traz obras abstratas. A artista dominicana Hulda Guzmán também é destaque no Masp, com obras que abordam a crise climática. As exposições oferecem experiências tanto pagas quanto gratuitas, enriquecendo o cenário cultural da cidade.
Museu de Arte de Brasília celebra 65 anos da cidade com atividades gratuitas. O evento, de 19 a 21 de novembro, inclui contação de histórias, oficinas de arte e uma caminhada cultural, promovendo experiências inclusivas e artísticas para todas as idades.
Museu de Arte de Brasília celebra 65 anos da cidade com programação gratuita. Atividades incluem contação de histórias, oficinas de arte e caminhada cultural.
O Ministério da Cultura autorizou a companhia Palavra Certa Arte e Conteúdo Ltda. a captar R$ 986.188 para o espetáculo "Caravaggio", que terá 24 apresentações em São Paulo até 31 de dezembro. A produção, com texto de Franz Keppler e direção de José Possi Neto, promete unir teatro e dança, explorando a vida do pintor italiano.
Em 13 de novembro, a Caixa Cultural lança o projeto “Labirinto Zona Norte”, homenageando Lima Barreto e promovendo a literatura das periferias com uma programação rica e diversificada. O evento, que se estende por sete terças-feiras, inclui palestras e performances, destacando a importância cultural da Zona Norte do Rio.