A Carbon2Nature Brasil e a Biomas investem R$ 55 milhões no Projeto Muçununga, que restaurará 1,2 mil hectares de Mata Atlântica na Bahia, gerando 525 mil créditos de carbono em 40 anos. A iniciativa, que envolve o plantio de quase 2 milhões de mudas nativas, promete recuperar a biodiversidade e impulsionar a economia local com a criação de 80 empregos diretos.

O Projeto Muçununga, uma parceria entre a Carbon2Nature Brasil e a Biomas, recebeu um investimento de R$ 55 milhões para restaurar aproximadamente 1,2 mil hectares de Mata Atlântica na Bahia. A iniciativa, que abrange oito municípios do sul do estado, prevê o plantio de quase 2 milhões de mudas de mais de 70 espécies nativas, como araçá, copaíba e ipê-amarelo. A expectativa é gerar 525 mil créditos de carbono ao longo de 40 anos, contribuindo para a recuperação de áreas degradadas e a promoção da biodiversidade.
O investimento é dividido em partes iguais entre as duas empresas, sendo que a Carbon2Nature Brasil é uma joint venture que inclui a Neoenergia, responsável por 49% do capital. O projeto está sujeito a condições habituais de operação e se destaca por sua abordagem diversificada, já que apenas 1% dos projetos globais de recuperação florestal utiliza mais de 10 espécies. Essa diversidade é fundamental para a recuperação de corredores ecológicos e para o fortalecimento do ecossistema local.
Além dos benefícios ambientais, o Projeto Muçununga também visa estimular o desenvolvimento socioeconômico na região. A implementação da iniciativa deve gerar cerca de 80 empregos diretos, promovendo novas oportunidades de renda para a comunidade local. O CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, enfatizou a importância do projeto para a qualidade de vida nas áreas onde a empresa atua, especialmente na Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo.
A Biomas, responsável pelo desenvolvimento do projeto, é uma empresa focada na regeneração de ecossistemas e tem como meta restaurar 2 milhões de hectares de áreas degradadas nos próximos 20 anos. O CEO da Biomas, Fabio Sakamoto, destacou que a parceria com a Carbon2Nature Brasil reforça a qualidade técnica da iniciativa, reconhecendo a restauração ecológica como um caminho viável para a geração de valor ambiental e social.
A Mata Atlântica, que atualmente possui apenas 26,2% de sua vegetação original, é um dos biomas mais afetados pelas transformações humanas nos últimos séculos. O Projeto Muçununga se insere em um contexto de urgência para a recuperação desse ecossistema, que é vital para a mitigação das mudanças climáticas, uma vez que as florestas desempenham um papel crucial na remoção de CO2 da atmosfera.
Iniciativas como o Projeto Muçununga são essenciais para a preservação ambiental e o fortalecimento das comunidades locais. A união de esforços pode impulsionar projetos que visem a restauração de ecossistemas e a promoção de um desenvolvimento sustentável, beneficiando tanto a natureza quanto as pessoas que dela dependem.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, denunciou o aumento abusivo nos preços de hospedagem em Belém para a COP-30, afirmando que o governo busca garantir a participação de países vulneráveis. Marina classificou os preços, que chegam a ser 10 a 15 vezes maiores que o normal, como "um verdadeiro achaque". O governo está empenhado em reduzir esses custos e assegurar que todos possam participar do evento crucial para o futuro climático.

ONGs e líderes ambientais solicitaram ao governo brasileiro um pacto internacional que assegure US$ 7 bilhões anuais para a proteção da Amazônia, destacando a COP30 como uma oportunidade crucial. O documento entregue enfatiza a necessidade de mobilização de recursos para evitar a degradação irreversível da floresta, que já perdeu mais de 17% de sua área.

Estudos revelam que a Amazônia enfrenta estresse hídrico crescente, com 63% da floresta afetada em 2015, impactando a ciclagem da água e a capacidade de estocar carbono, alertam pesquisadores do Cemaden e Inpe.

Pesquisadores brasileiros publicaram um estudo na Nature que quantifica o impacto da expansão agrícola e urbana nas populações de peixes do Alto do Rio Paraná, afetando a economia pesqueira local.

Em novembro de 2025, o Brasil será palco da COP 30 e do Prêmio Earthshot, promovido pelo Príncipe William, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, destacando soluções ambientais inovadoras.

A floresta do Parque Nacional da Tijuca, vista como natureza intocada, é na verdade resultado de reflorestamento e marcas de atividades humanas, revelando uma rica história cultural. O estudo destaca a interação entre humanos e natureza, evidenciada por vestígios de trilhas, carvoarias e espécies exóticas que moldaram a paisagem.